DOEPE 27/05/2017 - Pág. 5 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Recife, 27 de maio de 2017
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Ano XCIV • N0 98 – 5
BARRO
Adolescentes do Case Timbaúba
participam de curso de artesanato
Danœbia Juliªo
Mestre Zuza de Tracunhaém ensinou todas as etapas da produção de uma
peça de barro, desde a preparação da argila, até a queima.
dolescentes do Centro
de Atendimento Socioeducativo (Case) Timbaúba participaram do
curso de artesanato em barro
oferecido pela Funase, por meio de
parceria firmada com o Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural em
Pernambuco (Senar-PE). Durante os
cinco dias de aula, os jovens
aprenderam todo o processo de
confecção de uma peça artesanal feita
de barro, começando pelo preparo da
argila, passando pela secagem,
acabamento das peças, que segue
com o lixamento, pintura, finalizando
com a queima dos produtos em um
forno construído pelos próprios
alunos.
Os adolescentes confeccionaram
objetos decorativos como pássaros,
bumba meu boi, travessas e placas.
Segundo o Mestre Zuza de Tracunhaém, instrutor que realizou todo o
trabalho com os internos, a
manipulação da argila desenvolve a
coordenação motora e é terapêutica,
podendo ainda se tornar uma
profissão, um caminho de mudança
de vida para os adolescentes.
“Durante as aulas trabalhamos toda a
técnica manual, com foco também na
parte decorativa da peça. Os meninos
estiveram sempre muito interessados,
principalmente quando viram que era
algo fácil de ser feito e que dependia
apenas do interesse de cada um. Eles
são inteligentes e capazes”, destacou
Mestre Zuza.
O sucesso foi tão grande que dois
jovens que participaram do curso
profissionalizante foram eleitos pelo
Mestre Zuza para serem multiplica-
F OTOS : D IVULGAÇÃO /F UNASE
A
dores dos conhecimentos
adquiridos. “Vamos continuar
esse trabalho na unidade. Os
dois adolescentes vão repassar
os conhecimentos aos demais.
Com esse trabalho manual eles
se expressam, repensam a vida.
Passam a ver que tudo pode ser
transformado quando eles
pegam o que era apenas barro e
transformam em obras de arte.
Vêem que a reconstrução da
vida também é possível”,
compartilhou a coordenadora
geral do Case Timbaúba,
Karolyne
Bezerra.
Para
arrecadar dinheiro para dar
continuidade a esse trabalho,
dois adolescentes estiveram na
sede da instituição para vender
as peças. Todos os itens foram
vendidos.
“A MANIPULAÇÃO
da argila desenvolve a
coordenação motora e
é terapêutica, podendo
ainda se tornar uma
profissão, um caminho
de mudança de vida
para os adolescentes”,
Mestre Zuza de
Tracunhaém