DOEPE 08/08/2017 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2 – Ano XCIV • N0 148
Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
Recife, 8 de agosto de 2017
DIVERSIFICAÇÃO DE CARGAS
Porto de Suape registra recorde na
movimentação de contêineres em julho
O crescimento foi puxado pelas operações de cabotagem (navegação entre portos de um mesmo país) que
contabilizaram aproximadamente 27,7 mil TEUs, seguido pelas importações, com aproximadamente 8,8 mil TEUs.
F OTO : D IVULGAÇÃO
ulho foi um excelente
mês para a movimentação de contêineres no
Porto de Suape. Pela primeira vez, desde outubro de
2011, o atracadouro ultrapassou os 40 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) em um
único mês. Com isso, Suape
segue firme no caminho para
bater o recorde anual na movimentação de contêineres,
registrado naquele mesmo
ano (434 mil TEUs). Os produtos são movimentados no
Tecon Suape, terminal privado instalado no atracadouro pernambucano.
O crescimento foi puxado
pelas operações de cabotagem (navegação entre portos
de um mesmo país) que
contabilizaram aproximadamente 27,7 mil TEUs, seguido pelas importações, com
aproximadamente 8,8 mil
TEUs. As exportações chegaram a 3,6 mil TEUs. Em
peso bruto, a movimentação
alcançou 469.349 toneladas
e em unidades, 24.734 contêineres. Em julho de 2016, o
registro da movimentação
foi de 33.247 TEUs.
“Comemoramos a notícia
e estamos otimistas com os
dados registrados. Temos a
movimentação de graneis
J
líquidos como carro-chefe e,
por isso, é importante que
alcancemos resultados expressivos nas demais cargas.
Esse dado mostra que podemos diversificar nossas
operações e que estamos
sendo bem avaliados por
grandes empresas marítimas
que escolhem atracar seus
navios em nosso porto”, ponderou o presidente do Complexo Industrial Portuário de
Suape, Marcos Baptista.
SEMESTRE - Os números
da movimentação de contêineres também foram expressivos no primeiro semestre.
De janeiro a junho de 2017,
o porto pernambucano cresceu 22,9% na movimentação
deste tipo de carga, quando
registrou 220.305 mil TEUs
movimentados, ante 179.260
mil TEUs do mesmo período
em 2016. A marca entra para
os maiores recordes já
registrados desde o início da
operação do Tecon Suape
em 2002.
No semestre, o incremento na movimentação se deveu, principalmente, às operações de cabotagem, que
contabilizaram 154.438 mil
TEUs. As importações também registraram números
significativos, com 47.940
SUAPE segue firme no caminho para bater o recorde anual na movimentação de contêineres, com o último registro em 2011
TEUs, seguido pelas operações de exportação com
17.927 TEUs.
Entre as principais mercadorias movimentadas entre as cargas conteinerizadas
estão os plásticos que lideram a lista com 451.995
mil toneladas; seguido pelos
cereais com 240.998 mil
toneladas; produtos químicos e orgânicos com
166.510 mil toneladas. Na
sequência aparecem ferro
fundido e aço com 119.166
mil toneladas; sal, enxofre,
cal e cimento com 112.632
mil toneladas; bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres
com 89.047 mil toneladas,
entre outros. No total, o
porto registrou a movimentação de 2.576.897 toneladas no primeiro semestre
de 2017.
PORTOS
PÚBLICOS - No
cenário nacional, Suape se
manteve em 40 lugar entre os
principais portos públicos na
movimentação de contêineres nos seis primeiros
meses do ano, com 220 mil
TEUs. Em 10 lugar está o
Porto de Santos com
1.391.101 TEUs movimentados, seguido pelo Porto de
Paranaguá com 357 mil
TEUs e, Rio Grande com
345 mil TEUs.
Construção da Adutora de Serro Azul inicia ainda neste ano
Executada pelo Governo do Estado, a obra é a mais importante para antecipação
do uso da Adutora do Agreste com a entrega de água a dez cidades da região.
A realização da audiência pública, na cidade de Bezerros, na
última sexta-feira (4), foi o primeiro
passo para concretizar a obra da
Adutora de Serro Azul. São investimentos da ordem de R$ 200 milhões, recursos do Governo do Estado e Compesa, com o financiamento do Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID). A nova
adutora irá transportar uma vazão
de 500 litros de água por segundo, a
partir da Barragem de Serro Azul,
localizada em Palmares, na Zona da
Mata Sul. No total, serão abastecidas 800 mil pessoas em dez
cidades da região Agreste. Dentro
de 15 dias deve ser publicado o
edital de licitação e a previsão é
que, até o mês de outubro, seja assinada a ordem de serviço para
início da obra. O prazo de conclusão da Adutora de Serro Azul é
março de 2019.
“Hoje, nós pudemos fazer uma
apresentação detalhada desse projeto. A audiência pública é um requisito legal para obras muito
grandes, acima de R$ 150 milhões,
é o primeiro ato que se faz para a
licitação. A Adutora de Serro Azul é
a obra hídrica estruturadora mais
importante para antecipar a chegada
de água à Adutora do Agreste e dar
funcionalidade às tubulações já
assentadas”, explica o presidente da
Compesa, Roberto Tavares.
Ele lembra ainda que o Ramal
do Agreste é a obra do governo
federal projetada para receber
plenamente as águas da Transposição do Rio São Francisco e
alimentar a Adutora do Agreste.
No entanto, essa obra sequer foi
iniciada e a previsão é que ficará
pronta em 2022. “Quando o
governador Paulo Câmara percebeu que o Ramal demoraria para
injetar água na Adutora do
Agreste, ele pediu ao corpo técnico da Compesa que apresentasse
soluções para não atrasar o abastecimento das cidades da região”,
explica.
O projeto da Adutora de Serro
Azul prevê a implantação de 68
quilômetros de adutora, quatro
estações de bombeamento e um
reservatório com capacidade para
armazenar 4,5 mil metros cúbicos
de água. A nova adutora será interligada à Adutora do Agreste na
cidade de Bezerros, próximo a Encruzilhada de São João, e vai beneficiar, de forma direta, as cidades de
Gravatá, Caruaru, Bezerros, São
Caetano, Belo Jardim, Sanharó, Tacaimbó, São Bento do Una, Tori-
tama e Santa Cruz do Capibaribe.
As outras alternativas encontradas pelo Governo do Estado para
atender a região Agreste foram a
Adutora do Moxotó, que vai ser
concluída em dezembro deste ano
e trará água da Transposição até
Arcoverde; a Adutora do Pirangi;
e a Adutora do Siriji. Estas duas
últimas já concluídas. Pirangí foi
executada em ritmo emergencial
(sete meses) para preservar a
Barragem do Prata, em Bonito,
enquanto que a Adutora do Siriji,
já está abastecendo as cidades do
Agreste Setentrional com água de
Vicência, na Zona da Mata Norte.