Suspeito de matar porteiro em tentativa de assalto no Centro do Rio é preso durante roubo de carro

Fagner Wilson Nunes Chamarelli, o FG, de 27 anos, foi preso após roubar um carro BMW na Rua Joaquim Palhares, próximo ao Viaduto Paulo de Frontin, na noite desta terça-feira (6).

Agentes do 6°BPM (Tijuca) prenderam o suspeito de se fingir de entregador e matar o porteiro de um prédio no Centro do Rio durante uma tentativa de assalto em agosto do ano passado.

Fagner Wilson Nunes Chamarelli, o FG, de 27 anos, foi preso na noite desta terça-feira (6), após roubar um carro BMW na Rua Joaquim Palhares, próximo ao Viaduto Paulo de Frontin.

A polícia foi avisada e iniciou uma perseguição. Um dos suspeitos conseguiu fugir, mas Fagner acabou sendo capturado.

Além do mandado de prisão pela morte do porteiro José Jailton de Araújo, FG possui nove passagens pela polícia.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Fagner invadiu o prédio, disfarçado de entregador. Após render o porteiro, exigiu as chaves de um apartamento, que estariam guardadas na portaria.

Os dois entraram em luta corporal, mas ele conseguiu se desvencilhar e atirar no porteiro.

 

Após ser indiciado, suspeito pela morte de porteiro é denunciado por latrocínio pelo MP

Fagner Wilson Nunes Chamarelli, de 26 anos, é acusado pela morte de José Jailton de Araújo no dia 7 de agosto, no Centro do Rio de Janeiro. O MP concordou com a Polícia Civil do RJ, que pediu a prisão preventiva do suspeito.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou à Justiça a denúncia contra o suspeito pela morte de José Jailton de Araújo, porteiro de um prédio no Centro do Rio, no dia 7 de agosto.

Fagner Wilson Nunes Chamarelli, de 26 anos, vai responder por latrocínio, roubo seguido de morte, segundo o documento assinado pelo promotor Alexandre Themístocles.

A denúncia do MP segue a mesma linha de atuação da Polícia Civil, que pediu a prisão preventiva do suspeito.

Um primeiro pedido de prisão temporária, que tinha sido feito no fim de agosto, com o aval do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), foi negado pela Justiça.

“Diante da resistência do zelador, o denunciado desferiu dois tapas em seu rosto. Mesmo assim, o covarde agressor não conseguiu subjugá-lo e ambos entraram em luta corporal. Conseguindo se desvencilhar, o denunciado, com inequívoco propósito de matar, efetuou disparo de arma de fogo no rosto do trabalhador José Jaílton, provocando nele as lesões corporais descritas no respectivo laudo de necropsia1, que foram a causa de sua morte”, dizia um trecho da denúncia.

Denúncia anônima e pedido de ajuda
A Delegacia de Homicídios da Capital identificou Fagner com a ajuda das imagens das câmeras de segurança do edifício e de denúncias anônimas. Os próprios parentes dele, procurados pela polícia, também o reconheceram e disseram que Fagner lhes pediu um local para se esconder.

A polícia apurou que Fagner, fingindo ser um entregador, foi até o prédio na Rua Carlos de Carvalho para saquear o apartamento de uma moradora que havia viajado e tinha esquecido a chave na porta. Funcionários acabaram guardando na portaria — apenas 4 pessoas no condomínio sabiam disso.

Segundo os investigadores, José Jailton, que nada entregou a Fagner, podia nem saber que de fato havia uma chave em poder da portaria.

 

Polícia pede à Justiça prisão preventiva de assassino de porteiro no Centro do Rio

Um primeiro pedido de prisão, desta vez temporária, foi negado pela Justiça.

A Polícia Civil do RJ pediu a prisão preventiva do homem que matou o porteiro José Jailton de Araújo no dia 7 de agosto, no Centro do Rio de Janeiro. Fagner Wilson Nunes Chamarelli, de 26 anos, foi indiciado por latrocínio — roubo seguido de morte.

Um primeiro pedido de prisão temporária, que tinha sido feito no fim de agosto, com o aval do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), foi negado pela Justiça.

O juiz Marcos Augusto Ramos Peixoto, da 37ª Vara Criminal, entendeu não haver motivos legais para o encarceramento temporário de Fagner. “Por mais hediondo e desprezível que nos pareça uma conduta, mesmo que em tese, não podemos nos afastar do Estado de Direito”, escreveu.

Denúncia anônima e pedido de ajuda
A Delegacia de Homicídios da Capital identificou Fagner com a ajuda das imagens das câmeras de segurança do edifício e de denúncias anônimas. Os próprios parentes dele, procurados pela polícia, também o reconheceram e disseram que Fagner lhes pediu um local para se esconder.

A polícia apurou que Fagner, fingindo ser um entregador, foi até o prédio na Rua Carlos de Carvalho para saquear o apartamento de uma moradora que havia viajado e tinha esquecido a chave na porta. Funcionários acabaram guardando na portaria — apenas 4 pessoas no condomínio sabiam disso.

Segundo os investigadores, José Jailton, que nada entregou a Fagner, podia nem saber que de fato havia uma chave em poder da portaria.

Busca pelo comparsa
A polícia sabe que Fagner não agiu sozinho, já que falava com alguém ao telefone durante o crime. Agora, o foco dos investigadores é descobrir quem estava do outro lado da linha.

Fagner: Cadê a chave da sala de reunião?
José Jailton: Não tem, não, cara. Não tem, não, filho. Não tem, não, cara.
Fagner: Bora! Cadê a sala de reunião?
José Jailton: Não tem sala de reunião nenhuma.
Fagner: Vai morrer! Aqui, tá achando que tô mentindo.
José Jailton: Não tem nada, cara.
Fagner: Alô! Ele tá falando que não tem nada, não. Tá falando que aqui não tem sala de reunião, não. Vou te matar agora. Cadê a chave?

Relembre o crime
Nos registros, Fagner chega em uma moto vermelha. Ele se aproxima do portão, carregando uma mochila de entregas, e fala ao telefone, aguardando a oportunidade de entrar.

Depois que um homem passa, o ladrão segura o portão e consegue acessar o edifício. Na portaria, Fagner espera por alguns segundos até que moradores subam no elevador. Ele disfarça mexendo na mochila.

Em seguida, o bandido rende José Jailton com uma arma. Ele pega chaves do prédio e faz as perguntas à vítima. Fagner faz ameaças e dá um tapa no rosto do porteiro.

Depois de falar ao telefone, ele agride mais uma vez José Jailton, que então reage e tenta pegar a arma do bandido.

A luta corporal dura alguns segundos, até que o criminoso atira contra o porteiro, que morre na hora. Depois, Fagner junta as coisas, volta na sala, pega celulares e foge.

Ficha criminal
Segundo o processo, Fagner comete crimes desde os 14 anos de idade e tem anotações por homicídio, tentativa de homicídio, furtos e roubos a pedestres e a motoristas, receptação, lesão corporal, ameaça e porte ilegal de arma de fogo.

Ele também é acusado de envolvimento com o tráfico de drogas na comunidade do arará, em Benfica, na Zona Norte do Rio.