TRF3 12/08/2014 - Pág. 229 - Publicações Judiciais I - Interior SP e MS - Tribunal Regional Federal 3ª Região
03/03/2010, então se o senhor olhar a data ele nasceu de 36 semanas, eu tive que tirar ele um pouquinho antes, o
senhor vai ver que eu tava grávida mas não sabia, aí foi até por isso que nós voltamos a morar juntos na época,
que eu estava grávida e não sabia na época, quando nós constituímos a Santa Rita nós não tínhamos sido auditados
ainda, a auditoria foi em dezembro, nós compramos a Santa Rita em agosto.Voz 1: De 2009?Voz 2: De 2009. A
gente nunca teve o intuito de lesar ninguém, entendeu? Agora o que nós ficamos muito chateados é que já teve
declarações em jornal citando o nome da farmácia como acusada, e a gente tá sofrendo um processo jurídico,
agora publicar o nome, o endereço da farmácia eu não acho isso legal que foi feito conosco, que a gente tá tendo
um prazo pra se manifestar, pra se defender e já tão condenando a gente, já saiu em público isso aí.Voz 1: Eu
posso adiantar pra senhora que por parte da Justiça Federal não saiu nada.Voz 2: Então mas eu tenho, eu deveria
ter trazido até o jornal que foi publicado eu copiei isso daí, eu não acho isso certo, porque denegriu o nome da
farmácia.Voz 1: Nós não somos fonte de nenhuma mídia.Voz 2: Então, mas foi declarado isso daí.Voz 1: Não foi
por parte da Justiça Federal.Voz 2: Com certeza, a gente tem consciência disso.Voz 1: A segunda pergunta
obrigatória.Voz 2: Claro.Voz 1: A senhora disse não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular
a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime e quais sejam, e se
com ela esteve antes de praticar a infração ou depois dela.Voz 2: Não teve prática, não teve pratica, o que
aconteceu: Quando fomos auditados na Drogaria Palmital na época não se retinha a receita, no entanto, quando
quiseram fazer a auditoria in loco eles pediam os cupons e os vinculados, só. Quando teve na Santa Rita, foi
depois de um ano, foi mais de um ano essa auditoria, a gente já nem quis ir atrás de receita, de botar em ordem, de
levar isso adiante pelo desgaste que a gente já tinha tido na Palmital, se não a gente tinha conseguido se defender
de muita coisa na época, só que a gente já tava tão desgostoso por vir adquirindo dívida, hoje tem dívida no meu
nome de INSS, de impostos, entendeu? Então a gente não queria adquirir mais dívida, rolando isso daí ainda, a
gente não teve vontade nenhuma de ir atrás dessas coisas na época, por que até a gente não achava que poderia
chegar a esse nível da coisa também, que até então todo mundo entregava, todo mundo não cobrava, era feito de
modo errado geral.Voz 1: Item 3 aqui é impertinente, o item 4: A senhora conhece as provas que foram carreadas
aos autos, as provas até então apuradas, contra a senhora e seu marido?Voz 2: Então, foi o que o senhor leu agora
não foi? Que fala que existe duas...Voz 1: Sim.Voz 2: Eu acho assim ó, quando a pessoa do DENASUS, do SUS,
chega e bate no seu portão, são pessoas de classe média baixa, super baixa, então quando você vai pra uma
pesquisa disso daí a pessoa já se intimida, e talvez que possa ocorrer duas assinaturas, quando a gente pede pra
pessoa assinar ela vai lá e põe uma rubrica, aí não, tem que ser por extenso, aí a pessoa sempre questiona pra
gente: porque que eu tenho que assinar uma coisa sendo que eu não tenho que pagar? O senhor entendeu as falhas
que a gente tinha do programa na época? Hoje não, porque hoje até o meu sistema eu tinha que cadastrar a pessoa
se não, não imprimia o cupom fiscal, é uma nota fiscal paulista que sai pelo CPF da pessoa, não tem como eu
omitir isso daí, não tem como eu faturar isso aí no nome do senhor e o senhor não tem acesso, então eu acho
assim: Hoje os programas já são diferenciados, hoje a pessoa vai em qualquer farmácia já tem o programa do SUS
que já bate, já cai o nome da pessoa, na época não, a gente tinha que cadastrar a pessoa, colocar endereço, a gente
tinha uma carteira de clientes dentro do banco de dados da gente. Agora ele fala assim, receitas vencidas, a
princípio eram seis meses a validade, hoje é quatro, a princípio não se retinha a receita, aí hoje, geralmente, os
médicos já dão o receituário sem a data, por quê? Porque a pessoa é uso contínuo e nem sempre no posto de saúde
vai ter a vaga pra ele ir na data pra ele pegar essa receita, muitas vezes nós colocamos a data pra poder xerocar a
receita, o senhor entendeu?Voz 1: Entendi.Voz 2: Então é por isso que eu não concordo com muita coisa aí, tanto
é que as testemunhas que foram ouvidos não tem nada que desabone a gente, todo mundo recebeu, eu acho assim
na época ficou até chato porque a gente fez uma propaganda, eu fiz uma propaganda de ir em casa em casa
oferecer o programa e trazer o cliente pra dentro da farmácia, aí a gente é bloqueado no sistema, a pessoa chega lá
e a gente não pode mais entregar até essa auditoria que levou mais de um ano pra ser feita, a gente perde a
credibilidade com a pessoa, então tem muita falha.Voz 1: O item 5 aqui, se você conhece as vítimas e testemunha
já inquiridas ou por inquirir e, desde quando, e se tem algo contra a elas a alegar.Voz 2: Quem são as vítimas?
Tem o nome de uma vítima?Voz 1: Não. A única testemunha que eu tenho aqui é a dona Adriana...Voz 2: Então, a
gente pagou a compra da farmácia, pode ter havido um erro como esse da comunicação entendeu? Que teria que
ter constatado o Giuliano como responsável técnico. O meu quando a gente fez o contrato já constava, então pode
ter havido esse erro sim como consta, mas que vítima? A gente comprou, a gente apresentou nota de compra, a
gente pagou, a gente não ficou devendo pra fornecedor nenhum, a gente fechou, fechou não, a farmácia está, não
fechada, está inativa, tá na casa da minha mãe, a gente quer pagar essa a dívida, se a gente não tivesse caráter a
gente já tinha fechado isso daí, deixa meu nome sujo lá em cinco anos caduca, não é assim que o pessoal pensa? A
gente não fez nada disso, então eu acho que não tem vítima nessa história, a gente não lesou ninguém, a gente não
recebeu o que não devia, a gente não pegou dinheiro de ninguém, a gente entregou o medicamento, então cadê a
lesão? O que a gente errou? Errou que a gente não podia entregar na casa da pessoa? Fomos descredenciados
já.Voz 1: Tem mais dois ítens que são impertinentes e o último aqui se a senhora tem mais algo pra alegar em sua
defesa.Voz 2: Não, a nossa consciência tá totalmente tranqüila, tanto é que a gente não quer adiar os processos
nem nada, a gente quer vir e quer responder e que deve ser cumprido o que deve ser cumprido, agora sair
difamado a nossa farmácia não é legal, porque é o nosso ganha pão, nós temos três filhos, a gente paga escola,
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 3ª REGIÃO
Data de Divulgação: 12/08/2014
229/1069