DOEPE 07/12/2017 - Pág. 3 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Recife, 7 de dezembro de 2017
Ano XCIV • N0 229 – 3
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
BRASÍLIA
Governador solicita liberação de recursos da
Emenda de Bancada para a Adutora do Agreste
F OTO : E NNIO B ENNING /PCP I MPRENSA
Paulo Câmara se reuniu
ontem (6) com o ministro
da Integração, Hélder
Barbalho, em Brasília.
governador Paulo Câmara se reuniu ontem (06) com o ministro da Integração Nacional,
Hélder Barbalho, a fim de
solicitar a liberação dos
recursos da Emenda de Bancada previstos para a Adutora
do Agreste. Diante da escassez de recursos do Orçamento
Geral da União (OGU), o governador solicitou, no final
de 2016, que a Emenda de
Bancada fosse utilizada para
dar andamento à Adutora.
A Emenda de Bancada
tem o valor de R$ 126 milhões e o governador pediu a
liberação de R$ 70 milhões.
O
“Esses recursos são essenciais
para que não ocorra a
paralisação das obras”, disse
Paulo. O ano de 2017 foi o
pior dos últimos três anos no
tocante ao repasse de recursos
do Orçamento da União para
a Adutora do Agreste. Foram
R$ 94 milhões em 2015, R$
136 milhões em 2016 e R$ 67
milhões este ano.
Participaram da audiência
o deputado federal Fernando
Monteiro, o deputado federal
e secretário estadual de Habitação, Kaio Maniçoba, e o
presidente da Companhia
Pernambucana Saneamento
- Compesa, Roberto Tavares.
EM BRASILIA, o Governador Paulo Câmara pleiteia recursos do Governo Federal para conclusão de obra hídrica
Paulo Câmara diz que privatização da Chesf
compromete desenvolvimento do Nordeste
Governador de Pernambuco participou de diálogo público, em Fortaleza, promovido pelo TCU e BNB.
F OTO : C ARLOS G IBAJA /G OVERNO
O governador Paulo Câmara
participou na última terça (5) da
segunda edição do diálogo público
“Nordeste 2030 - Desafios e Caminhos para o Desenvolvimento
Sustentável”, promovido pelo
Tribunal de Contas da União (TCU)
e pelo Banco do Nordeste (BNB).
Paulo criticou a forma como o
Governo Federal conduz o processo
de privatização do Sistema Eletrobrás, incluindo a Chesf e a gestão
do Rio São Francisco.
“Não podemos discutir o futuro
do Nordeste se não soubermos qual
será o destino do Sistema Eletrobrás
na nossa região", alertou Paulo. O
governador também criticou o fato
de o presidente Michel Temer não
ter respondido a carta que os nove
governadores nordestinos enviaram
pedindo informações sobre a venda
da Chesf”.
“Essa carta foi enviada no dia 5
de setembro e até hoje, 5 de dezembro, não recebemos nenhum
telefonema, nenhuma explicação.
DO
C EARÁ
FOTO OFICIAL do Nordeste 2030 - Desafios e Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável, Fortaleza
Isso mostra, claramente, qual é o
olhar que se tem para o Nordeste”,
alertou Paulo Câmara.
De acordo com o pernambucano,
há um “desmantelamento” de órgãos responsáveis pelo desenvolvimento regional, como Sudene,
DNOCS, Codevasf e o próprio
Banco do Nordeste.”O Banco do
Nordeste estava cobrando taxas
superiores àquelas cobradas pelo
BNDES para empresas do Sul e do
Sudeste”.
Na avaliação de Paulo Câmara,
todos sabem que o Nordeste tem de
crescer mais do que o restante do
Brasil para que possa superar a diferenças entre os estados. “E isso passa
pelo planejamento energético da
Região. Vivemos num País sem planejamento, que não olha as desigual-
dades regionais, que não olha o que
efetivamente acontece nas regiões”.
O governador de Pernambuco
questionou ainda a concentração de
recursos na União. “A verdade é
que, às vésperas de completar 30
anos da Constituição Cidadã, as
desigualdades regionais ainda estão
presentes fortemente. A gente vê um
Brasil no qual há concentração de
recursos nas mãos da União como
nunca se viu em períodos democráticos. Sempre se concentrou recursos no Brasil,mas em períodos
ditatoriais”, explicou Paulo Câmara.
Além dele, também participaram
os governadores Camilo Santana
(CE), Flávio Dino (MA), Robson
Faria (RN) e Rui Costa (BA) e a
governadora em exercício do Piauí,
Margarete Coelho, o presidente do
TCU, Raimundo Carreiro, o vicepresidente do TCU, José Múcio
Monteiro, o presidente do BNB,
Marcos Costa Holanda, e Martin
Raiser, representante do Banco
Mundial (Bird) no Brasil.