DOEPE 25/11/2017 - Pág. 3 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Recife, 25 de novembro de 2017
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Ano XCIV • N0 221 – 3
PREVENÇÃO
Ação no Recife reforça
diagnóstico da tuberculose
Só em 2016, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou 57 casos. Neste ano, já são 48.
tuberculose é uma
doença que tem
diagnóstico e tratamento disponíveis gratuitamente no Sistema Único
de Saúde (SUS). Todo o
processo de atendimento
deve ser feito no posto de
saúde mais perto da casa do
paciente. Também é no posto que a medicação será
dada, por um período mínimo de seis meses. Após 15
dias do uso da medicação, o
paciente já não transmite
mais a enfermidade. A falta
de tratamento ou a não
aderência correta pode agravar o caso e tornar o paciente resistente aos medicamentos.
Para chamar a atenção
para a enfermidade, a Secretaria Estadual de Saúde
(SES) motivou os municípios pernambucanos a aderir, nesta semana, à Campanha Estadual de Luta
Contra a Tuberculose. Entre
as ações, foi oferecida uma
testagem para detecção da
doença na Praça da Independência, no Centro do
Recife, na última quintafeira (23), com foco na
população em situação de
rua. A ação é uma parceria
F OTO : J OÃO B ARBOSA
A
CAMPANHA Estadual de Luta Contra
a Tuberculose promoveu testagem
para diagnóstico da doença, além
de testes rápidos de HIV
Negligenciadas - Sanar, que
trabalha para diminuir os
índices de diversas doenças
no Estado. Atualmente, 15
municípios são prioritários
para essa enfermidade pelo
Sanar: Recife, Olinda, Jaboatão, Paulista, Cabo, Camaragibe, Ipojuca, Escada,
Vitoria, Caruaru, Petrolina,
Abreu e Lima, Igarassu,
Carpina e Goiana.
da Prefeitura do Recife com
a SES e o Comitê Pernambucano de Combate à
Tuberculose.
Além do exame para detecção da tuberculose, também serão ofertados testes
rápidos de HIV e repassadas
informações sobre tabagismo. “Estamos incentivando
os municípios a desenvolverem ações para testagem
principalmente nas populações mais vulneráveis. É
preciso fazer busca ativa e
informar o público para que
possamos ampliar o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento desses pacientes”, afirma a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da
SES, Cândida Ribeiro.
Em Pernambuco, em
2016, foram confirmados
4.644 casos novos de tuberculose. Até o início de
novembro deste ano, já
eram 3.891. Em 2016, foram 387 óbitos relacionados
à enfermidade que, segundo
a Organização Mundial de
Saúde (SES), é a doença
infecciosa de maior mortalidade no mundo, superando
o HIV e a malária juntos.
SANAR - Em Pernambuco,
a tuberculose faz parte do
elenco das doenças trabalhadas pelo Programa de
Enfrentamento das Doenças
DOENÇA - A tuberculose,
doença curável e com tratamento gratuito, afeta principalmente, os pulmões, existindo também na forma extrapulmonar (não contagiosa): ganglionar periférica,
pleural, cutânea, oftálmica,
renal, meníngea, entre outras, sendo transmitida pelo
bacilo de Koch.
A forma pulmonar bacilífera (contagiosa) é a mais
relevante em saúde pública
por ser a responsável pela
manutenção da cadeia de
transmissão. A busca ativa
do paciente sintomático respiratório constitui-se na
principal estratégia de controle da tuberculose, uma
vez que permite a detecção
precoce das formas pulmonares.
Os sintomas clássicos da
tuberculose pulmonar são:
tosse persistente, febre vespertina, sudorese noturna,
falta de apetite e emagrecimento. Pessoas que apresentem tosse por três semanas ou mais são suspeitas de
ter a doença e deverão procurar um serviço de saúde
mais próximo para a avaliação clínica e realização de
exames. Todo o tratamento,
que dura em média seis
meses, é gratuito.
SAÚDE AUDITIVA
8 encontro anual reúne pacientes
com implante coclear no HAM
o
Cerca de 180 pacientes,
entre adultos e crianças,
que realizaram o implante
coclear no Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Agamenon Magalhães
(HAM) participaram, na
última quinta-feira (23), do
8o encontro anual de pacientes, no auditório do
Centro de Estudos da unidade. Um dos serviços de
referência no Estado de
Pernambuco, além do Imip,
o HAM é um centro de alta
complexidade para a saúde
auditiva, realizando atualmente cerca de duas cirurgias de implante coclear
por mês e garantindo, por
meio de uma equipe multidisciplinar composta por
assistente social, psicólogo,
psicopedagogo, neuropediatra, otorrinolaringologista e fonoaudiólogo, o
tratamento de reabilitação
da audição e da fala no pa-
ciente com deficiência auditiva, além de acompanhamento psicológico de
familiares.
A programação do encontro teve início às 8h
com palestras voltadas para
os públicos infantil e adulto. Para os pais e crianças
implantadas, foi abordado o
tema “O papel dos pais na
reabilitação auditiva - como cuidar do meu implante”; para adultos e fami-
liares, o assunto foi focado
na importância da reabilitação. As atividades foram
comandadas pelas fonoaudiólogas do serviço, Daniela Albuquerque, especialista em reabilitação auditiva;
e Kátia Albuquerque, especialista em audiologia. A
partir das 11h, houve um
show de mágica para as crianças e durante toda a manhã foi realizada a manutenção dos aparelhos.
“Este momento é oportuno para informar, alertar
e orientar os pacientes sobre temas diversos. Eles
também aproveitaram para
verificar os aparelhos e fazer uma revisão dos equipamentos, já que também
foram orientados sobre os
cuidados que os usuários
devem ter”, comenta a coordenadora do Serviço de
Otorrinolaringologia do
HAM, Mariana Leal. O
implante coclear é indicado
para quem tem perda auditiva severa ou quase total
em ambos os ouvidos. Em
crianças que já nascem
com a deficiência, é importante que o diagnóstico seja
feito o quanto antes, de
preferência até os cinco
anos, para otimizar o tratamento e a aquisição da
fala. O HAM deu início à
realização dos implantes
cocleares em 2009.