DOEPE 30/05/2018 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2 – Ano XCV • N0 99
ENCCEJA PPL
2017 APROVA 172
SOCIOEDUCANDOS
Jovens atendidos nos
centros e casas da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em
todo o Estado, foram aprovados no Exame Nacional
para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas
de Liberdade (Encceja PPL
2017). Ao todo, 88 socioeducandos conseguiram resultado positivo em uma ou
mais disciplinas, o que resultou em um total de 172
aprovações.
Por meio da prova, aplicada dentro das unidades,
nos dias 21 e 22 de novembro do ano passado, os adolescentes que não concluíram o cíclo escolar do Ensino Fundamental puderam
adquirir a certificação do
conhecimento na educação
formal, quando aprovados
em todas as matérias. Se só
tiveram pontuação suficiente em algumas disciplinas, os candidatos poderão
fazer uma nova prova.
No Encceja PPL 2017,
40 socioeducandos receberam aprovação na área de
Ciências da Natureza e
suas Tecnologias; 29 na de
Ciências Humanas e suas
Tecnologias; 38 em Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias; 35 em Matemática e suas Tecnologias;
e 30 na Redação, totalizando as 172 aprovações. “Foi
um resultado positivo. Nos
envolvemos muito para que
esses jovens façam essas
provas. Em algumas unidades, conseguimos a realização de aulões, por meio de
parcerias”, explica a coordenadora do Eixo Educação da Funase, Sônia Melo.
Ainda de acordo com a
gestora, a edição de 2017
do Encceja trouxe uma novidade positiva para o processo de certificação. “O
Encceja iniciou em 2010,
mas em 2015 e 2016, não
aconteceu. Ou seja, até o
ano passado, não tínhamos
o Encceja, apenas o Supletivo. Em 2017, retomamos. E foi comunicado
que haverá o somatório da
pontuação desses dois
processos. Ou seja, é algo
que beneficia, sobretudo,
os adolescentes, que terão
um apoio a mais e um
ganho na definição da sua
vida escolar”.
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Recife, 30 de maio de 2018
BRASÍLIA
Funase participa de encontro sobre
parâmetros de segurança socioeducativa
F OTO : D IVULGAÇÃO /F UNASE
Tema debatido durante o evento aborda
técnicas de revistas e protocolos de
segurança, planos de contingência e
planos de ação. Em Pernambuco, há
avanços com o Plano Operativo.
presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo
(Funase), Nadja Alencar, e o
coordenador de Segurança,
coronel Jonas Barbosa, representaram a instituição no
Fórum Nacional de Dirigentes Governamentais de
Entidades Executoras da Política de Promoção e Defesa
dos Direitos da Criança e do
Adolescente
(Fonacriad),
ocorrido em Brasília. Durante
o encontro, os gestores discutiram Parâmetros de Segurança do Sistema Nacional de
Atendimento Socioeducativo
(Sinase). Além de Pernambuco, os Estados do Paraná,
Ceará, Rio Grande do Norte,
Bahia, Pará, Piauí e Espírito
Santo contaram com representantes na reunião.
Na abertura do Fórum, o
texto que contém os parâmetros de segurança foi apresentado pelo superintendente do
Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo do
Ceará e coordenador técnico
A
da elaboração, Cássio Silveira Franco. Entre os colaboradores do documento, estão gestores do sistema socioeducativo do Distrito Federal e de 22 Estados, entre
eles Pernambuco, além de
dois consultores convidados e
de representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
e do Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e do
Adolescente (Conanda).
No documento, foi destacado que “a concepção da segurança, como direito humano
fundamental, mantém relações
diretas com os princípios da
Cultura da Paz, da Educação
em Direitos Humanos, da Não
Violência e da Transformação
Pacífica dos Conflitos, sendo
esses marcos fundamentais e
precípuos de qualquer programa socioeducativo consistente”. A proposta do texto, portanto, foi defender os parâmetros de segurança, como necessários e pautados por uma
abordagem sistêmica, ainda
que não delimitem uma “nor-
SOCIOEDUCANDOS
Jovens de unidades da
Fundação de Atendimento
Socioeducativo (Funase)
estão participando dos cursos de Marketing, Organização de Eventos e Vendas,
ofertados pelo Coletivo
Coca-Cola Recife. A parceria com a instituição foi
articulada pelo Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer, da Funase. Estão sendo contempladas as
Casas de Semiliberdade
(Casem) Santa Luzia (feminina) e Rosarinho (masculina), na Capital, além do
Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Cabo
de Santo Agostinho.
