Último foragido pela execução do bicheiro Fernando Iggnácio é preso no Paraguai
Pedro Emanuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro, conhecido como Pedrinho, foi capturado em Ciudad del Este pela Polícia Nacional do Paraguai, com apoio da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Foragido pela execução de Fernando Iggnácio é capturado
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Pedro Emanuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro, o Pedrinho, último foragido pelo assassinato do bicheiro Fernando Iggnácio. A prisão ocorreu em Ciudad del Este, Paraguai, na noite de sexta-feira (3).
Fernando Iggnácio, genro de Castor de Andrade e herdeiro de parte de seu império, foi morto em uma emboscada em 10 de novembro de 2020, no Recreio dos Bandeirantes. Ele foi alvejado por tiros de fuzil 556 logo após desembarcar de um helicóptero vindo de Angra dos Reis.
Participação no crime
As investigações apontaram que Pedrinho, ex-policial militar, foi responsável por estudar a rotina de Iggnácio e realizar levantamentos sobre armas usadas no crime. Além disso, ele analisou outros casos de execução para planejar a ação contra o bicheiro.
Após o assassinato, Pedrinho fugiu para o Paraguai e foi capturado ao tentar emitir documentos falsos.
Os envolvidos no crime
Além de Pedrinho, outros envolvidos foram identificados:
- Rodrigo Silva das Neves: preso em janeiro de 2021 na Bahia.
- Otto Samuel D’Onofre Andrade Silva Cordeiro: irmão de Pedrinho, preso em fevereiro de 2023 no Paraná.
- Ygor Rodrigues Santos da Cruz, o Farofa: encontrado morto em 2022 no Recreio.
O policial militar reformado Márcio Araújo de Souza, apontado como contratante do grupo, se entregou à polícia em fevereiro de 2021.
Disputa pelo império do jogo do bicho
A rivalidade entre Rogério Andrade, sobrinho de Castor de Andrade, e Fernando Iggnácio remonta aos anos 1990. Após a morte de Castor em 1997, seu império foi dividido entre Iggnácio e Paulinho Andrade, filho de Castor.
Paulinho foi assassinado em 1998, crime atribuído a Rogério Andrade, que passou a disputar o controle dos territórios de Iggnácio.
Entre 1999 e 2007, a guerra pelo poder resultou em mais de 50 mortes, incluindo policiais envolvidos com os contraventores, conforme investigações da Polícia Federal.
Rogério Andrade, apontado como mandante do assassinato de Fernando Iggnácio, foi preso em outubro de 2024 e transferido para o Presídio Federal de Campo Grande, onde cumpre pena.