DOEPE 30/05/2017 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2 – Ano XCIV • N0 99
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Recife, 30 de maio de 2017
PRIORIDADES
Paulo visita cidades atingidas pelas chuvas
e acelera medidas de assistência do Estado
F OTO : A LUÍSIO M OREIRA /SEI
Governador conversou com
a população e prefeitos de
Palmares, Belém de Maria e
Barreiros e comandou ações
para o enfrentamento
da situação
ara acompanhar de
perto a situação das
cidades da Mata Sul
mais afetadas pelas fortes
chuvas dos últimos dias, o
governador Paulo Câmara
visitou, nesta segunda-feira
(29), os municípios de
Barreiros, Belém de Maria e
Palmares, onde conversou
com a população e com os
prefeitos para conhecer as
demandas prioritárias de
cada localidade. Nos três
municípios - assim como os
demais onze que estão em
estado de calamidade – estão
sendo instalados Gabinetes
de Crise, unificando o trabalho do Governo do Estado
no enfrentamento às fortes
chuvas que caíram no último
final de semana.
“A gente precisa estar em
alerta máximo. Temos 14
escritórios disponibilizados
nos municípios em estado de
calamidade, então, vai ter
gente sempre de prontidão da
Defesa Civil, do Corpo de
Bombeiros, Saúde, Assistên-
P
cia Social e Habitação. Nesse
momento, o que nós queremos e temos que fazer de
imediato é reestabelecer os
serviços de água e energia, e
ajudar na limpeza das cidades e na remoção dos entulhos”, frisou Paulo Câmara.
O governador ressaltou
ainda que as parcerias com
os municípios também estão
sendo reforçadas para oferecer toda a assistência necessária à população prejudicada. “Estamos também reforçando a questão humanitária. Está sendo enviado
aos municípios um conjunto
assistencial com colchões,
água e alimentos de pronto
consumo, medicamentos e
tudo o que for necessário para
minimizar os transtornos
causados pelas enchentes”,
salientou, completando: “Eu
vi a situação complicada dos
municípios. Vi a destruição,
principalmente nas localidades mais próximas do rio. E o
nosso esforço precisa ser
redobrado a partir de agora”.
PARCERIAS com os municípios estão sendo reforçadas para atender população atingida pelas fortes chuvas
O prefeito de Palmares,
Altair Junior, explicou sobre
os trabalhos desenvolvidos
no município. “Desde ontem,
nós estamos com equipes da
Defesa Civil acompanhando
a situação, tirando as pessoas
das áreas de risco, que são as
partes mais baixas da cidade
- os bairros Santo Onofre,
Pedreiras e Cohab I, além do
centro comercial. Hoje, começamos a operação limpeza
e vamos continuar trabalhando”, detalhou.
O gestor municipal ressaltou ainda que toda a equipe
está empenhada em oferecer a
assistência necessária aos
desabrigados. “Temos várias
pessoas abrigadas em escolas
locais, recebendo alimentação, colchão e assistência
médica. A nossa maior dificuldade, nesse momento, é
chegar nas áreas rurais,
fazendo esse levantamento
para saber quantas pessoas da
Zona Rural estão precisando
de abrigo”, disse.
Até momento, o Governo
de Pernambuco contabiliza
dois óbitos, 2.279 desabrigados (abrigados em prédios
públicos) e 33.625 (desalojados, abrigados em residências de parentes e amigos), após os dois de chuvas
intensas na Mata Sul e parte
do Agreste.
Acompanharam o governador Paulo Câmara nas
visitas desta segunda-feira o
vice-governador e secretário
de Desenvolvimento Econô-
mico, Raul Henry; os secretários estaduais Nilton Mota
(Agricultura e Reforma
Agrária), Iran Costa (Saúde),
Frederico Amâncio (Educação), o chefe da Casa Militar, coronel Eduardo Pereira; o presidente da
Compesa, Roberto Tavares;
o deputado federal João
Fernando Coutinho; o deputado estadual Clodoaldo
Magalhães; e secretário executivo de Recursos Hídricos,
coronel Mário Cavalcanti.
Chuvas provocam danos em sistemas de abastecimento
e aumentam níveis das barragens em Garanhuns
Sistema Cajueiro, responsável por 60% da cidade, está sem funcionar
O município de Garanhuns,
distante 260 KM do Recife, está
com o abastecimento suspenso
desde ontem, consequência do
grande volume de chuvas registrados nos últimos três dias na
região. O Sistema Cajueiro, responsável por 60% da cidade, está
sem funcionar em virtude do rompimento de um trecho da adutora
pertencente a essa unidade operacional. A expectativa é que o
sistema volte a operar amanhã (dia
31), já que ainda há muita dificuldade para a locomoção dos
técnicos para realizar os serviços
de reparos. Outro sistema de
abastecimento de Garanhuns, o
Sistema Inhumas, está inoperante
em virtude de problemas elétricos,
também provocados pelas chuvas.
Já o terceiro sistema do município, o Mundaú, não está
operando porque atua de forma
integrada aos demais.
Segundo o gerente da Unidade
de Negócios da Compesa, Igor
Galindo, a expectativa é que o
Sistema Inhumas volte a funcionar
ainda hoje (ontem, dia 29),
quando será possível retomar a
distribuição de água na cidade.
Em virtude dessas intercorrências,
haverá um atraso de dois no calendário vigente, ou seja, a área 2
que seria abastecida nos dias 28,
29 e 30 passará para os dias 30, 31
e 01/6. Já a área 3 receberá água
nos dias 2,3 e 4/6.
As chuvas não trouxeram
apenas transtornos para a cidade
de Garanhuns. Todas as três
barragens conseguiram acumular
um bom volume de água. A
Barragens de Mundaú, que tem a
capacidade de acumular 1,2
milhão de metros cúbicos de água
está atualmente com 83% do total,
o que representa um volume de
998,74m³. Esse reservatório estava
em 40% há três dias. A Barragem
de Inhumas está atualmente com
4,2 milhões de m³, de um total de
6,9 milhões, que representa 62%
da sua capacidade. Já a Barragem
de Cajueiro está com 6,6 milhões
de m³, ou seja, 53% da sua
capacidade total que é de 14,4
milhões de m³. Apesar dos resultados extremamente positivos, a
Compesa irá aguardar o mês de
junho para estudar a possibilidade
de alteração do calendário de abastecimento de Garanhuns, que hoje
obedece ao regime de 3 dias com
água e 6 sem, chegando em alguns
locais a ficar até 8 dias sem água.
“Precisamos ser cautelosos e
esperar a evolução da chuvas para
promover qualquer redução no
rodízio da cidade. Precisamos ter
segurança hídrica para enfrentar o
próximo verão sem dificuldades
após seis anos de seca intensa”,
argumentou Igor Galindo.