DOEPE 17/01/2018 - Pág. 3 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Recife, 17 de janeiro de 2018
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Ano XCV • N0 11 – 3
PREVENÇÃO
SES reforça importância do diagnóstico precoce
das infecções sexualmente transmissíveis
Em 2017, Pernambuco registrou um aumento dos casos de sífilis, doença em fase epidêmica em todo o país.
Brasil está em alerta para o aumento
de casos notificados de infecções sexualmente transmissíveis (IST),
como a sífilis, doença curável e que tem tratamento
gratuito pelo Sistema Único
de Saúde (SUS). Em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) notou aumento nos três tipos
da doença que são de notificação compulsória. A maior
parte dos casos é da sífilis
adquirida (público em geral), com 2.684 notificações
em 2017 (2.657 em 2016 e
1.319 em 2015). Em seguida vem a sífilis congênita
(transmissão da mãe para o
feto durante a gestação),
com 1.612 casos em 2017
(1.507 em 2016 e 1.363 em
2015). Ano passado ainda
foram registrados 1.341 casos em gestantes (953 em
2016 e 870 em 2017). Já em
relação a Aids, são mais de
25 mil casos desde o início
da notificação, em 1983.
Para reforçar a importância da prevenção, detecção
precoce e tratamento da sífilis e outras Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST), como HIV/Aids
e hepatites virais, o Governo de Pernambuco, por
meio da Secretaria Estadual
de Saúde (SES), realizou
um seminário para atualiza-
F OTO : D IVULGAÇÃO /SES
O
COM o encontro, a SES reflete
o modelo de atenção à saúde e
redefine ações de prevenção em
diferentes níveis da gestão do Sistema
Único de Saúde (SUS) com a
articulação de toda rede de serviços
ção permanente de profissionais de saúde nesta terçafeira (16). Diante da proximidade do período das festas carnavalescas, a SES
decidiu promover esta ação
de conscientização focada
na prevenção, visando o
fortalecimento de políticas
estratégicas complementares às campanhas de incentivo ao sexo seguro e à ampliação de testes do HIV.
“Problemas de saúde associados às IST afetam principalmente as mulheres e
podem ter consequências
em longo prazo. Doença inflamatória pélvica, gravidez
ectópica e aborto estão entre
as complicações, que também incluem infertilidade
tanto no público feminino
quanto no masculino”, alerta a gerente de Atenção à
Saúde da Mulher da SES,
Letícia Katz. Em relação à
falta do diagnóstico e do
tratamento da sífilis em mulheres, na fase inicial, o resultado pode ser a infertilidade, gravidez ectópica,
cancro anogenital e morte
prematura.
Com o encontro, a SES
reflete o modelo de atenção
à saúde e redefine ações de
prevenção em diferentes
níveis da gestão do Sistema
Único de Saúde (SUS) com
a articulação de toda rede de
serviços para promoção da
saúde. Entre as iniciativas
de rotina, está a realização
de exames periódicos principalmente após alguma
situação de risco, como
relação sexual desprotegida
- pela mulher e seu parceiro,
além da importância do
acompanhamento pré-natal
das gestantes, e prevenção
às infecções. “O uso da
camisinha em todas as
relações sexuais é o meio
mais eficaz de evitar essas
infecções. Os preservativos
são oferecidos na rede de
saúde”, reforça Letícia
Katz.
“A sífilis congênita é
uma doença de notificação
obrigatória pelos municípios. É necessária uma sensibilização dos serviços que
detectam as gestantes com
sífilis para dar continuidade
ao tratamento dos casos. A
sífilis congênita é transmitida para o bebê ainda na barriga da mãe, por isso é importante que tanto o pai
quanto a mãe façam o exame e descobrindo a infecção, sigam o tratamento corretamente, evitando assim a
transmissão vertical. Indicamos a todas, que
estiverem
planejando
engravidar, o exame que
detecta a sífilis, nos postos
de saúde mais próximos à
sua residência ou nos
Centros Municipais de Testagem e Aconselhamento
(CTA)”, explica o gerente
do Programa Estadual de
DST/Aids, François Figueirôa. “No caso do HIV, com
o diagnóstico precoce, a
mulher pode iniciar o tratamento normalmente. Assim, é possível praticamente
eliminar o risco do bebê
nascer infectado”, comenta
Figueiroa.
SÍFILIS - É uma doença infectocontagiosa sistêmica, de
evolução crônica, causada
pelo Treponema pallidum. A
doença não tratada progride
ao longo de muitos anos,
sendo classificada em sífilis
primária, secundária, latente
recente, latente tardia e terciária. A transmissão pode ser
sexual, vertical ou sanguínea.
De 2011 a 2017, 8.323 casos
(4.198 masculinos e 4.125 femininos) foram associados à
Sífilis Adquirida. Os casos
em gestantes, de 2005 a 2017,
somaram 7.917.
AIDS - Em Pernambuco,
desde o início das notificações de Aids, no ano de
1983, até 24.10.2017, foram
registrados 25.218 casos,
sendo 16.344 no público
masculino e 8.874 no feminino. Em 2016 foram 1.104
(738 masculinos e 366 femininos) e em 2017, 396 (259
masculinos e 137 femininos dados sujeitos a alteração).
SERVIÇO
Projeto “Quero Fazer”
oferta testes de sífilis e HIV
F OTO : D IVULGAÇÃO /SES
Testes gratuitos duram, em média, 30 minutos, tempo de
realização dos exames e do aconselhamento.
O Governo de Pernambuco, por
meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), continua reforçando a
importância da prevenção e da
detecção precoce da sífilis e do HIV.
Para isso, o trailer do projeto “Quero
Fazer” programou duas ações
externas de testes e aconselhamento
sobre essas doenças. A primeira foi
ontem, terça-feira (16), no Recife. Já
amanhã (18), a partir das 17h, a
atividade será na Praça do Viaduto
Geraldo Melo, em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes. A capacidade
será de 70 atendimentos.
Os testes gratuitos duram, em
média, 30 minutos, tempo de realização dos exames e do aconselhamento. Em casos positivos é
feito o encaminhamento do paci-
ente para tratamento em algum
serviço de referência. Durante as
ações ainda serão entregues camisinhas e gel lubrificante. O
projeto “Quero Fazer” é uma realização do Programa Estadual de
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/HIV/HV) em parceria
com a Aids Healthcare Foundation
(AHF).
DURANTE as ações, ainda serão entregues camisinhas e gel lubrificante