DOEPE 23/07/2016 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2 – Ano XCIII • N0 136
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Recife, 23 de julho de 2016
BALANÇO 17a FENEARTE
Empreendedores de Economia
Solidária comemoram vendas
A
F OTO : H ENRIQUE L IMA /SEMPETQ
na Maria, artesã do empreendimento Formigas em
Ação, produziu 100 canetas decorativas para vender durante a Fenearte e ficou sem estoque.
“Fiquei muito feliz exibindo e vendendo meu produto que,
além de já esgotado, me rendeu bons negócios e
encomendas”, disse a artesã.
Edilza Lima, do grupo Maneirartes, de Jaboatão dos
Guararapes, também comemorou as vendas de suas peças
com pneus reciclados e, principalmente, a oportunidade de
divulgar o trabalho no Balcão de Negócios da Secretaria da
Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação
(Sempetq). “Vendi araras e tucanos para um cliente de Brasília e ainda estamos negociando encomendas de cortinas
de luminárias para arquitetos e um dono de hotel”, revela.
Do mesmo grupo, a artesã Nadja Lima saiu da feira com
encomendas de bonecas em EVA que serão levadas para a
Europa. O estande da Sempetq abrigou cerca de 30 empreendimentos das cidades de Buíque, Pesqueira, Jaboatão
dos Guararapes, Paulista, Recife, Olinda e Tracunhaém que
levaram artesanato e produtos da Agricultura Familiar.
ORIENTAÇÃO
E CRÉDITO - A Agência de Fomento de
Pernambuco (Agefepe), vinculada à Sempetq, atuou desde
os preparativos da Fenearte, incentivando e viabilizando
crédito para a aquisição de estandes pelos artesãos. Dos
cerca de 400 que foram atendidos, 347 firmaram contratos
para compra dos espaços ou capital de giro, com até um ano
para pagar. No total, os contratos de empréstimos chegaram
a R$ 652 mil. O grupo Maneirartes foi um dos clientes.
Segundo Edilza Lima, o crédito de R$ 5.200,00 oferecido
pela Agefepe permitiu que ela e mais três artesãs
comprassem o material para produção das peças. “Sem este
dinheiro não íamos conseguir fazer nosso estoque com a
qualidade que atraiu tantas encomendas”, declarou.
De acordo com o presidente da Agefepe, Jackson
Rocha, a Agência oferece prazos que variam de três a
doze meses para pagamento e juros em torno de 1,8% ao
mês, bem abaixo da média do mercado financeiro. Nos
empreendimentos da Economia Solidária, as taxas ficam
EDILZA Lima, do grupo Maneirartes, comemorou as vendas de suas peças com pneus reciclados
ainda menores porque, em grupos, os próprios
empreendedores são avalistas uns dos outros. Há ainda
linhas para investimentos fixos, como a aquisição de
máquinas, com prazo de até 24 meses e três meses de
carência para início do pagamento.
Os serviços da Junta Comercial de Pernambuco
(Jucepe), também foram colocados à disposição dos
empreendedores e do público em geral no estande da
Sempetq. A Jucepe atendeu 560 pessoas que foram tirar
dúvidas sobre o processo de abertura, alteração e
fechamento de empresas. Para a presidente da Jucepe,
Taciana Bravo, a participação na Fenearte foi uma
oportunidade de estar mais perto dos clientes, com horário
estendido. Bruno Alencar, desempregado há cinco meses,
revelou que já há algum tempo queria ir à Jucepe tirar
dúvidas sobre o fechamento de uma empresa e a abertura de
uma nova em outro segmento. “Quando vi o estande da
Jucepe aproveitei para resolver as pendências”, contou.
EXTENSIONISTAS
DE AFOGADOS DA INGAZEIRA E ARCOVERDE
PARTICIPAM DE CURSO SOBRE PRÁTICAS AGROECOLÓGICAS
F OTO : D IVULGAÇÃO /IPA
DURANTE as aulas práticas, foram trabalhados temas como sementes
crioulas e transição agroecológica, entre vários outros
Socializar experiências agroecológicas e
promover a vivência prática dos conhecimentos. Esse é o objetivo do curso “Práticas
Agroecológicas”, que foi realizado entre os
dias 11 e 15 de julho, pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), órgão vinculado
à Secretaria de Agricultura e Reforma
Agrária (SARA), em Afogados da Ingazeira.
A iniciativa é promovida pela Diretoria de
Extensão Rural/Departamento de Educação
Profissional (DEED) do IPA, por meio das
ações do Grupo de Estudos, Sistematização e
Metodologia em Agroecologia - GEMA.
Extensionistas das gerências regionais
de Afogados da Ingazeira e Arcoverde
participaram do curso e realizaram as
práticas nos sítios Curral Velho e Serrote
Verde. As propriedades pertencem às
famílias dos agricultores e agricultoras,
Valmir Bezerra e Ednamar, e Rosa e Edgar
Santos, respectivamente.
Durante as aulas práticas, foram traba-
lhados os seguintes temas: podas de fruteiras em sistema agroflorestal, implantação
de canteiros agroecológicos, consórcio diversificado de plantas alimentares e adubo
verde, canteiro econômico para produção de
verduras e hortaliças, confecção de armadilhas atrativas de insetos e controle alternativo de pragas. Também foram trabalhados temas relacionados a sementes crioulas,
banco comunitário de sementes e transição
agroecológica.
FERRAMENTAS PARTICIPATIVAS - “O
curso é uma oportunidade para os técnicos e
técnicas se capacitarem a partir de ferramentas participativas de assistência técnica
e extensão rural (Ater), metodologicamente,
alinhadas ao paradigma agroecológico”, explica a gerente do DEED, Milze Luz. Para o
extensionista, João Petersson, os conhecimentos adquiridos são de grande importância para a realização do trabalho no campo.