DOEPE 04/01/2018 - Pág. 3 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Recife, 4 de janeiro de 2018
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Ano XCV • N0 2 – 3
REFORÇO NA SAÚDE
Hospitais do Agreste habilitam
mais de 200 leitos junto ao MS
Com esse processo, municípios passam a receber verba do Governo Federal para custeio.
F OTO : D IVULGAÇÃO /SES
Ministério da Saúde, por
meio da Portaria 3250 de 29
de novembro de 2016,
estabeleceu recursos do Bloco da
Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar do
Estado de Pernambuco e Municípios.
Com base nesta resolução, foi possível a inserção de leitos de enfermaria
clínica de retaguarda no Sistema de
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), os chamados leitos de retaguarda, com
maiores recursos para os hospitais
municipais. Isso significa que esses
leitos deixam de ser bancados pelos
municípios e passam a receber verba
do Governo Federal para o custeio
Ao todo, 207 leitos foram criados
ou habilitados nos municípios das IV
O
e V Gerências Regionais de Saúde
(Geres), sediadas em Caruaru e
Garanhuns, respectivamente. Todos
receberão o custeio do Ministério da
Saúde. A Secretaria Estadual de
Saúde (SES), por meio das Geres e
da Gerência de Urgência e
Emergência, trabalhou intensamente
para atrair esses recursos.. “Estamos
encerrando o ano habilitando leitos
de retaguarda em diversos municípios da nossa região, com mais
recursos e condições de trabalho, o
que possibilita que pacientes possam
ser atendidos no hospital da sua
cidade, evitando deslocamentos para
outros hospitais e municípios,
facilitando a vida destes e seus
familiares”, afirmou a gerente da V
Geres, Catarina Tenório.
OS CHAMADOS leitos de retaguarda, com maiores recursos para os hospitais municipais
HAM apresenta novo espaço para Método Canguru
Referência estadual para maternidade de alto risco, o Hospital Agamenon Magalhães (HAM) apresentou, na última sexta-feira (29), a
nova Unidade de Cuidados para o
Método Canguru (UCINCa). Com
ambiente ampliado, o espaço conta
com oito leitos (e mais dois de reserva) e infra-estrutura adequada para trazer mais conforto e segurança
às mães e aos bebês. No começo de
2018, após a disposição de todos os
móveis e equipamentos, as mães e os
bebês serão realocados para nova área.
A ampliação do salão vai possibilitar que as mães fiquem com os
seus bebês todas em um mesmo
espaço, facilitando assim a vigilância e a assistência de forma geral”,
afirmou a coordenadora estadual do
Método Canguru, Maria Clara
Pereira Gomes.
Médica neonatologista, Maria
Clara lembra que a reforma da unidade priorizou o bem-estar dos pacientes. Além do novo salão, o espaço conta com local separado para o
banho dos bebês, sala de evolução
médica e posto de enfermagem com
visores de vidro, para facilitar a
atenção, guarda volumes e área de
lazer onde é possível receber familiares. Há também uma grande mesa
para facilitar no momento da alimentação dos recém-nascidos.
Outra novidade é a sala de reanimação e enfermagem. “Este ambiente foi pensado de forma a evitar
que o estresse natural provocado
por este tipo de procedimento atinja
as outras mães e seus bebês”, explicou a coordenadora. A UCINCa do
Agamenon Magalhães conta com
médico, enfermeiro, fonoaudiólogo,
terapeuta ocupacional e técnicos de
enfermagem.
“O Método Caguru é um momento de resgate do contato entre a
mãe, o bebê e os familiares. Todo
processo começa antes daqui, com o
cuidado humanizado desde o momento que essa gestante de alto
risco é admitida no HAM. O lugar é
para o acolhimento onde o casal se
reencontra com o bebê”, contou a
diretora do HAM, Claudia Miranda.
O Hospital Agamenon Magalhães é uma unidade de referência
F OTO : D IVULGAÇÃO /SES
A AMPLIAÇÃO
do salão vai
possibilitar que as
mães fiquem com os
seus bebês todas em
um mesmo espaço
em partos de alto risco, realizando,
em média, 400 partos por mês.
Desde 2015, a instituição faz parte
do Projeto Parto Adequado, fruto de
uma parceria do Ministério da Saúde
e do Hospital Israelita Alberto
Einstein, para incentivar o parto
normal em maternidades públicas e
privadas de todo o País. O HAM foi
o único hospital público do Estado
selecionado. Outra iniciativa é uma
parceria do Hospital Israelita Albert
Einstein e do laboratório MSD para
redução da mortalidade materna.
Para isso, diversos profissionais da
unidade foram treinados sobre os
protocolos assistenciais das principais patologias associadas à gestação de alto risco e métodos para
evitar os casos.
Lafepe comemora os bons resultados conquistados em 2017
Laboratório Farmacêutico do
Estado de Pernambuco Governador Miguel Arraes - Lafepe
contabilizou importantes contribuições para as políticas de Saúde
Pública, ao longo de 2017, com a
produção de óculos e medicamentos. “A garantia do dever
cumprido nos vem, principalmente, quando percebemos a
contribuição deste laboratório em
várias frentes que garantem a
qualidade de vida da população. E
novas tratativas já asseguram
importantes conquistas nesse
sentido”, pontua o diretor-presi-
dente Flávio Gouveia.
Os psicotrópicos e antirretrovirais com a marca Lafepe chegam à
população, gratuitamente, através
das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs). Em
2017, o Lafepe foi o primeiro
laboratório público, do Brasil, a
cumprir todas as etapas de uma
PDP, atingindo a internalização da
produção do psicotrópico Clozapina. Outros dois medicamentos,
também para esquizofrenia e
transtorno bipolar terão a produção
internalizada nos próximos meses.
Com o trio sendo fabricado no
parque industrial do Lafepe, a
produção passará de 100 milhões
de comprimidos para 270 milhões
de unidades/ano. Sobre as Parcerias
para o Desenvolvimento Produtivo,
ressaltamos que elas são reconhecidas e incentivadas pelo Ministério
da Saúde e contemplam cooperação
mediante acordo entre instituições
públicas e privadas para desenvolvimento, capacitação produtiva
e transferência de tecnologia, com
foco em produtos estratégicos para
o SUS.
No último dia 14, o Ministério
da Saúde aprovou 25 novas PDPs
e três delas serão de responsabilidade do laboratório pernambucano. O antirretroviral Darunavir
vai ser desenvolvido e produzido
junto com o laboratório privado
Janssen. Outro antirretroviral que
levará a marca Lafepe será o
Dolutegravir, em parceria com a
empresa Blanver. O terceiro novo
medicamento, e que será produzido com o laboratório Cristália, é
o antiviral Oseltamivir. Esses
novos produtos integrados ao
portfólio do Lafepe representarão
expressivo incremento produtivo,
tecnológico e comercial para a
unidade pernambucana.
Este ano, a fábrica de óculos
ampliou a produção para programas sociais e farmácias da rede.
Atualmente, 28 unidades em todo
o Estado possuem óticas Lafepe.
Os óculos do laboratório pernambucano também chegam à população através de convênios com
prefeituras e entidades de classe,
além de programas como o Boa
Visão e o Visão do Futuro (ambos
voltados a estudantes da rede
pública estadual e do Recife, com
mais de 50 mil óculos corretivos
já entregues gratuitamente).