DOEPE 30/09/2017 - Pág. 4 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
4 – Ano XCIV • N0 185
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Recife, 30 de setembro de 2017
RESSOCIALIZAÇÃO
Detentas da Colônia do Recife produzem
5 mil peças para o setor têxtil por dia
Franci Almeida
Conforme prevê a Lei de Execução Penal, essas mulheres recebem 75% do salário mínimo e 25%
(pecúlio) são liberados quando alcançarem a liberdade. A remição de pena, também está
prevista na lei, um dia a menos para cada três dias trabalhados.
FOTO: DIVULGAÇÃO/SJDH
FOTO: MÁRCIA GALINDO/SERES
velocidade com que as máquinas de costura trabalham
diariamente na Colônia Penal
Feminina do Recife (CPFR), na
RMR, mostram a vontade de aprender de 53
reeducandas que produzem roupas de cama
e cortinas. A ação ocorre graças à parceria
desde 2014 com a empresa Rochelle. Já a
Tek Shine conta com a mão de obra de 24
detentas embalando os produtos da empresa. Mais cinco detentas atuam também
na montagem de descargas sanitárias manuais por conta da parceria firmada entre a
Seres e a Gi Plásticos.
Pela Rochelle, são produzidas cerca de
cinco mil peças diariamente entre lençóis,
fronhas e forro de cama. Ao todo, quatro
encarregados da empresa estão lotados na
unidade para coordenar os setores de
máquinas overloque e reta. Pela Tek Shine,
há um encarregado na Colônia monitorando
a produção de cerca de 200 embalagens dos
produtos da empresa diariamente. Todo o
material de trabalho e mobiliários são
disponibilizados pelas empresas. A carga
horária é de segunda a sexta, de 7h45 às
16h45, com uma hora de intervalo. “Aqui é
muito bom. Saímos da cela, aprendemos a
costurar, embalar e ainda recebemos por
isso”, avalia a detenta Patrícia Brito do
Nascimento.
Conforme prevê a Lei de Execução
Penal, essas mulheres recebem 75% do sa-
A
lário mínimo e 25% (pecúlio) são liberados
quando alcançarem a liberdade. A remição
de pena, que funciona como um gás para
quem quer alcançar a liberdade mais
rapidamente, também está prevista na lei na
proporção de um dia a menos para cada três
dias trabalhados. A gerente da CPFR, Laila
Carneiro, enxerga o trabalho das detentas
de diversas maneiras. “As parcerias são positivas porque elas aprendem uma atividade
que poderá servir como fonte de renda lá
fora, ajudam as famílias com o que ganham,
reduzem a pena e ainda colaboram para a
tranquilidade na prisão já que saem da
ociosidade”, pontua.
FOTO: MÁRCIA GALINDO/SERES
O TRABALHO como um dos principais
caminhos para a ressocialização da pessoa
privada de liberdade. É com essa visão que
a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos,
através da Executiva de Ressocialização
(Seres), vem atuando junto aos reeducandos
das unidades prisionais masculinas e
femininas em todo o Estado de Pernambuco