DOEPE 11/11/2020 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2 - Ano XCVII • NÀ 210
Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
Recife, 11 de novembro de 2020
Recife é a capital com maior número
de feiras orgânicas do País
Dados do Circuito Pernambuco Orgânico são ainda mais positivos e apontam 54 feiras na capital.
O
Recife é a capital brasileira com a
maior rede de feiras orgânicas do País,
segundo cadastro mantido pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec)
com dados de todo o Brasil. Os números estão
disponíveis no portal https://feirasorganicas.
org.br/. Segundo o portal, a capital pernambucana possui 43 feiras orgânicas em atividade,
contra 41 do Rio de Janeiro e 36 de São Paulo, respectivamente segunda e terceira colocadas no ranking.
Os números do Circuito Pernambuco Orgânico, no entanto, são ainda mais favoráveis.
Lançado pela Secretaria de Desenvolvimento
Agrário (SDA) em julho de 2019, como ferramenta para fortalecer esses espaços e a agricultura familiar de base orgânica, hoje, o Circuito
contempla 121 feiras orgânicas ou agroecológicas em todo o Estado, das quais 54 estão localizadas no Recife.
O gerente de Processos Agroecológicos
da SDA, Maílson Rodrigues, destacou que as
ações desenvolvidas no âmbito Circuito Per-
F•••: E•••••! J"!••#/SDA
nambuco Orgânico, além de focarem a consolidação dos espaços de comercialização, cumprem também o papel de apoiar os agricultores
no reconhecimento deles como produtores orgânicos. “Muitos agricultores, apesar de adotarem práticas orgânicas, não sabem que podem
ter esse reconhecimento por meio da associação
a uma Organização de Controle Social (OCS).”
Para o secretário de Desenvolvimento Agrário, Dilson Peixoto, o Circuito promoveu a
aproximação entre o Estado, as feiras e os produtores orgânicos e agroecológicos. “A atuação
da Secretaria, através de visitas e acompanhamento técnico, vem reforçando a presença efetiva do Estado junto às feiras e aproximando as
políticas públicas das demandas dos agricultores. Quando iniciamos o programa, Pernambuco contava com 83 feiras orgânicas catalogadas
em todo o Estado e 849 agricultores cadastrados como produtores orgânicos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA). Hoje, temos 121 feiras e 1.030 agricultores cadastrados no Ministério.”
O E',!#% tem,
atualmente, 121
feiras e 1.030
agricultores
cadastrados como
produtores orgânicos
no Ministério da
Agricultura
Lançamento da Cepe Editora narra de forma
lúdica dores e alegrias do cotidiano
O Livro Sem Fim, que a Cepe Editora lança hoje (11), às 14h, tem apenas 13 x 9,5 centímetros - pouco menor do que o bolso padrão
de uma camisa masculina - e pesa praticamente nada. Classificado como livro experimental
ilustrado, ele é composto de oito desenhos, além
de umas poucas palavras e frases que se relacionam com as imagens. Mas como sugere o título,
as possibilidades de leitura que essa publicação
nada convencional proporciona são infinitas.
Quando a autora, Iara Adeodato, afirma que
o livro subverte a configuração tradicional, não
é um modo de dizer. Para começar, a publicação que ela criou, a partir da angústia criativa
vivenciada enquanto produzia o Trabalho de
Conclusão do Curso de Design na Universidade
Federal de Pernambuco (TCC-UFPE), não tem
páginas. Ao ser aberto, o formato é meio tridimensional, não há uma ordem certa para a leitura e cada pessoa é livre para interpretar texto e
imagem como lhe aprouver.
Iara vai lançar seu título de estreia e explicar o processo de produção e edição no painel
Por Dentro do Livro, na terceira etapa do Circuito Cultural Digital de Pernambuco (www.
circuitoculturalpernambuco.com.br). “Queria brincar com o aspecto físico do livro e, durante as pesquisas para o TCC, tive a ideia de fazer uma história que não tivesse fim, um ciclo
repetitivo temporal e de espaço físico. O formato é sanfonado, a história gira em círculo e faz
essa brincadeira”, afirmou a designer.
Ilustrado, interativo e lúdico, O Livro Sem
Fim não é destinado ao leitor infantil. O tema é
particular do universo de adultos e adolescentes,
como as rotinas de trabalho e estudos. “A personagem que desenhei não tem aparência de criança, é uma adulta, é uma mulher que fica rodando em círculos até tomar uma decisão. O texto
reproduz o que vai passando pela cabeça da personagem quando ela está nesse processo”, declarou Iara Adeodato, que apresentou o TCC na
UFPE em 2014.
