DOEPE 12/08/2017 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2 – Ano XCIV • N0 152
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Recife, 12 de agosto de 2017
Debate sobre projeto de conectividade
para Fernando de Noronha
F OTO : N EY A NDERSON
Entre os temas, a importância da conectividade e
do ganho no acesso de energia elétrica para
Noronha por meio de fibras óticas.
o início de agosto, foi realizado no
Recife, o I Workshop sobre o
Projeto de Integração de Fernando
de Noronha, que pretende levar energia e
internet banda larga do continente até a ilha,
através de um cabo submarino híbrido. O
projeto está sendo elaborado em conjunto
pelos Ministérios da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações; de Minas e
Energia; da Defesa, da Educação, além da
Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP),
com o apoio da Companhia Hidroelétrica
do São Francisco (Chesf) e do Governo de
Pernambuco. O seminário apresentou
informações sobre o tema, mostrando a
importância da conectividade e do ganho no
acesso de energia elétrica para Noronha por
meio de fibras óticas. A ilha hoje trabalha
com energia movida a diesel e possui
internet via satélite.
O evento aconteceu no Centro de Formação da Chesf e contou com a presença de
autoridades, entre elas, o secretário de
Educação de Pernambuco, Fred Amâncio; a
secretária de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eline
Nascimento; o diretor de Operação da
Chesf, João Henrique Franklin; o diretor
geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nelson Simões; e a secretária de
Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, Lúcia Melo. A cerimônia foi divida
em duas etapas. Pela manhã, os representantes dos Ministérios, do Governo de Pernambuco e de empresas de tecnologia, que
podem se tornar parceiras na implantação
do projeto, falaram sobre a necessidade de
tornar a ilha mais desenvolvida por meio da
integração digital, gerando novas atividades
econômicas, com negócios conectados com
as novas plataformas online.
A secretária de Educação Profissional e
Tecnológica do Ministério da Educação,
Eline Nascimento, diz que no campo da
educação o projeto de integração digital é
N
fundamental. “Para fazermos um bom trabalho de educação precisamos ter um bom
acesso de internet, podendo proporcionar
uma melhoria na área educacional. A nossa
ideia é montar um núcleo do Instituto Federal de Pernambuco na ilha, para levarmos
professores periodicamente e realizarmos
ações de qualificação e extensão na área
social, ambiental e de saúde. Além de modalidades de ensino a distância”.
A ilha de Fernando de Noronha é estratégica para o Brasil, com posição de destaque no Atlântico Sul por ter, em conjunto
com o litoral pernambucano, a maior
extensão de costa do País. Isso permite a
articulação com pesquisas hemisféricas no
âmbito global. De acordo com a secretária
de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, Lúcia Melo, o projeto começou a
ganhar uma estrutura muito robusta, com a
capacidade de torná-lo real, através da liderança de vários Ministérios e também do
Governo do Estado.
A proposta, segundo ela, vem de
encontro justamente no momento em que já
foi definida a estratégia de interiorização
com infraestrutura de conectividade. Para a
secretária, vai muito além da educação e
formação de pessoas. “Tenho a expectativa
também de que possamos criar em Fernando de Noronha um futuro muito próspero, de uma infraestrutura e plataforma
global aberta para estudo e monitoramento
em climas, oceanos e biodiversidade”,
destacou Lúcia Melo.
Rodrigo Valença, superintendente de
Tecnologia, Orçamento e Finanças do Distrito, que estava representando o administrador da ilha Luís Eduardo Antunes, disse
que Fernando de Noronha possui peculiaridades, tanto na questão do meio ambiente e
também no aspecto social. Rodrigo acredita
que a melhoria da conectividade em Noronha vai trazer para o arquipélago vários benefícios, baseado, sobretudo, em duas ver-
O EVENTO aconteceu no Centro de Formação da Chesf e contou
com a presença de autoridades nacionais e pernambucanas
tentes: a turística e a social.
