DOEPE 14/06/2017 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2 – Ano XCIV • N0 110
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Recife, 14 de junho de 2017
REGULARIZAÇÃO
Obra amplia oferta de água para 40 mil
pessoas no Cabo de Santo Agostinho
Serviço incluirá as áreas de Malaquias, Mauriti, Avenida Aníbal Cardoso e as ruas 51 e São João
F OTO : D IVULGAÇÃO /C OMPESA
Cabo de Santo Agostinho, que já conta
com o abastecimento de água durante 24 horas
em cerca de 70% da cidade,
receberá várias intervenções
para regularizar a distribuição de água também nas
áreas mais altas. A Compesa
já iniciou os serviços para a
substituição de dois conjuntos de motorbombas da
unidade de bombeamento,
que fica situada na área do
Reservatório do Alto Bela
Vista, e atende 40 mil moradores na região do Alto do
Cruzeiro, abrangendo as localidades de Malaquias,
Mauriti, Alto do Cemitério,
Avenida Aníbal Cardoso e
as ruas 51 e São João. Com
a troca dos equipamentos, a
Compesa vai dobrar a
oferta de água para essa
população.
Para evitar que o abastecimento de água seja interrompido durante a intervenção, prevista para ser concluída até o dia 30 deste mês,
a Compesa está fazendo a
substituição de um equipa-
O
A COMPESA já iniciou os serviços para a substituição de dois conjuntos de motorbombas da unidade de bombeamento
mento por vez. No entanto,
até o próximo sábado (17), a
distribuição de água sofrerá
uma queda de pressão, justamente pela redução da va-
zão, tendo em vista que a
estação do Alto do Cruzeiro
está operando com apenas
um conjunto de motorbomba. Desde a última sex-
ta-feira (9), cerca de 15
profissionais estão trabalhando na instalação do primeiro conjunto de bombeamento, que deve ser finali-
zado até o sábado, quando já
entrará em operação. Com
esse novo equipamento em
funcionamento, a população
já sentirá melhorias no
abastecimento de água.
“Vamos trocar os equipamentos antigos por outros
mais potentes. Para se ter
uma ideia, apenas um dos
novos conjuntos de motorbomba terá maior capacidade de bombeamento do
que os dois que funcionam,
hoje, juntos. Deixaremos
um conjunto novo de
reserva para que, nos casos
de queima ou manutenção,
possamos evitar que o
abastecimento de água seja
suspenso para a população”,
explica o gerente de Unidade de Negócios Metropolitano da Compesa, Robson
dos Santos. A companhia
está investindo R$ 100 mil
para executar os serviços. A
próxima área a ser beneficiada é o Alto do Miranda,
que receberá intervenção
semelhante para regularizar
o fornecimento de água para
20 mil pessoas. A Companhia já programou realizar
as ações de melhorias na
Estação Elevatória do Alto
do Miranda até o mês de
dezembro deste ano.
Assinatura do Plano de Manejo assinala um
marco na história de Fernando de Noronha
Novas regras autorizam a ampliação destinada à moradia, que poderá contar com a abertura de novas pousadas
Numa solenidade das mais
expressivas e significativas já vivenciadas pela população do Distrito
Estadual de Fernando de Noronha, a
Administração da ilha, o Conselho
Distrital e o Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade –
ICMBio concretizaram a assinatura
do Plano de Manejo da Área de
Proteção Ambiental (APA) do arquipélago e as Rocas São Pedro e
São Paulo. O ato sinaliza um feito
histórico para quem vive na ilha:
elaborado em 2002, o documento,
que serve como instrumento de
gestão que determina as normas
dentro da APA, deveria ter sido
revisto cinco anos após a criação do
plano. O feito aconteceu no auditório da Escola Arquipélago, nesta
sexta (9), sob fortes aplausos de
noronhenses e empresários locais.
As novas medidas autorizam
algumas mudanças, entre elas a
ampliação da região destinada à
moradia, que poderá contar com a
abertura de novas pousadas desde
que sigam as normas de preservação
ambiental. “Após muito diálogo
conquistamos a ampliação de 9%
para 18%, equivalendo de 70 para
139 hectares de área urbana. Temos
ainda a possibilidade de regulamentar os alojamentos funcionais, este
que é um novo modelo econômico
de hospedagem responsável por
abrigar aqueles que vêm a trabalho,
e também a perspectiva de normatizar as hospedarias que hoje se
encontram irregulares”, destacou o
administrador da ilha, Luís Eduardo
Antunes, que celebrou: “Ganhou o
noronhense, que teve sua reivindicação acatada e o meio ambiente
com um código mais protegido.
Trata-se de um dia muito feliz neste
um ano e seis meses à frente da
Administração porque conseguimos
cumprir esta missão tão esperada”.
A assinatura do novo Plano de
Manejo foi feita pelo presidente do
ICMBio, Ricardo Soavinski, uma
vez que a APA é uma área de
conservação federal. “Este é um
documento robusto, cuja maior
dificuldade de gestão prende-se à
inclusão de moradores fixos e à
edificação de empreendimentos. A
ação não se encerra aí, agora vem
todo o desafio de implementação
para que tenhamos uma ilha bem
conservada com prosperidade
para a população e conservação da
natureza”, avaliou.
Na ocasião, o presidente do
Conselho Distrital, Aílton Júnior,
lembrou que as alterações do Plano
de Manejo foram solicitadas pelos
moradores. “A preservação ambiental é prevista, mas a social
também. Junto aos demais conselheiros abracei a causa porque o
que mais desejamos é que os
conflitos gritantes de habitação
sejam sanados,” declarou.
Também estiveram presentes à
solenidade os representantes do
ICMBio: o chefe do Núcleo de
Gestão Integrada – NGI, Felipe
Mendonça; a superintendente Regional, Carla Marcon; e a ex-chefe
da APA de Noronha, Carina Abreu,
quem apresentou o panorama das
mudanças do novo plano.
HISTÓRICO - A APA foi criada em
1986, com a publicação do Decreto
Federal n0 92.755. Essa área
compreende a porção urbana da
ilha, bem como áreas destinadas à
conservação dos recursos naturais
e da vida silvestre, totalizando 1/3
da Ilha de Fernando de Noronha.
Essa Unidade é fiscalizada ambientalmente pelo ICMBio e sob
gestão do Governo de Pernambuco, por meio da Administração
do Distrito. Seus limites incluem
uma grande extensão marinha no
entorno do Parque Nacional,
alcançando as Rocas São Pedro e
São Paulo.
A APA tem como objetivo
proteger e conservar a qualidade
ambiental e as condições de vida
da fauna e da flora, compatibilizar
o turismo organizado com a preservação dos recursos naturais e
conciliar a ocupação humana com
a proteção ao meio ambiente.