“Também trabalho com música e, para criar
uma composição, é assim mesmo, a gente roda em círculos e sofre até acertar. O livro é o retrato desse momento, que depois passa”, acrescentou Iara. Na publicação, a personagem está
restrita aos limites de uma casa. Porém, qualquer semelhança com o isolamento social im-
posto pela pandemia do novo coronavírus é pura coincidência.
Na história, a mulher se angustia com o prazo
para cumprir uma tarefa, faz pausa para relaxar,
vistoria o conteúdo da geladeira e se debruça sobre o trabalho, numa ação que nunca termina.
Enquanto isso, pensa que o relógio está correndo (“Já se passaram 30 minutos”), que o prazo
está curto (“Não vai dar tempo”), que a feira está
acabando (“Tem que comprar mais ovos”) e que
tudo vai dar certo (“Vou conseguir”).
“Em O Livro Sem Fim, Iara Adeodato traz
uma narrativa em que forma e conteúdo se completam. É um livro que trata dos ciclos do cotidiano, e uma obra que não tem começo ou fim
definidos, ilustrando bem os prazeres e frustrações do dia a dia”, observou o jornalista e editor
da Cepe, Diogo Guedes. “A Cepe Editora tenta
sempre estar aberta a formatos e propostas criativas, como é o caso de O Livro Sem Fim. São
bons desafios editoriais e gráficos, e atestam as
infinitas possibilidades e formatos que um livro,
como mídia e objeto, pode assumir.”
Lançado só no formato impresso, O Livro
Sem Fim custa R$ 12 e está disponível nas lo-
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O L 0+%
Sem Fim, de
Iara Adeodato,
será lançado
hoje, às 14h.
jas da Cepe situadas no Recife - sede, em Santo Amaro; Museu do Estado, nas Graças; e Centro Cultural Cais do Sertão, no Bairro do Recife
- e em Olinda, no Mercado Eufrásio Barbosa,
no Varadouro. Também pode ser adquirido pela loja virtual (www.cepe.com.br/lojacepe/). O
Circuito Cultural Digital de Pernambuco é uma
realização da Cepe com curadoria da Fundação
Gilberto Freyre.
Mulheres e LGBTQI+ é tema de debate promovido, hoje, pela SDSCJ
A programação da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), neste mês da Consciência Negra, discute, hoje (11), a temática Mulheres
e LGBTQI+. O encontro será via Youtube
(www.youtube.com/secdesenvolvimentosocial), aberto ao público e a partir das 16h.
Todas as quartas-feiras deste mês haverá
diálogos com personalidades negras, com temáticas variadas. A programação é uma realização da Secretaria Executiva de Políticas
para o Desenvolvimento Social (SEPDS), e
da SDSCJ com a Coordenadoria de Igualda-
de Racial do Estado. O tema escolhido este
ano foi Ona Agbon - Caminho da Sabedoria.
Um diálogo dos negros para a sociedade na
década afrodescendente.
“Discutir políticas públicas para a população negra é primordial para a construção de
uma sociedade antirracista, justa e com igualdade social. Como Estado, devemos garantir os
direitos das negras e negros em todas as áreas e
assegurar a equidade de condições sociais para todas e todos”, pontuou o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Sileno Guedes.
D ! #! $%&'$ (&$ ! &)*+! - A data é celebrada em 20 de novembro e foi criada em 2003
dentro do calendário escolar. No entanto, em
2011, em decorrência da pressão de negras e negros do Brasil, a data passou a fazer parte do calendário nacional (lei no 12.519, de 10 de novembro de 2011), inclusive sendo feriado em alguns
municípios O dia ganhou uma dimensão maior
tendo comemoração alusiva durante todo o mês.
O 20 de novembro faz referência a Zumbi dos
Palmares, um dos maiores líderes negros do Brasil, que lutou pela libertação do povo contra o sistema escravista. A data se tornou símbolo de luta
para a população afrodescendente no país contra
a opressão, o racismo, a discriminação, e a favor
da igualdade social, da inclusão de negros na sociedade e da cultura afrobrasileira. Além disso,
deu protagonismo para o espaço de fala em fóruns, debates e outras atividades nacionais.
A Assembleia Geral da ONU proclamou o período entre 2015 e 2024 como a década Internacional de Afrodescendentes. Sendo assim, a comunidade internacional reconhece que os povos
afrodescendentes representam um grupo distinto cujos direitos humanos precisam ser promovidos, protegidos e preservados.