DOEPE 27/02/2016 - Pág. 1 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Diário Oficial
Estado de Pernambuco
Poder Executivo
Ano XCIII • N0 37
Recife, sábado, 27 de fevereiro de 2016
Estado negocia para ter mais
recursos do Banco Mundial
Na expectativa de o Governo Federal autorizar operações de crédito para
Estados e municípios, o governador Paulo Câmara se reuniu com o novo diretor
do Banco Mundial - Bird para o Brasil, Martin Raiser.
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o encontro, Paulo
relatou as parcerias
bem sucedidas que
Pernambuco tem com o
Bird em diversas áreas,
como recursos hídricos e
educação, mas também citou novas possibilidades,
como saúde e segurança.
Raiser, por sua vez, disse
que o banco tem interesse em
atuar em projetos relacionados aos problemas causados
pelo Zika vírus e também dos
casos relacionados à microcefalia em bebês. “Temos
uma parceria de muito tempo, que já deu bons frutos nas
áreas de educação e da parte
hídrica. E, diante desse cenário, esse aceno do Governo
Federal da possibilidade de
reabertura das negociações
em torno de operações de
crédito, é muito importante a
gente já iniciar conversas com
os parceiros, tanto os nacionais quanto os internacionais,
porque tão logo seja decidido,
a gente cumpre uma primeira
etapa que é apresentar projetos” explicou Câmara.
“O Banco Mundial vai
receber do Estado de Per-
N
nambuco todo um conjunto
de ações que a gente entende
que é importante para os
próximos anos. E se houver a
possibilidade de fazer a
pactuação de novas operações ou projetos que já estão
em andamento para serem
aumentados – levando em
conta também outras frentes – é muito importante”,
explicou o governador de
Pernambuco, que acrescentou: “Esse encontro permanente com os organismos
internacionais que têm ajudado Pernambuco nos últimos
anos vai continuar no nosso
Governo e vai ser aprofundado, diante da possibilidade de
novas operações de crédito”.
Sobre a decisão de o Governo Federal autorizar novas operações de crédito,
Paulo Câmara afirmou que
as negociações se iniciaram
agora, a partir da apresentação de uma proposta
concreta por parte da União.
“Isso precisa ser muito bem
pactuado, muito bem visto,
pois pode ajudar os Estados,
realmente. Nós temos total interesse de fazer parcerias, de
PAULO CÂMARA em reunião com dirigentes do Banco Mundial: verbas para novas prioridades do Estado
ter condições de voltar a investir com a velocidade necessária para gerar emprego e
renda para o nosso povo”.
Acompanhado dos secretários Márcio Stefanni (Fa-
zenda), Thiago Norões (Desenvolvimento Econômico) e
José Neto (Assessoria Especial), o governador Paulo
Câmara disse que Pernambuco vai acelerar os
trabalhos, como o próprio
Governo Federal sinalizou
para que, ainda no mês de
março, existam as condições
necessárias para avançar, em
2016, “com mais obras,
investimentos e dotando o
Estado de Pernambuco de
prioridades que precisam ser
enfrentadas, principalmente
na questão hídrica, da saúde
e da segurança”.
Compesa atua para eventual colapso do sistema Jucazinho
Encontrar soluções de abastecimento
para a população das cidades atingidas pela
estiagem é uma das grandes preocupações
atuais da Companhia Pernambucana de
Saneamento - Compesa. No Agreste do
Estado, a companhia está adotando medidas
preventivas para continuar abastecendo as
cidades que recebem água do Sistema
Jucazinho, caso a barragem, que hoje está
acumulando 1,5% de sua capacidade, entre
em colapso. A ideia é continuar levando
água à população, ainda que não seja pela
rede de distribuição.
Entre alternativas, está a instalação de
reservatórios de cinco e dez mil litros em
pontos estratégicos das cidades que servem
de pontos alternativos de distribuição. Pelo
menos 40 já foram instalados em
Salgadinho, Surubim, Santa Maria do
Cambucá, Frei Miguelinho, Vertentes,
Passira, Cumaru, Santa Cruz do
Capibaribe, Casinhas, Vertente do Lério e
Taquaritinga do Norte. Este último foi
contemplado com a ação mesmo sem ser
atendido pelo sistema Jucazinho porque o
manancial que o abastece, o de Mateus
Vieira, secou. Outros 40 reservatórios estão
em processo de compra.
Os reservatórios que já foram instalados
estão atendendo, de forma complementar,
as localidades onde a Compesa está tendo
dificuldade para chegar. “São comunidades
que estão em pontos altos ou no fim da rede
de distribuição. Como as cidades estão
passando pouco tempo com água, nem
sempre ela consegue chegar nesses locais
mais difíceis. É esse complemento que
estamos fazendo agora”, explicou o gerente
da unidade de negócios do Alto Capibaribe,
Mário Heitor Filho.
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