TJSP 13/07/2022 - Pág. 2 - Caderno 1 - Administrativo - Tribunal de Justiça de São Paulo
Disponibilização: quarta-feira, 13 de julho de 2022
Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Administrativo
São Paulo, Ano XV - Edição 3546
Em seguida, o presidente do Tribunal de Justiça de São 32, com a preservação de itens da época, cursos sobre
Paulo, desembargador Ricardo Mair Anafe, falou sobre os acontecimentos e estudos historiográficos.
a história e o legado da Revolução. O magistrado
Também prestigiaram a
destacou que “o movimento armado do estado de
São Paulo se rendeu, encenação integrantes do
São Paulo esteve unido em uma missão exclusivamas não se submeteu Conselho Superior da Mamente de aspecto
gistratura (CSM): desembarconstitucional”. Ele expli- gadores Guilherme Gonçalves Strenger (vice-presidente
cou que entre os fatores do TJSP), Fernando Antonio Torres Garcia (corregedorque levaram à rebelião geral da Justiça), Artur César Beretta da Silveira (preestavam “a nomeação sidente da Seção de Direito Privado), Wanderley José
de interventores, a su- Federighi (presidente da Seção de Direito Público) e
pressão da Constituição Francisco José Galvão Bruno (presidente da Seção de
e a centralização abso- Direito Criminal); o coordenador do Museu do Tribuluta do governo”. “A re- nal de Justiça de São Paulo, desembargador Octavio
volução deixa inúmeros Augusto Machado de Barros Filho; o diretor de Educalegados positivos ao ção e Cultura interino da PMSP, coronel PM Miguel Elias
Brasil, ao povo brasileiro”, afirmou. “Foi a luta dos paulis- Daffara, representando o comandante-geral; os coronéis
tas que trouxe a Constituição de 34”, exemplificou.
PM Sidney Mendes de Souza (chefe da Assessoria PoliA narração das cenas foi realizada pelo capitão PM cial Militar do TJSP); João Luis Minghetti Costa (comanFernando Antonio de Moura, da Diretoria de Educação e dante da Escola Superior de Soldados); Sandro Roberto
Cultura da Escola de Soldados. Revoltada com o gover- Rondini (subcomandante do Comando de Policiamento
no de Getúlio Vargas, manifestação no centro da cidade de Área 1), Luiz Eduardo Pesce de Arruda (assessor da
de São Paulo exigiu democracia, eleições e uma nova Fundação de Desenvolvimento da Educação); Cláudia
Constituição. Durante o protesto, 15 jovens foram feridos, Barbosa Rigon Pereira (secretária executiva da Pró-PM)
sendo quatro de forma fatal (Martins, Miragaia, Dráusio e e Mário Fonseca Ventura; o presidente da Sociedade VeCamargo) e um seriamente ferido, que faleceu em agos- teranos de 32 – MMDC, Carlos Romagnoli; o presidente
to daquele ano (Alvarenga). Daí vem a sigla MMDC, sím- da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de
bolo do Movimento de 32. A encenação deu vida a estes São Paulo, desembargador Artur Marques da Silva Filho;
a defensora pública Luciana Jordão da Motta Armiliato
fatos. Em 9 de julho São Paulo pegou em armas.
No total, foram 85 dias de conflito (de 9 de julho a 2 de Carvalho, representando o defensor público-geral.
de outubro de 1932), com um saldo oficial de 934 mortos,
embora estimativas não oficiais reportem até 2,2 mil vítimas. O presidente Ricardo Anafe explicou que os combates “só se interromperam porque acabaram as munições
e os mantimentos”. “São Paulo se rendeu, mas não se
submeteu”, declarou.
O Tribunal de Justiça de São Paulo fez parte desta
história. Magistrados e servidores lutaram nas trincheiras. Atualmente, por meio de seu Museu e da Escola Paulista da Magistratura, o TJSP mantém viva a memória de
TJSP na Mídia
O jornal O Estado de S. Paulo publicou reportagem especial sobre os 90 anos da Revolução de 32. A matéria
contou com fotos da encenação realizada no Palácio
da Justiça e um dos entrevistados foi o desembargador
Octavio Augusto Machado de Barros Filho, coordenador
do Museu do TJSP. O magistrado lembrou os leitores do
discurso proferido pelo
ministro Manoel da Costa Manso, então presidente do
TJSP, em 31 de agosto de 1932, quando afirmou que São
Paulo não pegou em armas para se separar do Brasil,
mas unicamente para apressar a volta do País ao regime
constitucional. “Essa é a lição que não deve ser esquecida, depois de transcorridos 90 anos da Revolução Constitucionalista de 32”, afirmou o magistrado.
tituc
Já na matéria intitulada “Dupla garimpa relíquias nas
trincheiras da Revolução de 32”, que trata da busca por
trinc
artefatos históricos ligados à Revolução e sua guarda em
arte
diferentes
museus na Capital e no Interior do Estado, o
dife
Es
Estadão fala do Museu do TJSP. “Mantém importante
acervo
acerca dos fatos históricos de antes, durante e
ac
depois
da Revolução de 32, dispostos inclusive em forde
mato virtual. No Espaço Cultural Poeta Paulo Bomfim,
m
q fica no segundo andar do Palácio da Justiça, há
que
uma exposição permanente de objetos, fotos e documentos sobre o conflito. Outra parte do acervo está
exposta no Palacete Conde de Sarzedas, sede do
museu. As exposições virtuais podem ser acessadas
via internet, no site do museu”.
Acesse a mostra virtual.
Comunicação Social TJSP – GA (texto) / KS e PS (Fotos) / MK (layout)
Comentários, críticas e sugestões de pauta para reportagens no DJE, entre em contato com a Diretoria de Comunicação Social do TJSP ([email protected])
Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º
2