DOEPE 16/06/2018 - Pág. 3 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Recife, 16 de junho de 2018
Ano XCV • N0 111 – 3
CPRH apreende 76 pássaros em Angelim
Encontradas dentro de uma residência, as aves foram encaminhadas ao Cetas Tangara, na última terçafeira (12). Duas delas são de espécies ameaçadas de extinção – um bicudo e um pintassilgo do Nordeste.
F OTO : F OTO : D IVULGAÇÃO /CPRH
etenta e seis pássaros, incluindo dois de espécies
que estão na lista dos que correm risco de extinção
– um bicudo e um pintassilgo do Nordeste – e
outro de ocorrência no Sul – coleirinho do brejo – foram
apreendidos em uma residência, no município de Angelim (Agreste Meridional). O proprietário, que havia sido
detido por porte ilegal de armas e munição, mantinha
gaiolas em praticamente todas as dependências de sua
casa, o que surpreendeu os policiais. Foram emitidos três
autos de infração por crimes ambientais, totalizando
R$ 94,5 mil em multas.
A apreensão foi feita na noite da última segunda-feira
(11). Ao encontrarem os animais e as gaiolas na residência
de José Cícero Serafim da Silva, policiais civis da Delegacia de Angelim acionaram a Agência Estadual de Meio
Ambiente (CPRH), que enviou uma equipe da Unidade de
Fauna ao município e fez a apreensão, por volta das 21h.
Havia gaiolas – muitas com pássaros e outras sem – na
varanda, sala de estar, garagem, cozinha e quartos.
As multas aplicadas sofreram agravantes por José Cícero ter admitido, em seu depoimento na delegacia, que
mantinha os pássaros para vender e também em razão das
duas espécies ameaçadas de extinção. As aves foram
encaminhadas, na tarde da última terça-feira (12), ao Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco
(Cetas Tangara), da Agência CPRH, no bairro da Guabiraba, onde estão passando por avaliação e reabilitação,
antes de ser devolvidas à natureza. Há galos de campina
(espécie de maior quantidade, com 20), tico-ticos, caboclinhos, canários, sanhaçus e curiós, entre outras espécies.
S
ALÉM dos
pássaros, a
equipe da
Unidade de
Fauna da
Agência
CPRH
apreendeu
várias
gaiolas
Educação Ambiental ganha 4O
volume do caderno de atividades
Todos pela conservação
da Mata Atlântica de Aliança
Publicação da série “Meio Ambiente em Brincadeiras” será
utilizada em ações educativas na Zona da Mata Sul.
Semas e Agência CPRH participaram do lançamento do Plano Municipal
de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica, com diretrizes para
conservar e recuperar os remanescentes florestais do município.
Dentro da programação dedicada ao Mês do Meio Ambiente, a Agência Estadual do
Meio Ambiente (CPRH) lançou o quarto volume da série
de cadernos de atividades
“Meio Ambiente em Brincadeiras”, produzido sob a coordenação do Núcleo de Comunicação Social e Educação
Ambiental (NCSEA). Desta
vez, o tema abordado é a Mata
Atlântica. Com informações
sobre as características do bioma, da fauna e flora presentes,
dicas para a preservação, jogos de caça-palavras e cruzadas, a publicação será utilizada em ações de Educação Ambiental, com estudantes e comunidades do Estado, especialmente da Zona da Mata.
O caderno foi apresentado
no último domingo (10), durante atividade realizada no
Jardim Botânico do Recife, em
parceria com a Prefeitura Municipal de Belém de Maria
(Mata Sul). Com a participação de professores da rede de
ensino do município e de profissionais da área de Educação
F OTO : D IVULGAÇÃO /CPRH
LANÇAMENTO do caderno aconteceu no
Jardim Botânico do Recife
Ambiental da Agência – a analista Sylvia Nino e a assistente
em Gestão Ambiental, Priscila
Moura –, também foi lançada a
política municipal de Meio
Ambiente, de Belém de Maria,
apresentada pelo ambientalista
Roberto Arraes e o secretário
de Educação do município,
Natanael José da Silva.
Com a mesma proposta, e
seguindo a linha de conscientizar com informações e brinca-
deiras para jovens e crianças,
os cadernos anteriores da série
“Meio Ambiente em Brincadeiras” abordaram os seguintes temas: Resíduos Sólidos
(Volume 1), Manguezal (Volume 2) e Caatinga (Volume 3).
Após a apresentação e o lançamento, ambientalistas e professores participaram de uma
trilha, no encerramento da Semana do Meio Ambiente do
Jardim Botânico.
A Secretaria Estadual de
Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e a Agência
Estadual de Meio Ambiente
(CPRH) lançaram, no dia 6
deste mês, no auditório da
Unidade Educacional de Aliança (UEPA), o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica
(PMMA). O estudo foi elaborado pela consultoria Vitec
Engenharia, com apoio da Semas e da Agência CPRH.
Durante a solenidade de
lançamento do PMMA, a gerente de Conservação da Biodiversidade da Semas, Samanta Della Bela, destacou a
importância do Plano. “Temos
um grande caminho pela frente, mas acredito que é possível
e viável, desde que a população e a prefeitura se apropriem
deste recurso tão importante,
para desenvolver efetivamente
ações de conservação e de
proteção. Esse bem, que nos
proporciona a Mata Atlântica,
possibilita a nossa vida futura.
Se a gente não cuidar dessa
mata, não teremos uma
qualidade de vida razoável nos
próximos anos”, disse Della
Bela. O evento foi um dos
destaques do Mês do Meio
Ambiente de Pernambuco,
realizado numa parceria da Semas, Agência CPRH e Parque
Estadual Dois Irmãos.
“Se a gente não
cuidar dessa mata,
não teremos uma
qualidade de vida
razoável nos
próximos anos”
Samanta Della Bela Gerente de Conservação da
Biodiversidade da Semas
O mapeamento apontou
que os remanescentes de vegetação nativa correspondem a
4,99% da área total do município, um pouco mais de 1.350
hectares, com destaque para as
matas do Engenho Cueiras,
com 225 hectares, e a Mata do
Pito do Jito, com 168 hectares.
Entres as áreas de alta priori-
dade para a conservação e recuperação (APCR) estão, além
da Mata do Pito do Jito, o
curso do Rio Sirigi e seus afluentes, localizados ao sul da
bacia hidrográfica, além dos
assentamentos Maré e Ajudantes. A proposta é recuperar a
médio e longo prazos, um total
de 12.093,76 hectares, entre
área de mata e APPs (vegetação das margens dos rios).
O documento técnico é o
sétimo lançado em Pernambuco e foi aprovado pelo Conselho de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável
de Aliança, em novembro de
2017, conforme prevê o Art.
38 da Lei da Mata Atlântica
(Lei no 11.428/2006). Nele, estão reunidos dados socioeconômicos e ambientais da região, como levantamento da
fauna, da flora e o mapeamento dos remanescentes florestais
(matas e áreas de preservação
permanente - APPs), com o
objetivo de proteger e recuperar as áreas de mata de
grande beleza cênica.