DOEPE 13/05/2016 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2 – Ano XCIII • N0 87
Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
Recife, 13 de maio de 2016
PESQUISA DO PROCON
Cesta básica aumenta pelo
quarto mês consecutivo
A pesquisa da Cesta Básica realizada, mensalmente, pelo Procon-PE diagnosticou
aumento pelo quarto mês consecutivo. Na Região Metropolitana do Recife - RMR,
o aumento foi de 4,18% e o valor total da cesta passou de R$ 375,59 para R$ 391,30.
F OTO : D IVULGAÇÃO /S EPLAN
item que apresentou maior elevação
foi a batata inglesa
passando de R$ 3,58 para
R$ 4,98 o quilo, um
aumento percentual de
39,11%. Outros itens da
cesta que também apresentaram aumento foram o
arroz, frango, feijão, farinha de mandioca e sabão
em pó.
A pesquisa demonstrou
ainda que o valor da cesta
básica da RMR compromete 44,47% do salário
mínimo, conforme consta
no quadro comparativo de
preços de março e abril. A
boa notícia é que todos os
itens de higiene pessoal
foram encontrados com
preços abaixo dos praticados no mês de março,
como o absorvente íntimo
que apresentou uma queda
de 23,26%.
O
CESTA BÁSICA para uma família de 4 pessoas na Região Metropolitana do Recife já compromete 44,47% do salário mínimo
O objetivo da pesquisa
da cesta básica realizada
pelo Procon-PE é oferecer
ao consumidor pernambucano um instrumento auxiliar para a determinação
racional de compras. O
levantamento é realizado
em 23 estabelecimentos da
RMR (Recife, Olinda, Paulista, Abreu e Lima); 11
estabelecimentos no Cabo
de Santo Agostinho, 12 em
Vitória de Santo Antão e 20
em Caruaru. A análise dos
preços é feita em 27 itens
pesquisados entre alimentação, limpeza doméstica e
higiene pessoal. A pesquisa
toma como base a cesta
básica mensal para uma
família composta por quatro
pessoas, sendo dois adultos
e duas crianças. Toda a pesquisa pode ser consultada
na Fan Page do Procon-PE
(www.procon.pe.gov.br).
Encontro no Agreste com integrantes
de sete comunidades quilombolas
F OTO : D IVULGAÇÃO
A Secretaria Estadual de
Meio Ambiente e Sustentabilidade - Semas realiza,
hoje, o Seminário: 10 Encontro
de Comunidades Quilombolas de Itaíba, no Agreste
do Estado. O encontro, que
será realizado na data em
que se comemora a assinatura da Lei Áurea, que
colocou fim a escravidão no
Brasil, pretende reunir representantes de sete comunidades rurais que estão em
busca do reconhecimento
como remanescentes de
quilombos.
As comunidades são:
Lagoa do Bento, Cacimba
dos Negros, Estreito, Sítio
Flores, Vilãozinho, Caraíbas
e Caboclo. Ao todo são cerca
de 500 famílias - quase
2.500 pessoas - em que
metade não traz o sobrenome do pai e da família, o
que dificulta o levantamento
de informações e documentos que podem ajudar no
seu reconhecimento.
A gerente de Comunidades Tradicionais da
Semas, Bernadete Lopes, que
trabalha há mais de 30 anos
na luta pelos direitos das
comunidades quilombolas,
indígenas e ciganas em toda a
Região Nordeste e no País,
diz que a maioria são descendentes de três grandes
famílias escravocratas da
região: a Tenório Cavalcanti,
a Bento Leite e a Lins. “Há
uma miscigenação muito
grande dos indígenas com os
negros naquela região”,
afirmou Bernadete.
Junto com a equipe da
prefeitura e representantes
das comunidades, foram
estudados os livros de batismo do município e mapas
antigos da região para encontrar dados que comprovem a origem dessas
famílias. Todo o levantamento histórico sobre as
origens das comunidades,
além dos direitos, desafios e
conquistas, e do Plano Estadual de promoção da
Igualdade Racial serão apresentados no seminário.
COMUNIDADES quilombolas de Itaíba reivindicam direitos básicos como o sobrenome