DOEPE 21/04/2018 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2 – Ano XCV • N0 73
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Recife, 21 de abril de 2018
GRAVATÁ
Obra de implantação do Sistema de
Esgotamento Sanitário está 60 % concluída
F OTO : A LUÍSIO M OREIRA /S EI
s obras de implantação do
Sistema de Esgotamento
Sanitário (SES), de Gravatá, no Agreste, avançam. A
primeira etapa do empreendimento
já está 60% concluída e vai
beneficiar 35 mil pessoas no Alto
da Boa Vista, Bairro Novo, Cruzeiro, Picolé, Prado, Pilar de Matos,
Cohab 1 e 2, 15 de Novembro e
Petur. O Governo Paulo Câmara
destinou R$ 38 milhões, só na
primeira fase da obra, que está
prevista para ser finalizada até
dezembro deste ano. “Este é o
maior investimento em saúde pública já feito na cidade, um dos destinos turísticos mais procurados da
região”, afirmou o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares.
Ele adiantou que, para contemplar o restante do município, o
Governo do Estado investe R$ 4
milhões na elaboração do projeto da
segunda etapa do SES Gravatá, que
deve ser concluído até final de
2018. Estudos preliminares já
apontam um investimento de R$
160 milhões para realizar a segunda
etapa do sistema.
Uma particularidade dessa obra,
é que a população já está sendo
beneficiada com os serviços de
A
TRABALHOS da Compesa devem ser concluídos até dezembro, com investimentos da ordem de R$ 38 milhões
coleta e tratamento de esgoto, antes
mesmo de finalizar a construção da
Estação de Tratamento de Esgoto
(ETE). Isso porque a Compesa
instalou uma ETE móvel, no bairro
Alto da Boa Vista, um modelo
simplificado e compacto para
tratamento de esgoto, que permite
dar funcionalidades às tubulações já
assentadas (redes e ramais) na
cidade. Hoje, é coletado e tratado o
esgoto gerado por 2 mil moradores.
A obra está com frentes de
trabalho atuando na implantação de
rede, no bairro da Boa Vista, e na
construção da ETE e do coletor
“tronco”. Esse último é uma
tubulação de grande porte (500
milímetros de diâmetro), com 2,5
mil metros de extensão, que está
sendo implantado às margens do
Rio Ipojuca e será responsável por
receber todo esgoto da cidade e
fazer o transporte até estação de
tratamento. A ETE de Gravatá já
está 78% concluída e possui
capacidade para tratar 150 litros de
esgoto, por segundo, utilizando um
método de tratamento que garante
retirar do esgoto até 98% de
matéria orgânica e elementos
patogênicos.
Na primeira etapa, também já
foram instalados 5,4 mil ligações,
12 mil metros de nova rede coletora
e 21 mil metros de ramais de
calçada. O SES Gravatá é
executado por meio do Programa
de Saneamento Ambiental do Rio
Ipojuca (PSA Ipojuca) e conta com
recursos financiados pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID).
“O compromisso do governador
Paulo Câmara com saneamento vai
além das obras de esgotamento
sanitário. Na semana passada, ele
autorizou a licitação de uma nova
adutora para Gravatá e ampliação
da Estação de Tratamento de Água
(ETA) da cidade”, finalizou o presidente de Compesa.
SERTÃO DO PAJEÚ
Chuvas recuperam barragens de Solidão e Santa Terezinha
O mês de abril trouxe chuvas
generosas para a região do Sertão do
Pajeú, após um longo período de
seca. Desta vez, as barragens de
Nossa Senhora de Lourdes, no
município de Solidão, e de José
Antônio, em Santa Terezinha,
saíram do colapso e estão em condições de abastecer as duas cidades.
As chuvas também recuperaram a
Barragem do Travessão, localizada
em Tabira, que atingiu a sua capacidade máxima (270 mil metros
cúbicos de água) e está vertendo.
Com isso, já voltou a fornecer água
para o distrito de Borborema, na zona rural do município. A Companhia
Pernambucana de Saneamento
(Compesa) também já providenciou
o retorno da distribuição de água
pela rede em Solidão e a previsão é
que os moradores de Santa Tere-
zinha voltem a ter água nas torneiras, até a próxima quarta-feira (25).
O município de Solidão, que
entrou em colapso em fevereiro
deste ano, festeja a água acumulada
na Barragem de Nossa Senhora de
Lourdes. O manancial atingiu aproximadamente 40% do volume total,
e já está abastecendo os 2,5 mil
moradores da cidade. A Barragem
José Antônio, que estava seca desde
dezembro de 2016, registra agora
26% da sua capacidade máxima, que
é de 2 milhões de metros cúbicos de
água. A Compesa realiza ajustes
operacionais na Estação de Tratamento de Água (ETA) para voltar a
abastecer a população de Santa
Terezinha, cerca de 12 mil pessoas.
Em função do longo período que o
sistema ficou desativado, os técnicos
farão um acompanhamento do
comportamento da rede de distribuição, com o retorno da operação.
O sistema de abastecimento da
Santa Terezinha ainda recebe contribuição da Barragem do Tigre, que
também conseguiu acumular água
com as chuvas deste ano. Mas, para
utilizar água do Tigre, a companhia
realiza um serviço de manutenção
na adutora, que transporta água da
barragem até a ETA.
SERTÃO DO ARARIPE
Bodocó e Ouricuri têm abastecimento reforçado
Uma das maiores barragens do
Sertão do Araripe, a Lopes II, está
um espetáculo para o sertanejo apreciar. Depois de três anos totalmente
em colapso, as chuvas do último fim
de semana encheram o manancial,
cuja capacidade de armazenamento
de água é de 24 milhões de metros
cúbicos. Localizada entre os mu-
nicípios de Bodocó e Ouricuri, a
barragem vai reforçar em 30 litros,
por segundo, o Sistema Adutor do
Oeste, responsável pelo abastecimento dos dez municípios do sertão
do Araripe e alguns povoados.
“Teremos água para os próximos
dois anos, mesmo se tivermos chuvas abaixo da média. Além disso, o
retorno da barragem Lopes II vai
garantir melhores alternativas para o
gerenciamento do Sistema Adutor
do Oeste. É como se tivéssemos, a
partir de agora, uma reserva técnica
de água”, compara o gerente de
Unidade de Negócios da Compesa,
João Virgílio. A partir da próxima
semana, o distrito de Porco, situado
na zona rural de Bodocó, vai voltar
a ser abastecido, após três anos. De
acordo com a Companhia, 1.200
pessoas serão diretamente beneficiadas com a água vinda de Lopes II.
Esperança também em Araripina.
A barragem do Sisagro sangrou,
com as últimas chuvas, e a comunidade de Rancharia voltará a ser
abastecida pela Compesa. Foram
três anos dependendo apenas dos
caminhões-pipa. O manancial tem
um milhão de metros cúbicos de
água e estava seco, desde 2015.
Estão sendo feitos testes no sistema
e a Celpe foi acionada para
executar alguns reparos, para a
religação de energia.