DOEPE 05/06/2021 - Pág. 1 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Diário Oficial
Estado de Pernambuco
Poder Executivo
Ano XCVIII • No 107
Recife, sábado, 5 de junho de 2021
Variante P.1 do novo coronavírus
predomina atualmente em Pernambuco
F•••: M•!# F••&•/SES-PE
Sequenciamento genético não apontou circulação
no Estado da variante B.1.617, relatada
primeiramente na Índia.
O
s resultados de novos sequenciamentos genéticos de
amostras positivas para a Covid-19 apontaram que a variante P.1 do novo coronavírus
é a linhagem que predomina
atualmente em Pernambuco.
As análises, feitas pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/
Fiocruz PE) e pelo Laboratório de Imunopatologia Keizo
Asami (LIKA/UFPE), a pedido da Secretaria Estadual de
Saúde (SES-PE), indicaram,
ainda, que não há circulação,
no momento, da cepa B.1.617,
relatada inicialmente na Índia. Ontem (04/06), uma nova rodada de sequenciamento,
com casos exclusivamente do
Agreste, seguirá para que seja possível continuar analisando o perfil epidemiológico da
doença na região, que vive forte aceleração da pandemia. Os
resultados devem sair nos próximos dias.
Ao todo, dos levantamentos divulgados ontem, 233
amostras foram analisadas –
sendo 141 testes de pacientes
diagnosticados entre janeiro e
abril deste ano, sequenciadas
pela Fiocruz PE, e 92 amostras
biológicas de pessoas confirmadas para a doença em maio,
analisados pelo LIKA. Do total de exames encaminhados,
37 foram de pessoas residentes em municípios localizados
no Agreste do Estado.
“Nós sabemos da importância da Vigilância Genômica da Covid-19 para frear o
avanço do vírus e traçar um
panorama epidemiológico da
doença no Estado. O sequenciamento dessas amostras é
essencial para entendermos
como está a circulação das diversas cepas do novo coronavírus em Pernambuco, principalmente no Agreste, que vive
um momento delicado. Dessa
forma, conseguiremos pensar
em novas estratégias de combate à pandemia. É importante ressaltar, no entanto, que a
vigilância em relação às variantes deve ser reforçada
principalmente pelo governo
federal, responsável pela fiscalização de portos e aeroportos, principais portas de entrada das variantes”, ressalta o
secretário estadual de Saúde,
André Longo.
Das amostras sequenciadas no LIKA, todas referentes a pacientes que colheram
o material para detecção da
doença ainda no último mês
de maio, 46,3% eram da variante P.1, seguida de 23,2%
da variante B.1 e de 20,7%
da variante P1.1. A variante B1.1.28 representou 3,7%
das amostras, enquanto a variante B1.1 correspondeu a
2,4%. As variantes P2, B1.2,
e B1.566 corresponderam a
1,2% cada.
“A variante P.1, relatada primeiramente no estado do Amazonas, é uma cepa de grande preocupação. A
predominância dessa variante
no sequenciamento das amostras de pacientes que vivem
no Agreste pernambucano pode apontar para uma das causas da aceleração da doença
na região nas últimas semanas, associada ao comportamento da população. Os estudos mostram que precisamos
ficar atentos e continuar com
a vigilância ativa nos próximos dias”, pontua Longo.
Já no Instituto Aggeu
Magalhães, nas amostras referentes ao mês de janeiro,
76% foram classificadas como P.2 e 5% como P.1. Dos
exames de fevereiro, 58%
foram classificados como
P.1 e 40% como P.2. Nas
análises de março, 87% foram identificadas como P.1
e 11% delas como a variante
P.2. Já nas análises referentes ao mês de abril, todas foram classificadas como P.1.
M( #)(*'+% )( - A Secretaria Estadual de Saúde
tem monitorado permanentemente, através de parce-
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processadas pela
Fiocruz e UFPE
indicam que não
há circulação,
até o momento,
da cepa B.1.617,
popularmente
conhecida como
Cepa Indiana
rias com instituições científicas, como o Instituto
Aggeu Magalhães e o Lika,
a circulação do vírus em
Pernambuco. Em abril passado, após sequenciamento genético, cinco amostras
biológicas de pernambucanos confirmados para a Co-
vid-19 já haviam apresentado a variante P.1 da doença.
O trabalho periódico de análise de amostras biológicas
de pacientes positivos para a Covid-19 é realizado
por amostragem de diversas regiões e municípios do
Estado.
O Governo de Pernambuco também solicitou apoio
do Ministério da Saúde para
ampliação na vigilância genômica, com agilização de
sequenciamento genético de
amostras da região. O Estado aguarda posicionamento
do órgão federal.
Suape começa reflorestamento de
mais 61 hectares da Mata Atlântica
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Suape realiza
projetos de
restauração
florestal que
somam mil
hectares de áreas
em processo de
recuperação de
Mata Atlântica
Para assinalar o Dia Internacional do Meio Ambiente, comemorado hoje, o Complexo Portuário de Suape deu início a mais
uma importante etapa do plano de reflorestamento da Zona de
Preservação Ecológica (ZPEC), beneficiando uma área de 61
hectares, equivalente a 61 campos de futebol. Nessa etapa, está previsto o plantio de 71 mil mudas nativas da Mata Atlânti-
ca. Ontem foi anunciada a conclusão, ao longo deste mês, da restauração de outros 200 hectares da ZPEC, onde foram plantadas
mais de 300 mil mudas.
A área beneficiada, cujo plantio começou ainda ontem, está
localizada no Engenho Algodoais, no Cabo de Santo Agostinho,
no Grande Recife. As mudas utilizadas nos projetos de restauração são cultivadas no Viveiro Florestal de Suape, que tem estrutura e capacidade para produzir cerca de 450 mil mudas por ano
de 78 espécies nativas do bioma. Após a finalização do plantio,
iniciam-se as atividades de manutenção para garantir o desenvolvimento das mudas até atingirem o status de floresta. Só então são consideradas ecologicamente recuperadas.
Desde 2010, Suape realiza projetos de restauração florestal
na ZPEC, somando mil hectares de áreas em processo de recuperação da Mata Atlântica. No bioma, incluem-se mangue, restinga e floresta ombrófila densa. A partir de 2011, a empresa tornou-se signatária do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica
(PRMA). A meta do PRMA é restaurar 15 milhões de hectares
até 2050 em todo o País. Após 10 anos como signatária do pacto, Suape chega à marca de 2 milhões de mudas nativas plantadas na Zona de Preservação Ecológica.
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