DOEPE 09/10/2018 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2 – Ano XCV • N0 188
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Recife, 9 de outubro de 2018
NOVAS PARCERIAS
Case Abreu e Lima recebe visita do IFPE
F OTO : D IVULGAÇÃO /F UNASE
Encontro faz parte de um acordo
de cooperação, firmado em agosto,
entre a Funase e o Instituto.
Centro de Atendimento
Socioeducativo (Case)
Abreu e Lima, uma das
unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase),
recebeu, na última sexta-feira (5),
uma comissão do Instituto
Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Pernambuco
(IFPE) - Campus Abreu e Lima. O
objetivo do encontro foi mostrar a
unidade aos representantes e
discutir a formalização de uma
parceria para a oferta de cursos
profissionalizantes, destinados
aos socioeducandos.
A visita está entre as primeiras
articulações feitas, após o acordo
de cooperação técnica firmado,
em agosto, entre a Fundação e o
Instituto para ampliar a inclusão
de adolescentes em atividades de
extensão.
Na ocasião, foram discutidas
possibilidades de ofertas em segurança do trabalho e saúde, que
são áreas de cursos do campus.
O
FUNASE
E
Também foi avaliada a possibilidade da realização de uma
campanha educativa, em alusão
ao Novembro Azul, dedicado à
prevenção do câncer de próstata.
“Diante da necessidade do Case
Abreu e Lima, vamos fazer
algumas intervenções pontuais e,
posteriormente, alguma oficina ou
algum curso que complemente a
educação dos socioeducandos”,
disse a coordenadora do curso de
Enfermagem do IFPE, Joana Lira.
O coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e
Lazer, da Funase, Normando Albuquerque, lembrou que a parceria
já acontece nos Cases Vitória de
Santo Antão, Garanhuns e Caruaru
e que, em Abreu e Lima, o projeto
também refletirá de forma positiva
junto aos socioeducandos.
“Temos previsão para sermos
atendidos a partir do mês de
novembro, com ações pontuais, e
a partir do ano que vem, com cursos montados para atender o nos-
UFPE
COMISSÃO de educadores conheceu as instalações da unidade socioeducativa, no município
so público. É o IFPE chegando ao
Case Abreu e Lima”, explicou.
“Junto com a coordenação do
curso de Segurança do Trabalho e
FORMAM SEGUNDA TURMA DE
ADOLESCENTES NO CURSO DE INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
Enfermagem, realizaremos planejamentos para desenvolver atividades de extensão para o Case.
Além dos cursos, vamos acolher
os socioeducandos em nosso campus”, completou a diretora-geral
do Campus Abreu e Lima do
IFPE, Fátima Cabral.
Banda Liberdade faz prélançamento do primeiro CD
F OTO : D IVULGAÇÃO /F UNASE
Treze adolescentes do Centro de
Atendimento Socioeducativo (Case)
Jaboatão dos Guararapes, uma das
unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase),
receberam certificados de conclusão do curso Instalações Elétricas
Residenciais e Noções de Gestão
de Pequenos Empreendimentos. A
formação foi promovida pelo
Núcleo de Inovação, Empreendedorismo e Sustentabilidade (NIES),
do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE),
em conjunto com o Centro de
Tecnologia e Geociências (CTG), o
Centro de Artes e Comunicação
(CAC) e a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da instituição.
Os alunos também ganharam
uma caixa de ferramentas, com
itens básicos para que, futuramente, possam exercer o que aprenderam como trabalho remunerado. O
material foi doado por meio da
mobilização da Paróquia Nossa
Senhora da Boa Viagem, no Recife. Essa foi a segunda turma concluída no âmbito da parceria entre
a Funase e a UFPE, para a oferta
CONCLUINTES do curso receberam caixas de ferramentas completas
de cursos profissionalizantes voltados ao público atendido pela
Fundação. Na primeira, concluída
em junho, oito adolescentes do
Case Jaboatão e duas socioeducandas do Case Santa Luzia foram
certificados por ter terminado o
mesmo curso. Na ocasião, as aulas
ocorreram na universidade.
Desta vez, os professores foram
até o Case Jaboatão, o que também
viabilizou a inclusão de cinco
agentes socioeducativos na turma.
O curso teve 40 horas/aulas, abordando conteúdos como Ferramentas, Eletricidade Básica, Instrumentos e Medidas, Instalações
Elétricas, Normas de Segurança e
Gestão de Pequenos Empreendimentos. Além da UFPE e da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem, foram parceiros no projeto a
Paróquia Bom Pastor e o Rotary
Club do Recife – Largo da Paz.
A Banda Liberdade, composta por 12 adolescentes do Centro de
Atendimento Socioeducativo (Case) Abreu e Lima, fez o prélançamento de seu primeiro CD, durante apresentação realizada, na
última sexta-feira (5), na Faculdade Facigma, no Recife. O álbum, de
cunho social e sem fins lucrativos, está na fase de pós-produção. O CD
contém 12 músicas de artistas e grupos consagrados, como “Evidências”
(Chitãozinho & Xororó, 1990), “Espumas ao Vento” (Fagner, 1997) e
“Xote dos Milagres” (Falamansa, 2000). O trabalho é um convite para
que o público conheça mais uma iniciativa desenvolvida nas unidades
socioeducativas.
As gravações ocorreram no Studio 855, no bairro do Ibura. Usando
um uniforme com a frase “Alguém acreditou em mim”, os socioeducandos se revezaram no vocal, na zabumba, no triângulo, no ganzá e na
pandeirola. O agente socioeducativo Artur Silva, idealizador do projeto,
toca teclado e canta. O professor de matemática Clóvis Benvindo toca
contrabaixo. Ambos são funcionários do Case Abreu e Lima e conduzem
a iniciativa voluntariamente. A ação surgiu em agosto de 2016, no
formato de oficinas de música, ministradas na unidade. Com o tempo, os
socioeducandos aprenderam a tocar os instrumentos, o que viabilizou a
criação da banda.
“A grande virtude é conseguir melhorar o progresso dos adolescentes. A gente nota que isso reflete no comportamento nas alas da unidade,
no respeito que eles têm e obtêm dos outros”, avalia Artur, que se dedica
aos ensaios com os socioeducandos nos dias de folga. Do mesmo modo,
o professor Clóvis Benvindo concilia a participação na banda com os
dias em que leciona na Escola Estadual Pastor Amaro de Sena, que tem
uma unidade anexa no Case. “A sociedade, por vezes, empurra esses
meninos para a rejeição, mas quando você convive com eles, vê que há
um futuro. Eles aprendem a ter disciplina, compromisso e parceria”, diz
o professor.