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DOEPE - 2 - Ano XCVI • NÀ 223 - Página 2

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DOEPE 22/11/2019 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco

Poder Executivo ● 22/11/2019 ● Diário Oficial do Estado de Pernambuco

2 - Ano XCVI • NÀ 223

Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo

Recife, 22 de novembro de 2019

Projeto na Funase ensina leitura para
socioeducandos em até 45 dias
F

Ação é realizada no Centro de Internação Provisória
(Cenip) Caruaru, no Agreste de Pernambuco, de forma
adaptada ao curto período de permanência
de internos e à alta rotatividade da unidade.

E

m menos de 45 dias,
adolescentes atendidos
no Centro de Internação Provisória (Cenip) Caruaru, no Agreste de Pernambuco, passam a ter uma relação
diferente com as palavras e as
imagens. É nesse tempo – prazo máximo em que aguardam
sentença judicial pela prática
de atos infracionais – que eles
participam de um projeto de
leitura desenvolvido em grupo,
com o apoio de uma pedagoga e de uma assistente social.
Duas vezes por semana, os socioeducandos se reúnem para
compartilhar as histórias que
conheceram e tomar emprestados novos livros para serem
lidos em seus alojamentos. A
iniciativa vem dando tão certo que pode ser replicada em
outras unidades de internação
provisória da Fundação de
Atendimento Socioeducativo
(Funase) em todo o Estado.
O projeto nasceu há dois
meses e foi pensado para superar um desafio desse tipo de

atendimento: o pouco tempo
que os internos permanecem
no local e, consequentemente,
a alta rotatividade da unidade.
Atualmente, 17 socioeducandos participam da ação. “Sempre tivemos a consciência de
que esses meninos não podem
sair do mesmo jeito que entraram. Então, mesmo com apenas 45 dias para trabalhar com
eles, temos realizado atividades que criam bases para os
caminhos que eles vão seguir
depois, seja a ida para uma medida socioeducativa em outra
unidade da Funase, seja uma
medida em meio aberto. Meninos que chegam sem saber
assinar o nome vão para as audiências já assinando”, afirma
a coordenadora geral do Cenip
Caruaru, Maria Clara Amorim.
Na unidade, são atendidos
adolescentes com idades entre 12 e 18 anos oriundos de
42 municípios do Agreste. O
interno E.J.S., de 16 anos, por
exemplo, é de Caruaru. Ele
conta que, quando chegou à

Funase, não sabia ler tão bem.
Hoje, o cenário é outro. “Já
li uns cinco livros desde que
cheguei aqui. ‘Triste Fim de
Policarpo Quaresma’, ‘A Batalha dos Mamulengos’... É bom
porque, nos grupos, a gente
tem que fazer o resumo do que
leu e vai aprendendo mais”,
diz o adolescente, pouco depois de detalhar o conteúdo do
livro “A Ilha Perdida” (1944),
de Maria José Dupré. Outro
colega dele, H.S.S., também
de 16 anos, de Santa Cruz do
Capibaribe, faz planos após
participar do projeto. “Parei os
estudos por um erro. Isso aqui
está me ajudando e quero voltar a estudar”, declara.
Sempre que terminam de
ler um livro, os socioeducandos têm que escrever um resumo em uma ficha apropriada,
que é anexada à documentação deles e acessada por promotores, defensores públicos
e juízes responsáveis pelos
processos. Também é essa a
condição para que um novo li-

EMBARCAÇÕES
O processo de cadastramento de embarcações
de condutores de turismo
no estuário do Rio Formoso, litoral sul de Pernambuco, que integra a Apa
de Guadalupe acontece,
presencialmente, desde o
dia 18 de novembro, se
estenderá até a próxima
segunda (25) em Sirinhaém, na Secretaria de
Meio Ambiente e Turismo
das 8 às 12h.
A ação, promovida
pela Agência Estadual de
Meio Ambiente (CPRH),
por meio da Área de Proteção Ambiental (APA)
de Guadalupe, contribui
para a implementação do
Programa de Desenvolvimento do Turismo Sustentável, especificamente
no subprograma de Ordenamento de Turismo no
Rio Formoso.
As informações sobre
a documentação necessária ao cadastramento e os
locais de atendimento estão disponíveis no portal
da CPRH (www.cprh.pe.
gov.br).

