DOEPE 10/03/2015 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2
Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
Recife, 10 de março de 2015
Jovens e casadas: maiores vítimas
da violência contra mulher em PE
Jovens e casadas. Esse
é o perfil da maioria
das mulheres vítimas
de violência em
Pernambuco, de acordo
com os dados do Sistema
de Informação sobre
Agravos de Notificação
b-Sinam, que reúne os
registros de atendimento
à mulher em hospitais
públicos e privados.
S
ó em 2014, as unidades de saúde do
Estado notificaram 4.324 casos de
violência contra a mulher, com faixa
etária entre 20 e 59 anos. De acordo com o
Sinam, as agressões físicas são as principais
formas de violência, somando 3.235 casos
registrados. Além disso, foram notificados
1.337 casos de violência psicológica, 328
de abuso sexual e 70 de tortura.
As mulheres mais jovens, com idade entre
20 e 29 anos, são as principais vítimas das
agressões. Do total de mulheres atendidas
nas unidades de saúde pernambucanas, no
ano passado, 1.885 (43%) encontravam-se
nessa faixa etária. Logo em seguida, aparecem as agressões contra mulheres com idade
F OTO : B ANCO
DE I MAGENS /SEI
A REDE pública de saúde do Estado mantém serviços especializados no atendimento a mulheres vítimas de casos de violência
entre 30 e 39, com 1.472 (34%) notificações.
Os dados apontam ainda que o maior
perigo está dentro de casa. Em 53% (2.318)
dos casos, as agressões ocorreram dentro da
própria residência da vítima e o cônjuge foi
o responsável pela violência em 942 casos.
Além disso, outros 469 casos foram relatados tendo o ex-cônjuge como agressor.
Referência estadual no atendimento às
mulheres vítimas de violência, o Serviço de
Apoio à Mulher Wilma Lessa, localizado no
Hospital Agamenon Magalhães, funciona 24
horas por dia, e conta com uma equipe multiprofissional, formada por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, todos a postos para auxiliar o público feminino
em caso de violência sexual, física ou moral.
No momento em que a mulher chega, ela
é recebida por uma assistente social, responsável pelo acolhimento. Depois, é encaminhada ao médico e enfermeira e ainda à psicóloga de plantão. Na consulta, verificam-se
os protocolos necessários a cada caso. Quando o atendimento é relacionado à agressão
sexual, por exemplo, o protocolo inclui o uso
de contraceptivo de emergência, do coquetel
para DST/HIV, exames subsequentes e, se
necessário, o aborto previsto em lei. Todas as
medidas são rigorosamente analisadas pelos
médicos e equipe de plantão.
Já no interior do Estado, todos os hospitais regionais contam com equipes prepara-
das para realizar o primeiro atendimento à
paciente e notificar a agressão. Essas equipes atuam em contato com os Centros de
Referência Especializados de Assistência
Sociais - Creas e Centro de Referência de
Assistência Social - Cras municipais, para
onde as vítimas são encaminhadas após o
primeiro atendimento.
DADOS - No ano de 2013, as unidades de
saúde da rede estadual notificaram 4.523
casos de violência contra mulher, sendo
3.422 (física), 1.682 (psicológica), 74
(tortura ) e 351 (sexual). Em relação à faixa
etária das vítimas, 2.422 tinham entre 20 e
29 anos e 1.845 entre 30 e 39 anos.
PESCADORES DE ITAPISSUMA LIVRES DE ATRAVESSADORES
F OTO : D IVULGAÇÃO /IPA
Os pescadores artesanais de Itapissuma, na Região
Metropolitana do Recife, estão entre os primeiros do
País a vender seus produtos ao Programa de Aquisição
de Alimentos - PAA. A experiência foi compartilhada
durante a Assembleia Nacional dos Pescadores, realizada no Centro de Formação Recanto dos Pescadores,
em Olinda.
Durante o encontro, houve uma apresentação da extensionista do Escritório do Instituto Agronômico de
Pernambuco - IPA do município, Ângela Senna.
“Atendemos às exigências dos órgãos de fiscalização
e de vigilância e ainda tentamos reverter a cultura de
venda a atravessadores”, ressaltou a representante do
instituto, que mantém um escritório em Itapissuma
desde 2010.
Estima-se na região de Itapissuma, que o número de
pescadores - homens e mulheres - totalize cerca de 4,2
mil pessoas. No entanto, apenas 35% dos pescadores
e 33% das pescadeiras são cadastrados no Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA. De acordo
com o levantamento, 70% da população do município
está envolvida direta ou indiretamente com a
produção, beneficiamento e o comércio do pescado.
EM ENCONTRO realizado em Olinda, a boa notícia: pescadores e pescadeiras passam a vender produção ao PAA