O curso profissionalizante está sendo ministrado na
Escola Dom Bosco. Jovens
do Case Vitória de Santo
Antão, na Zona da Mata do
Estado, também estão incluídos nos cursos, só que por
meio do Coletivo Coca-Cola
Jaboatão, no Oratório Dom
GESTORES do sistema educativo do Distrito Federal e de 22 Estados participaram do encontro
ma rígida” ou “fórmulas exclusivas e absolutas para a solução
de todas as situações e dinâmicas que envolvam a questão da
Segurança Socioeducativa”.
Para a presidente da Funase, Nadja Alencar, o encontro em Brasília foi uma oportunidade rica de discussão
sobre o tema, de forma plural.
“Os representantes dos estados puderam levar suas contribuições à reunião e terão até
amanhã (31) para apresentar
outras sugestões ao docu-
mento, que sofrerá adequações pela comissão responsável por elaborá-lo. Voltaremos a discutir esse assunto no
próximo encontro do Fonacriad, que será realizado em
junho, em Aracaju”, afirmou.
Em Pernambuco, o tema
tem avançado, por meio do
Plano Operativo de Segurança Socioeducativa (POSS),
que está em elaboração, e de
capacitações voltadas ao
setor, realizadas pela Coordenadoria de Segurança com
FREQUENTAM CURSOS DO
Bosco. Ao todo, são ministrados três módulos, cada um
com duração de dois meses.
No fim das aulas, os alunos
receberão certificados.
De acordo com as equipes técnicas envolvidas no
atendimento aos adolescentes, o retorno tem sido positivo. Na Casem Rosarinho,
há um jovem assistindo às
aulas ofertadas por meio da
parceria. “Depois que o curso começou, estamos notando ele muito mais participativo e empolgado com as
atividades desenvolvidas
aqui”, observa a coordenadora-técnica da Casem Rosarinho, Joanna de Angelis.
Na Casem Santa Luzia,
quatro adolescentes estão
participando. “As meninas
estão muito satisfeitas. Algumas adolescentes que não
estavam conseguindo dar
continuidade a outros cursos, estão agora muito empolgadas com este”, explica
agentes socioeducativos e outros profissionais que atuam
nas unidades da Funase, em
todo o Estado. “No que diz
respeito ao documento, estamos numa fase bem avançada, mas creio que devemos
avançar ainda mais para dar
ênfase aos parâmetros de
segurança, o que inclui as revistas, os protocolos de segurança, os planos de contingência e os planos de ação”,
destacou o coordenador de
Segurança da Funase.
COLETIVO COCA-COLA
F OTO : D IVULGAÇÃO /E SCOLA D OM B OSCO
JOVENS da Funase assistem aula e se sentem motivados com aprendizado
a coordenadora-geral da
Casem Santa Luzia, Edilene
Lima. “Nesse tempo, já recebi um depoimento muito
forte de uma adolescente,
dizendo que mudaria de
vida, que se vê estudando
para ser médica daqui a cinco anos. Ou seja, essa experiência está fazendo com
que elas voltem das aulas
traçando projeções para a
vida”, complementa.
Para o coordenador do
Eixo Profissionalização,
Esporte, Cultura e Lazer da
Funase, Normando Albuquerque, a parceria é importante por preparar os jovens
para uma dinâmica diferenciada. “O itinerário formativo do Coletivo Coca-Cola
oferece uma base importante para os socioeducandos,
no sentido de prepará-los
para a dinâmica do mercado
de trabalho. A parceria com
a Escola Dom Bosco nos
beneficia duplamente, já
que é por meio dela que encaminhamos os meninos e
meninas para essa formação”, avalia.