DOEPE 09/06/2018 - Pág. 4 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
4 – Ano XCV • N0 106
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Recife, 9 de junho de 2018
Sem uso de agrotóxico, Sítio São Bento é
bom exemplo de produção sustentável
Sítio São Bento é exemplo de produção agrícola sustentável,
sem utilização de agrotóxico, em Serra Talhada. A história de
sucesso começou quando, no início deste ano, o dono da
propriedade, Genivaldo Bezerra Lacerda, recebeu a proposta para
conduzir a exploração agrícola sem uso de defensivo agrícola, feita
pelos extensionistas do Escritório Local do Instituto Agronômico de
Pernambuco (IPA), Adriano Edson, Dejonas Nogueira e Germano
Pereira, que já prestavam assistência técnica ao rebanho de gado de
leite. O IPA é vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura e Reforma
Agrária (Sara).
A aceitação foi mais do que acertada. A plantação prosperou e foi
diversificada. Hoje, além da criação de bovinos, ele cultiva fruteiras,
tais como mamão, banana e coco, alguns tubérculos e raízes, a exemplo
de batata-doce e macaxeira, além de várias hortaliças. Satisfeito, o
agricultor vem encaminhando e comercializando sua produção, nas
feiras locais, e já almeja evoluir ainda mais para, futuramente, conseguir o registro como produtor orgânico.
“A diversidade de explorações num sistema de transição orgânica é
fundamental para o manejo, combate e controle de pragas e doenças.
Mesmo em fase inicial de exploração, já se pode observar alguns resultados e a evolução da família no tocante a produção com sustentabilidade”, explica o supervisor de Extensão Rural da Gerência Regional de Serra Talhada, Tito Ferraz.
F OTO : D IVULGAÇÃO /IPA
O
TÉCNICOS
DO
IPA
ORIENTAM AGRICULTORES
SOBRE ARMAZENAMENTO DE FORRAGENS
O AGRICULTOR Genivaldo Lacerda (centro) recebeu orientações
dos extensionistas Dejonas Nogueira e Adriano Edson, do IPA
ÍNDICE
CONSERVAÇÃO DE MANANCIAIS
INFLUENCIARÁ ICMS SOCIOAMBIENTAL
DE
F OTO : D IVULGAÇÃO /IPA
F OTO : D IVULGAÇÃO /CPRH
TÉCNICOS da CPRH
e de órgãos da área
de recursos hídricos
discutiram elaboração
do Índice
AGRICULTORES sertanejos foram capacitados para uso de silos escavados
Agricultores de Santa
Cruz da Baixa Verde receberam orientações sobre produção e conservação de forragens, a fim de adotar a prática como alternativa para
convivência com o Semiárido, a baixos custos. A iniciativa foi realizada pela equipe
do Instituto Agronômico de
Pernambuco (IPA), formada
pelos técnicos do Escritório
Local, Alexandre Cesário e
Gerlúcio Moura.
Os primeiros resultados
já começam a aparecer,
mesmo sem a estrutura tra-
dicional e mais cara de
construção de silos em alvenaria. “Já se observam
iniciativas de armazenamento de forragens, em silos cinchos e silos escavados e forrados com lona
plástica, que se tornam mais
baratos e permitem a formação de reserva estratégica de
alimentação para os animais”, explica o supervisor
de Extensão Rural da Gerência Regional, de Serra
Talhada, Tito Ferraz.
A ideia é viabilizar o
acesso a essas tecnologias de
armazenamento, ao mesmo
tempo em que é feito o trabalho de conscientização,
quanto à necessidade do
agricultor se antecipar e
guardar alimentos, produzidos em períodos de chuva
para ser consumidos durante
os períodos de estiagem. A
transferência de informações
técnicas, sobre o tema, vem
sendo feita nas reuniões com
associações. Os técnicos
acompanham o processo de
enchimento de alguns silos e
planejam a execução das
ações, anualmente.
Uma reunião técnica realizada na sede da Agência
Estadual de Meio Ambiente
(CPRH), na última quintafeira (7), marcou nova etapa
do processo de elaboração e
validação de um Índice de
Conservação de Mananciais, que irá compor o
ICMS Socioambiental de
Pernambuco. Técnicos da
própria Agência e de instituições da área de recursos
hídricos e correlatas trabalharam na primeira etapa de
validação. A construção do
índice está sendo feita, a partir de contrato do órgão ambiental com o Projeto de
Sustentabilidade Hídrica de
Pernambuco (PSHPE da Bacia do Capibaribe), em parte
com recursos financiados
pelo Banco Mundial (Bird).
Para elaboração e validação do índice, está sendo
adotada a Bacia Hidrográfica
do Rio Capibaribe, como estudo de caso. Esta bacia possui 42 municípios com
características diversificadas, que vão desde municípios com o clima semiárido a
outros com as características
da Zona da Mata. A ideia,
entretanto, é replicar para
todas as bacias do Estado, de
forma a abranger todos os
municípios pernambucanos
e contribuir, como instrumento de gestão ambiental,
para a conservação dos recursos hídricos. O processo
de definição do Índice de
Conservação de Mananciais
está sendo coordenado pela
CPRH, por meio do Núcleo
de Avaliação de Impactos
Ambientais (NAIA).
Após a validação do índice, ocorrerá a apreciação
pelo Conselho Estadual de
Meio Ambiente (Consema)
e, posteriormente, após sua
formalização legal, os municípios passarão a ter pontuações nesse quesito que
refletirão em sua cota do
ICMS Socioambiental. Para
essas pontuações, serão levadas em considerações informações que virão a partir
de um diagnóstico socioeconômico das cidades e que
aborda questões como saneamento básico, ações voltadas para conservação da
água de seus mananciais e de
educação ambiental, o uso e
ocupação do solo e a situação das Áreas Permanentes de Preservação (APPs).