DOEPE 11/05/2018 - Pág. 3 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Recife, 11 de maio de 2018
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Ano XCV • N0 86 – 3
PREVENÇÃO
Seminário discute conjuntura
do zika vírus em Pernambuco
F OTO : D IVULGAÇÃO /SES
Financiado pelo Fundo
PositHIVo, por meio de parceria
com o grupo farmacêutico Bayer,
o projeto “Mais Fortes que a Zika”,
iniciado em setembro de 2017,
segue até o final deste mês.
Secretaria Estadual
de Saúde (SES), recebeu na última
quarta-feira (9), o seminário
“Saúde sexual e reprodutiva
no contexto do Zika Vírus e
Análise de conjuntura sobre
o Zika Vírus no Estado de
Pernambuco”. O encontro
foi promovido pelo Fundo
PositHIVo, fundo de sustentatibilidade às organizações
da sociedade civil, que
trabalham no campo do
HIV/Aids e das hepatites
virais. O seminário teve como objetivo principal estudar
os resultados do projeto
“Mais Fortes que a Zika”,
uma iniciativa desenvolvida
em cinco municípios pernambucanos (Goiana, Olinda, Petrolina, Recife e
Caruaru), que visa combater
A
e prevenir o zika vírus em
escolas públicas e comunidades de baixa renda.
A neuropediatra Vanessa
Van Der Linden, do Hospital
Barão de Lucena (HBL),
uma das médicas que identificou a relação entre o zika
vírus e a microcefalia, ainda
em 2015, foi uma das palestrantes da programação. A
especialista debateu com os
participantes, além da relação apontada, as estratégias
de prevenção e combate no
Estado. “Foi preciso organizar todo o sistema para a
doença. Nós temos orgulho
em dizer que o protocolo
elaborado em Pernambuco
foi a base para os documentos nacionais e internacionais”, ressaltou a médica.
Ao final do evento, repre-
VANESSA VAN DER LINDEN destacou o protocolo elaborado em Pernambuco, que baseou documentos internacionais
sentantes das instituições
Grupo de Trabalho em Prevenção Positivo (GTP+);
Instituto Papai; Instituto Mara Gabrilli; Casa da Mulher
do Nordeste e Grupo Curumim Gestação e Parto, que
participaram do “Mais Fortes
que a Zika”, apresentaram os
resultados dos trabalhos.
O Projeto, iniciado em
setembro de 2017, segue
até o final deste mês. Ele
é financiado pelo Fundo
PositHIVo, por meio de
parceria com o grupo farmacêutico Bayer, trabalhou
em diversas frentes para
conscientizar a população
sobre saúde sexual e reprodutiva, além de aumentar as
F OTO : D IVULGAÇÃO /SES
Maio Roxo alerta para o lúpus.
Doença atinge 5 milhões
de pessoas no mundo
Uma doença complexa e
de difícil diagnóstico. Assim
é o lúpus, uma doença inflamatória, de causa desconhecida, em que possíveis agentes externos (vírus, bactérias,
agentes químicos, radiação
ultravioleta) estimulam o sistema imune de uma pessoa
que já tem uma predisposição
genética, induzindo a produção inadequada de anticorpos. Esses anticorpos, então,
provocam lesões nos tecidos
e também alterações nas
células sanguíneas.
Para alertar e divulgar informações sobre o problema,
foi criado o Maio Roxo, mês
que lembra a doença que
atinge 5 milhões de pessoas
em todo o mundo, de acordo
com a Lupus Foundation of
America. No Brasil, mais de
150 mil novos casos surgem
todos os anos. O 10 de maio,
especificamente, foi dedicado à pessoa com lúpus.
Uma pesquisa feita pelo
Hospital Albert Einstein, de
São Paulo, mostrou que pessoas de todas as idades podem ser acometidas, mas mulheres, em geral, são mais afetadas. Não existe cura, podendo ser benigno, até extremamente grave e fatal. As manifestações clínicas variam de
paciente para paciente, assim
como seu tratamento.
De acordo com a reumatologista Andrea Dantas, do
Hospital Miguel Arraes
(HMA), por ser uma doença
de difícil diagnóstico, é necessário fazer um conjunto de
exames que conferem segurança para que os especialistas cheguem ao resultado.
O lúpus pode afetar só a pele
ou pode acometer outros órgãos, separados ou ao mesmo
tempo. “A mortalidade é
mais baixa quando atinge somente a pele e aumenta quando a doença ataca rins, cérebro e pulmões”, esclarece.
As queixas mais frequentes são mal-estar, febre, fadiga, emagrecimento e falta
discussões sobre as melhores formas de cuidados
para os bebês com microcefalia, tanto em Pernambuco, como em outros
Estados que também foram
afetados pelo vírus.
de apetite, além de dor
articular ou muscular leve e
manchas vermelhas na pele.
“As alterações mais frequentes ocorrem na pele e nas
articulações. A queda de
cabelo é muito comum e
indica a doença na sua fase
ativa. Boa parte dos pacientes também tem artrite”,
explica Andrea. Após o
diagnóstico, o tratamento
deve ter o objetivo de controlar os sintomas e melhorar
a qualidade de vida do
paciente, e pode ser feito
com base no uso de antiinflamatórios, nos casos mais
leves, até com drogas que
bloqueiam o crescimento celular, nos mais graves.