DOEPE 04/02/2017 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2 – Ano XCIV • N0 25
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Recife, 4 de fevereiro de 2017
Comitê de convivência com a
estiagem debate ações em PE
F OTO : E DILSON J ÚNIOR /SARA
Representantes do poder público e da sociedade civil
organizada debateram políticas públicas e ações
conjuntas para minimizar os efeitos da crise hídrica
que chega ao sexto ano consecutivo no Estado.
Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (SARA) realizou, quinta-feira (2), reunião do Comitê Integrado de Convivência
com a Estiagem, com objetivo de discutir a construção de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento rural diante da atual conjuntura da crise
hídrica no Estado. Na ocasião, o presidente da
APAC, Marcelo Asfora, apresentou o panorama
climático e o secretário de Agricultura e Reforma
Agrária, Nilton Mota, fez um balanço das principais ações de infraestrutura hídrica realizadas pelo
Governo de Pernambuco, que totalizam investimentos da ordem de R$ 700 milhões. Participaram
da reunião diversos órgãos estaduais e da sociedade civil organizada, que integram o comitê, e também de entidades convidadas.
Pernambuco tem hoje 126 municípios em situação de emergência, sendo 56 no Sertão e 70 no
Agreste. “Em tempos de desafios, buscamos a
união de forças, por meio de parcerias com as esferas municipal e federal, e do debate com demais
órgãos públicos, sociedade civil organizada, entidades de classe e movimentos sindicais e sociais”,
destacou o secretário Nilton Mota. Ele acrescenta
que, além das grandes intervenções, a Secretaria
de Agricultura, em parceria com o Governo
Federal, materializou um conjunto de ações que
A
contribuíram para fixar as pessoas em seu lugar de
origem e melhorar a qualidade de vida no campo
apesar da escassez de chuva.
O Governo de Pernambuco atua de forma integrada envolvendo, com ações transversais, diversas secretarias e suas empresas vinculadas. Entre
elas, a APAC que mantém a Sala de Situação funcionando como um centro de gestão de situações
críticas e realiza o monitoramento com resultados
divulgados por meio do Mapa do Monitor de
Secas. Também executa grandes obras estruturadoras para levar água da Zona da Mata para o
Agreste. Além de obras hídricas em comunidades
rurais que receberam 62 barragens (R$ 6,2 milhões), beneficiando mais de 9,3 mil pessoas do
Agreste e Sertão; 125 sistemas de abastecimento
(R$ 48 milhões), levando água para as residências
de 45 mil pessoas; 1,4 mil poços em parceria com
as prefeituras; 24.826 cisternas de consumo humano e de caráter produtivo (R$ 116 milhões), atendendo mais de 120 mil pessoas.
Durante a reunião desta quinta-feira, no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), foram elencadas algumas prioridades, tais como: socializar as
informações sobre o monitoramento das condições
climáticas e hidrológicas; estimular a participação
de órgãos como Conab, Incra e Secretaria Nacional
REUNIÃO: foram discutidas a construção de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento rural
de Agricultura Familiar (SEAD); buscar informações sobre os recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza para ações relacionadas à estiagem
e a intenção de realizar reuniões mensais.
Composição do comitê: Secretarias de Planejamento e Gestão; de Desenvolvimento Econômico; Desenvolvimento Social, Criança e Juventude; Sec. Executiva de Recursos Hídricos; Educação; Saúde; Defesa Social; Casa Militar/Coordenadoria da Defesa Civil de Pernambuco
(Codecipe); Casa Civil; Ciência, Tecnologia e
Inovação; Micro e Pequena Empresa, Trabalho e
Qualificação; e a da Mulher; além da Procurado-
ria Geral do Estado; Compesa; Agência Estadual
de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco
(Condepe/Fidem); Secretaria Executiva de
Agricultura Familiar; o Instituto Agronômico de
Pernambuco (IPA) e o ProRural. Pela sociedade
civil, participam a Federação da Agricultura do
Estado de Pernambuco; Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado de Pernambuco
(Fetape); a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe); o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável; o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional; e a
Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA).
INVESTIMENTOS NO SETOR TURÍSTICO REFLETEM NO CRESCIMENTO
DA MOVIMENTAÇÃO DE PASSAGEIROS DO ESTADO
Na contramão do índice geral do Brasil, Pernambuco se
destacou na movimentação de
passageiros, em 2016. Segundo a Organização Nacional de
Aviação Civil (OIAC), enquanto o País apresentou uma
diminuição de - 7% em relação
a 2015, Pernambuco cresceu
cerca de 2%, em comparação
com o mesmo período. Quando comparado a outros Estados
do Nordeste, os números pernambucanos continuam maiores. Bahia e Ceará sofreram
quedas significativas na movimentação de passageiros. Os
baianos caíram 18% e os cearenses, 10%. Pernambuco
acompanha o ritmo de crescimento da América Latina e do
Mundo, que apresentaram aumento de cerca de 6%, em 2016.
