DOEPE 09/03/2016 - Pág. 1 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Diário Oficial
Estado de Pernambuco
Poder Executivo
Ano XCIII • N0 44
Recife, quarta-feira, 9 de março de 2016
ESPÍRITO REVOLUCIONÁRIO
Pernambuco celebra Data Magna
Os preparativos para os 200 anos do movimento separatista, que prenunciou
a Independência do Brasil será lembrado com atividades culturais e educativas.
F OTO : WAGNER R AMOS /SEI
governador Paulo
Câmara comandou,
segunda-feira, 7, no
Palácio do Campo das Princesas, solenidade em comemoração à Data Magna de
Pernambuco, ocasião que
enaltece a Revolução de
1817. A celebração foi instituída em dezembro de 2007,
pela Assembleia Legislativa
de Pernambuco - Alepe,
através da Lei n0 13.386,
para destacar, em 6 de
março, o movimento que
prenunciou a Independência
do Brasil. Além de recuperar recortes da história
revolucionária dos brasileiros, o ato promove o resgate do espírito combativo
do povo pernambucano.
Após o hasteamento das
bandeiras do Brasil, de Pernambuco e da Insígnia do
Governador, o gestor se reuniu com a Comissão Organizadora do Bicentenário de
1817, onde foram apresentadas propostas para as
festividades dos 200 anos
do levante estadual, que
ocorrerão em 2017.
“No ano passado, constituímos uma comissão para
conduzir os trabalhos dessa
celebração. E a partir de hoje
começamos efetivamente os
preparativos para a comemoração. Falta um ano para a
data e a gente quer fazer uma
série de eventos que lembrem o esforço que foi feito
por um Brasil independente,
mais igual e que alcance a
todos”, explicou Paulo,
frisando ainda: “Pernambuco iniciou essa jornada, e
temos que comemorar.
Muitas pessoas lutaram por
um Estado mais justo e por
um Brasil menos desigual”.
Na reunião com o colegiado, instituído pelo De-
O
NA OCASIÃO o governador Paulo Câmara recebeu propostas da Comissão Organizadora do Bicentenário de 1817
creto 41.531/2015, o governador recebeu um documento contendo sugestões
para o evento. Entre as
proposições apresentadas
estão a valorização da insurreição no conteúdo programático da disciplina de
História da rede pública
estadual, realização de concurso de redação para o
Ensino Médio e produção
acadêmica para nível superior. Além disso, foi sugerida a criação de um roteiro
educativo, com visitas guiadas para estudantes, a publicação de textos extraídos
de acervos locais, a realização de exposições, a criação da Sinfonia do Bicentenário e a organização de
um seminário nacional em
parceria com a Universidade
de Pernambuco - UPE e a
Universidade Federal de
Pernambuco - UFPE.
Além das atividades cul-
turais e educativas, o grupo
propôs a recuperação de
edifícios históricos, a exemplo da sede do Arquivo
Público Estadual, onde
foram presos os líderes da
revolta. Além do órgão,
outros monumentos ganharão novas placas de identificação. O presidente da comissão, o secretário da Casa
Civil, Antônio Figueira, destacou a relevância do levante
realizado em 1817, pontuando que o movimento teve um
caráter diferente de outros
episódios separatistas para a
Independência do Brasil, em
1822. “Os historiadores são
unânimes em afirmar: se o
Brasil teve uma revolução,
foi a de 1817, onde Pernambuco, de forma pioneira, deu
o seu grito de independência
e implantou a sua república”,
sublinhou o gestor.
A comissão é formada por
Marcelo Canuto, secretário
executivo da Casa Civil; José
Luiz da Mota Menezes e
Margarida de Oliveira Cantarelli, do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco - AHGP;
os deputados estaduais Ricardo Costa e Tony Gel; José
Barros e Lúcio Rodrigues,
representantes do Ministério
da Cultura; Maria Quintas e
Nilzardo Carneiro Leão, da
Academia Pernambucana de
Letras; Frederico Farias Neves e Marco Vinícius, do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Iphan; Lêda Alves e Betânia
Corrêa, da Prefeitura do
Recife; Lucilo Dourado e
Clarice de Melo, da Prefeitura de Olinda; e Maria
Cristina Albuquerque e
Paulo Santos, do Comitê
Pernambuco 2017.
A solenidade contou com
as presenças do presidente do
Tribunal de Justiça de Per-
nambuco - TJPE, o desembargador Leopoldo Raposo;
do presidente da Alepe, o
deputado estadual Guilherme
Uchoa; dos secretários Pedro
Eurico (Justiça e Diretos
Humanos), Frederico Amâncio (Educação), César Caúla
(Procuradoria), Alessandro
Carvalho (Defesa Social),
Ennio Benning (Imprensa), e
Silvia Cordeiro (Mulher); do
Defensor Público, Manoel
Jerônimo; e da presidente da
Junta Comercial de Pernambuco - Jucepe, Terezinha Nunes, autora da lei que instituiu a Data Magna. Participaram ainda o comandante da Polícia Militar de
Pernambuco - PMPE, coronel Carlos D´Albuquerque; o
chefe da Polícia Civil, o
delegado especial Antônio de
Barros; o comandante dos
Bombeiros, Manoel Cunha; e
o chefe da Casa Militar, o
coronel Eduardo Pereira.
Revolução
de 1817
teve ideais
libertários
Liderada por Domingos
José Martins, com o apoio de
Antônio Carlos de Andrade e
Silva e do Frei Caneca, a
Revolução Pernambucana de
1817 foi um levante de
caráter emancipacionista,
com o objetivo principal de
promover a libertação brasileira da opressão da Corte
Portuguesa. Os revolucionários planejavam implantar um regime republicano
no Brasil e elaboração de
uma Constituição. Inspirados pelas ideias iluministas, instalaram um
governo provisório.
Dois meses após seu
estopim, o movimento foi
sufocado pelas tropas portuguesas, que cercaram a cidade do Recife por terra e
mar, culminando com as
prisões e as mortes de seus
líderes. Mesmo derrotada, a
revolução perpetuou ideias e
colaborou com a Independência do Brasil, proclamada
apenas cinco anos depois do
levante pernambucano. Em
1917, no centenário da Data
Magna, foi feriado nacional.
“Essa é uma data muito
importante para a população,
pois nós estamos dando
continuidade aos preparativos para os 200 anos da
revolução de 1817. Nós temos que manter viva essa
data, que marcou Pernambuco como um Estado de
ideias libertárias, e um
Estado em favor do Brasil”,
afirmou o governador Paulo
Câmara. “Nós temos que
preservar e divulgar a nossa
história para as próximas
gerações”, completou.
CERTIFICADO DIGITALMENTE
08/03/2016
22:45:12
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