“Por ser geograficamente isolada, Noronha possui várias particularidades, mas esse
isolamento não pode ser um entrave para a
população adquirir conhecimento. A partir
de agora, teremos um avanço muito grande.
Principalmente na área educacional, de inclusão digital para as crianças e adolescentes de Noronha na creche Bem-me-quer e
na Escola Arquipélago. A questão social
também vai ser beneficiada. O contato do
ilhéu mais rápido com a informação quem
vem do continente vai ser um avanço significativo, predominantemente no aspecto
social”, destacou Rodrigo.
O ministro da Educação, Mendonça Filho, participou da segunda parte do seminário no horário da tarde, disse que o projeto de conectividade para Noronha é algo
relevante no sentido de mais educação, inovação, ciência e tecnologia na ilha. A intenção do evento foi discutir o tamanho dos
investimentos e a definição do calendário
de execução e custos, que devem ser divulgados muito em breve. “Hoje temos o intuito de proporcionar algo difícil de acreditar
há alguns anos, que é levar energia do continente, e no mesmo cabo, conexão com in-
ternet, a Fernando de Noronha”, observou.
Presente também no evento, o ministro
da Defesa, Raul Jungmann, fez um paralelo
com o projeto Amazônia Conectada, que
para ele tem semelhanças com o que se pretende fazer em Noronha. “Serão 7.800 quilômetros nos rios da Amazônia e com a
possibilidade, além da transferência de
dados, de levar também energia elétrica. Temos 900 km já lançados, com a capacidade
de fazer a comunicação de Manaus a Tefé”,
declarou Jungmann.
Segundo o diretor do departamento de
Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Defesa, general Decílio Sales, o desafio é construir em Noronha um cabo de baixo custo para adequar a realidade econômica do País e estudar a melhor forma para
montar a estrutura de lançamento. “O projeto para Fernando de Noronha é similar ao
da Amazônia Conectada, que nós estamos
executando com grande êxito. Vamos precisar de várias parcerias para fazer o mesmo
no arquipélago, tanto da parte técnica quanto na operacional. Por isso que é necessário
que seja um projeto nacional. Eu estou bem
feliz e acredito que seremos bem sucedidos”, avaliou.
AS FÉRIAS DE JULHO TURBINARAM A OCUPAÇÃO HOTELEIRA DE PE
F OTO : D IVULGAÇÃO / S ETUREL
Somente no mês de férias escolares, cerca de 230.890 turistas passaram pelo
Estado, crescimento de 4,05% comparado ao mesmo período do ano passado.
O mês de julho esquentou o segmento da hotelaria em
Pernambuco. É que o fluxo de hóspedes no Estado nesse
período aumentou consideravelmente. Segundo pesquisa
realizada pela Empresa de Turismo de Pernambuco, ao todo
foram cerca de 230.890, somente no mês de julho de 2017,
enquanto em 2016 o número foi de 221.907. Tudo isso resulta um acréscimo de 4,05%.
Seja para um período de descanso ou para conhecer as belezas das praias pernambucanas ou os encantos do interior do
Estado, o que importa é que o mês rendeu bons frutos para o
turismo de Pernambuco. A taxa de ocupação hoteleira também foi positiva com um incremento de 1,79%. Em 2016, o
percentual foi de 64,69% e agora em 2017 subiu para 65,85%.
“Em janeiro os turistas seguem para o litoral e Região
Metropolitana, mas em julho o fluxo maior se concentra no
Interior. Por conta do clima, os turistas buscam regiões com
clima mais ameno, aconchegante e serrano”, explica o secretário de Turismo do Estado, Felipe Carreras. Nesse período se observa também um turismo interno, em que o pernambucano faz questão de conhecer ou explorar Pernambuco. “Apesar de termos um bom número de turistas de fora, nesse período, verificamos os pernambucanos indo para
dentro de Pernambuco, ou seja, uma concentração maior de
turistas pernambucanos”, acrescenta Carreras.
NESSE
(férias) se observa também um
turismo interno, em que o pernambucano faz
questão de conhecer ou explorar Pernambuco
PERÍODO