DOEPE 23/05/2018 - Pág. 4 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
4 – Ano XCV • N0 94
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Recife, 23 de maio de 2018
Um olhar atento às pessoas com
deficiência auditiva e ocular
Secretaria de Administração promoveu mais uma edição do Rodas de Conversa, dentro do Programa Mais Servidor.
tenta às questões pertinentes à inclusão de pessoas com deficiência na
sociedade, a Secretaria de Administração (SAD), através do Programa Mais
Servidor, em parceria com o Instituto de Recursos Humanos (IRH), promoveu este mês
mais um encontro do ciclo Rodas de Conversa. Desta vez, o tema abordado foi “Ações
de Inclusão para Pessoas com Deficiência
Auditiva e Ocular”. O debate, realizado no
auditório da SAD, contou com a participação
de diversos servidores e representantes de
entidades que trabalham com pessoas com
algum tipo de deficiência.
Na abertura do encontro, a secretária de
administração em exercício, Marília Lins,
frisou o quão foi importante a concessão do
benefício ao servidor que tem filho ou
dependente com deficiência, de ter um horário
especial de trabalho. De acordo com Marília
Lins, “foi uma forma de fortalecer o direito às
pessoas com deficiência e oportunizar uma
atenção, uma dedicação mais intensa dos servidores que lidam com esta situação desafiadora em seu dia a dia”.
Para a secretária em exercício, o benefício
do horário especial a uma parcela dos
servidores, por parte do Governo do Estado,
chegou num momento oportuno. “Esta
conquista também é fruto do empenho e dedicação da equipe do Programa Mais Servidor,
que é nosso programa corporativo de
qualidade de vida, além da parceria com o
IRH”, exaltou Marília.
A primeira palestrante convidada, a
analista judiciária e pedagoga, Gabriela
Severien, responsável pelo Núcleo Educativo
do Memorial do Tribunal de Justiça de
Pernambuco (TJPE), abriu sua fala chamando
F OTO : D IVULGAÇÃO /SAD
A
SEMINÁRIO
atenção para as barreiras atitudinais. “Isto
significa, na prática, que o público em geral
tem dificuldade - consciente ou inconscientemente - em lidar com pessoas com
deficiência. Tanto na questão física, quanto na
questão da comunicação. Por exemplo,
quando vejo que tem uma pessoa surda em
uma palestra e não coloco um intérprete de
libras, estou excluindo-a daquele encontro.
Devemos criar mecanismos para termos de
fato, um espaço inclusivo para pessoas com
deficiência”, atentou Gabriela, que é aco-
ABORDA DESIGN THINKING
Sessenta pessoas de 25 órgãos estaduais participaram, na última quinta-feira
(17), no auditório da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE),
do Seminário “Design Thinking: uma forma de redesenhar serviços públicos
com foco no cidadão”. O evento foi realizado em parceria com o Centro de
Estudos Jurídicos (CEJ) da PGE-PE e Centro de Formação dos Servidores
Públicos de Pernambuco (Cefospe). O gestor governamental de Planejamento
e Gestão da Secretaria de Planejamento e Gestão de Pernambuco (Seplag),
Newton Rocha Cerezini, esteve à frente do seminário.
“Design thinking é uma ferramenta para resolver problemas, de uma forma
criativa e focada no ser humano. É um modelo formulado, a partir da forma de
pensar dos designers e adaptado a empresas e instituições, na resolução de
questões”, explicou Newton Cerezini, acrescentando que o modelo já vem
sendo aplicado na gestão pública, de forma mais avançada em outros países,
mas que já existem iniciativas no Brasil. “O mais importante do design
thinking não é a ferramenta em si, mas a mudança na forma de pensar e agir
que ela provoca, entendendo que é possível desenvolver soluções criativas,
com foco e para as pessoas”, informou.
Newton Cerezini descreveu as etapas de aplicação do design thinking e citou
experiências positivas de aplicação dos conceitos da ferramenta, em
experiências de planejamento estratégico no serviço público, em Pernambuco
e no Brasil.
PÚBLICO interagiu
metida de surdez unilateral (parcial) e também
de visão monocular (visão em apenas um dos
olhos).
Gabriela coordena, ainda, juntamente com
a sua equipe, o Memorial do TJPE, composto
por cerca de 160 mil processos. “Trata-se de
um espaço expositivo. Temos projetos inclusivos para pessoas com deficiência, a exemplo
do projeto das maquetes táteis, chamado de
“Concreto ao sensorial”, com uma maquete do
prédio tombado do Memorial TJPE. Nele, as
pessoas com deficiência visual podem
e ampliou o seu conhecimento
a respeito do tema
conhecer todo o conjunto arquitetônico,
através do toque. Temos, também, o Memorial
Digital, com processos digitalizados, que vão
ter uma plataforma acessível com janela de
libras para as pessoas com deficiência
auditiva”, explicou ela.
COMUNIDADES
TERAPÊUTICAS
RECEBEM CAPACITAÇÃO
A Secretaria de Desenvolvimento Social,
Criança e Juventude (SDSCJ), por meio da
Secretaria Executiva de Política sobre Drogas
(Sepod), está promovendo o “Curso de
Orientação Técnica às Comunidades Terapêuticas”. O objetivo da iniciativa é discutir
os principais itens do edital 01/2018, da
Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
(Senad), e habilitar essas instituições a participarem do credenciamento às vagas, para a
prestação dos serviços de acolhimento.
A capacitação, que teve duração de 16
horas/aula, foi encerrada, ontem (22), na
Sala Olinda, do Centro de Convenções, com
a participação de gestores das 22 comunidades terapêuticas do Estado. Durante os dois
dias do encontro, foram discutidos a legislação, as exigências de documentação, os
programas de acolhimento das entidades e
as etapas para a elaboração do Plano de
Atendimento Singular.
“O Governo Paulo Câmara, através da
SDSCJ/Sepod, coloca-se como parceiro das
comunidades terapêuticas, para a qualificação dos serviços por elas oferecidos e para
que possam habilitar-se a concorrer aos
recursos que estão sendo disponibilizados
no edital no 01/2018”, afirmou a secretáriaexecutiva da Sepod, Márcia Ribeiro, que
representou o secretário da SDSCJ, na
abertura do curso.
O edital da Senad tem o objetivo de
credenciar entidades privadas, sem fins
lucrativos, para realizar o acolhimento, em
regime residencial transitório, de pessoas
com transtornos decorrentes do uso, abuso
ou dependência de substâncias psicoativas.
As entidades prestarão os serviços, buscando acolher pessoas que necessitam de
afastamento do ambiente no qual se iniciou,
desenvolveu ou se estabeleceu o uso ou a
dependência de substâncias psicoativas,
como o álcool, crack, maconha e cocaína,
dentre outras.