Esses números impactam
diretamente no aumento do
número de passageiros que
chegaram ao Estado nos últimos 12 meses. Enquanto em
2015 foram recebidos 5,4 mi-
lhões de visitantes, em 2016
este número ultrapassou a barreira dos 5,6 milhões. Um aumento de 3,11%. O Estado
também recebeu mais turistas
estrangeiros nos primeiros
meses deste ano. Foram 154.
450 turistas contra 140.342, em
2015. Isto representa um aumento de 10%. “Pernambuco
cresce na movimentação de
passageiros, na contramão do
País e dos outros Estados do
Nordeste porque o Governo do
Estado vem sabendo explorar
nossas potencialidades. Pernambuco tem uma localização
privilegiada e conta com atrações turísticas únicas e sabemos fazer as parcerias certas
com o setor privado. Tudo isso
ajuda naquela que é nossa principal meta: criar empregos qualificados e gerar renda para os
nossos profissionais”, afirmou
o governador Paulo Câmara.
Muito deste crescimento se
deve ao aumento no número
de voos e destinos conquista-
dos nos últimos semestres. Em
2016, Pernambuco ganhou
cinco novos voos internacionais, sendo dois operados pela
GOL, Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai; um para Milão, na Itália,
pela Meridiana; outro para
Miami, nos Estados Unidos,
pela Latam; e o mais recente,
para Orlando, também nos
Estados Unidos, operado pela
Azul. Em 2015, foram conquistadas frequências para Cabo
Verde (TACV) e Buenos Aires
(TAM). Antes, existiam viagens diretas para Lisboa (TAP),
Cidade do Panamá (Copa Airlines) e Frankfurt (Condor).
Em 2016, Pernambuco ganhou também um reforço no
número de voos nacionais com
o hub da Azul. Atualmente, o
Estado lidera a região no número de destinos, com 36 voos diretos. Ceará tem 23, Bahia, 25 e
Natal, 12. “Esta conectividade
aérea contribui diretamente para o crescimento no número de
turistas e no interesse das aéreas em trazer novos voos para
o Recife. Isso porque nos tornamos o centro de conexões do
Nordeste, o que facilita futuras
conexões em um período de
tempo menor. É bom lembrar
ainda do impacto econômico,
que tem contribuído de forma
considerável com a geração de
empregos, desenvolvimento da
atividade e até mesmo com o
PIB Estadual”, afirmou o secretário de Turismo, Esportes e Lazer do Estado, Felipe Carreras.
De modo geral, a atividade
turística de Pernambuco vem
apresentando um bom desempenho diante de um cenário
nacional de retração para o setor. De acordo com a Pesquisa
Mensal de Serviços (PMS),
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o Estado de Pernambuco foi o único a apresentar
um crescimento no Índice Sazonal de Volume das Atividades Turísticas (IATUR), quan-
do comparado a outros Estados
e ao próprio País, no período
de janeiro a outubro, entre os
anos de 2015 e 2016. O crescimento foi de 2,6%. A média
de 1,3% da variação mensal do
indicador para o ano de 2016
aponta para a capacidade do
Estado em manter e crescer
suas atividades turísticas nos
próximos anos.
Os investimentos no turismo de Pernambuco têm ajudado o Estado a superar a grave
situação financeira do País
com o incremento de visitantes. Os turistas, de modo geral,
estão deixando uma maior receita no Estado, na medida em
que seu gasto médio individual
cresceu 0,75% em relação ao
ano passado, no intervalo entre
janeiro e novembro, impactando em uma receita 7,43%
maior, em 2016. Foram R$ 6,9
bilhões de movimentação financeira em 2015. Em 2016, o
número passou para aproximadamente R$ 7,9 bilhões.
RECIFE - A capital pernambucana também tem trabalhado para atrair mais turistas. O
prefeito Geraldo Julio está ligado diretamente a todo o planejamento turístico de Pernambuco, haja vista o Aeroporto Internacional do Recife
ser na cidade. O número de turistas que desembarcaram em
solo recifense cresceu 2,8%
em 2016, em relação a 2015. O
número de hóspedes nos hotéis
aumentou em 0,21%.
“Estamos estruturando o
Recife como um destino cada
vez mais atraente para o turista, seja ele de fora do País ou
de uma cidade vizinha. Temos
sol e mar, cultura, muito lazer
a céu aberto, paisagens e um
rico patrimônio histórico, além
de uma robusta rede hoteleira
e de serviços. Também somos
especialistas em festa. Temos
muito a oferecer em nossas ensolaradas paisagens”, afirma o
prefeito Geraldo Julio.