D

por semana, socioeducandos compartilham
histórias que conheceram e trocam novos livros
vro seja emprestado no espaço por técnicas da Funase, o Cede leitura do Cenip Caruaru. nip Caruaru também conta
“A gente vê que eles cuidam, com uma professora ligada à
não rasgam, não amassam. É Secretaria de Educação e Esalgo que mostra o valor que portes do Estado, que desenestão dando à leitura”, detalha volve ações voltadas à alfaa pedagoga Maurinúbia Mou- betização do público atendido
ra. “Entre eles mesmos, estão no local. “A escrita, a música
estabelecendo essa cultura e outras formas de arte são
da leitura. Às vezes, um ado- muito trabalhadas, porque
lescente recém-chegado nem fazem com que a pessoa se
passou pelo primeiro atendi- desligue um pouco do mundo
mento e já está pedindo livro à volta e possibilitam o aprenpara ler, influenciado pelos co- dizado de forma lúdica. Enlegas”, explica a assistente so- tão, conseguimos desenvolver
cial Natália de Melo, também a escrita, a concentração e as
idealizadora do projeto.
emoções, tudo isso ao longo
dos 45 dias em que os alunos
E
– Além do pro- ficam aqui”, afirma a profesjeto de leitura, desenvolvido sora Gilvaneide Tenório.
F

“Os espaços de prática
das religiões de matriz africana, para além do exercício
da religiosidade e da tradição, são considerados redes
de cuidado e assistência desenvolvidos no interior das
comunidades. Estes espaços
são também instrumentos de
preservação das tradições
ancestrais africanas, de luta
contra o preconceito e de
combate à desigualdade social”, afirmou a coordenadora de Saúde da População
Negra e Pessoas com Doença Falciforme da SES-PE,

CONDUTORES DE

:D

:M

F

/SES

Evento discutiu temas ligados
a religiões de matriz africana.
de para implementação das
ações de saúde no Sistema
Único de Saúde em Pernambuco (SUS-PE) e estabelecer
articulação junto às Gerências Regionais de Saúde (Geres) e secretarias municipais
de Saúde, priorizando cidades onde existam comunidades de religiões de matriz
africana em seus territórios,
a fim de conhecer a situação de saúde dessas comunidades. O encontro contou
com a presença de gestores,
representantes do Comitê
Estadual de Saúde da População Negra, comunidades
de terreiros, técnicos, profissionais de saúde, movimentos e controle social, conselhos estadual e municipais de
saúde, Ministério Público de
Pernambuco (MPPE) e Defensoria Pública da União.

PARA

É PRORROGADO

SES realiza I Encontro
da População Negra
Na última quarta-feira
(20), quando foi celebrado
o Dia da Consciência Negra, a Secretaria Estadual
de Saúde (SES-PE), por
meio da Coordenação de
Saúde da População Negra
e Pessoas com Doença Falciforme, promoveu o I Encontro Estadual de Saúde
da População Negra com as
comunidades de terreiros de
religiões de matriz africana. O evento, que ocorreu
no Hotel Barramares, em
Jaboatão dos Guararapes,
tem como objetivo possibilitar o conhecimento sobre
a situação de saúde desse
contingente populacional,
além de promover reflexão,
debate, atualização de temas
e relato de experiências.
A intenção é também potencializar a intersetorialida-

CADASTRAMENTO

Miranete Arruda. Atualmente, existem cerca de 1,5
mil terreiros localizados na
Região Metropolitana do
Recife e cerca de 3 mil em
Pernambuco. A população
negra (pretos e pardos) em
Pernambuco corresponde
a 62% da população total
(IBGE-2010) do Estado.
“Não se pode esquecer
que uma das expressões mais
corriqueiras do racismo no
Brasil é o preconceito relacionado aos espaços de culto
às religiosidades de matrizes
africanas e afro-brasileiras.

Historicamente, as práticas
religiosas e culturais brasileiras (indígenas e negras)
sofreram perseguições e imposições do Estado, que ora
proibia suas práticas, ora impunha sanções que tornavam
cada vez mais difícil a organização das comunidades
negras”, complementou Miranete Arruda. Ainda segundo Miranete, a ausência de
discriminação racial, socioeconômica e/ou de orientação
sexual nos terreiros tem sido
fundamental para a promoção da saúde, que somada

I

é potencializar
a intersetorialidade para
implementação das ações de
saúde, priorizando cidades
onde há comunidades de
religiões de matriz africana

ao uso dos fitoterápicos se
constitui em um modelo exitoso no processo de cuidado
em saúde e doença. De acordo com dados do Censo do
IBGE de 2010, a maior representatividade da raça/cor
preta foi verificada na umbanda e candomblé (21,1%).
Uma das palestrantes
convidadas para o evento
foi a consultora em Direitos
Humanos, Gênero e Raça,
Vera Baroni, que explanou
sobre o tema ‘Como os terreiros de Matriz Africana
veem o SUS’. Em sua fala,
Vera destacou o surgimento
do SUS como uma conquista social do povo brasileiro.
“Enquanto conquista, a saúde tem que ser gerida por
princípios, entre eles, a universalidade, a integralidade
e a equidade, aliados a promoção e proteção de direitos
aliados a assistência”, disse.

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