DOEPE 10/01/2019 - Pág. 3 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Recife, 10 de janeiro de 2019
Ano XCVI • N0 7 – 3
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
BALANÇO DA CPRH
Cetas Tangara acolheu 13.406
animais silvestres no ano passado
Acolhimento no Centro da
Triagem registrou aumento de
46,46%, em relação a 2017,
e reflete a intensificação do
combate ao tráfico de animais
silvestres no Estado.
o longo de 2018, o
Centro de Triagem
de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas
Tangara), da Agência Estadual de Meio Ambiente
(CPRH), registrou o acolhimento de 13.406 animais
silvestres, a maioria aves e
grande parte delas vítima do
tráfico. Os números do balanço mostram um aumento
de 4.253 entradas, 46,46%
em relação ao ano anterior
(2017), quando 9.153 animais receberam cuidados no
centro, que fica no bairro da
Guabiraba, Zona Norte do
A
F OTO : D IVULGAÇÃO /CPRH
tráfico e comércio ilegal;
1.047 (11%) foram resgatados (animais atropelados, feridos ou que entraram em
casas de pessoas, por exemplo); 644 (6%) foram entregues voluntariamente à
CPRH para que fossem encaminhados ao Cetas; e 596
(pouco mais de 6%) estão na
classificação “Outros” – caso
dos repatriamentos, de animais vindos de criadouros
fechados etc.
Recife. O número de solturas, quando os animais
são devolvidos ao habitat
natural e que em 2017 foi de
5.454, subiu para 6.819 em
2018, um aumento de 25%.
Com 9.949 dos registros
de entrada de 2018, classificados por origem (3.457
ainda não têm esses dados
lançados), já se tem uma
visão clara sobre a origem da
maioria dos animais silvestres, que receberam cuidados
no Cetas Tangara, no ano passado: 7.662 (77%) foram
provenientes de apreensões
em ações de combate ao
AVES resgatadas
do tráfico foram
devolvidas
à natureza
Em relação aos grupos de
animais, os números de
2018 mantêm no topo posições semelhantes aos de
2017. Do total de 13.406
acolhidos no ano passado,
mais uma vez a maioria
(11.011 – 82%) foi de aves –
grupo que reúne muitas
espécies visadas pelo tráfico
–, seguido pelos répteis (897
– 7%) e mamíferos (621 –
5%), padrão que também
ocorreu em 2017. Em 2018,
foram registrados ainda 453
(3%) crustáceos, 124 (1%)
exóticos (sem ocorrência no
Brasil) e três aracnídeos.
Outros 297 (2%) já chegaram ao Cetas em óbito.
O balanço mostra, também, que dos 6.819 animais
silvestres que o Cetas Tangara devolveu à natureza em
2018, as aves também formam a maioria, com 5.447
(80%), seguidas pelos répteis (689 – 10%), mamíferos
(306 – 5%) e crustáceos (276
– 4%). Outros 101 (1%)
foram repatriados ou transferidos para novos locais.
Em relação aos óbitos, foram
registrados no total 1.706,
sendo 1.467 aves; 124 mamíferos; 60 crustáceos; 53
répteis e dois aracnídeos.
Filhotes de pica-paus e de timbus entregues à CPRH
F OTO : D IVULGAÇÃO /CPRH
A primeira sexta-feira do ano foi de
filhotes no setor de fauna, da Agência
Estadual de Meio Ambiente (CPRH). Em
duas entregas voluntárias, foram recebidos,
no último dia 4, dois filhotes de pica-paus
encontrados na Reserva do Paiva, no Cabo
de Santo Agostinho (Região Metropolitana
do Recife), e quatro de timbus, todos machos, achados no quintal de uma residência
do bairro da Macaxeira, Zona Norte do
Recife. Todos já foram encaminhados ao
Centro de Triagem de Animais Silvestres de
Pernambuco (Cetas Tangara), da CPRH,
onde receberão cuidados até estar em
condições de viver soltos na natureza.
As duas aves da
espécie pica-pau-verde-barrado (Colaptes
melanochloros) estaENCAMINHADOS
vam em um ninho,
dentro de um coqueiro ao Cetas Tangara,
que ameaçava desa- animais recebem
cuidados
bar, em área da Reserva do Paiva. Quando
foram verificar a planta, funcionários da Associação Geral da Reserva do Paiva
(AGRP) viram os filhotes e fizeram o resgate. A entrega à CPRH foi feita pelo assistente de operação, Renan Pimentel, que
trabalha na associação.
Já os quatro filhotes de timbus (Didelphis albiventris) foram cuidados por
mais de uma semana pelo estudante Apolônio de Freitas, depois de encontrados no
quintal da residência, na Macaxeira.
Observatório da Sé contará com atividades especiais
Nas férias de janeiro, o Observatório da Sé está com
uma programação especial voltada às pessoas com
deficiências visual e auditiva. É o caso da oficina
“Astronomia Tátil”, na qual os participantes poderão
construir modelos táteis do sistema solar e perceber, com
o toque das mãos, como são os planetas e objetos celestes.
O local também contará com monitores capacitados para
apresentar o Observatório aos deficientes auditivos, na
Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Além destas atividades, os visitantes poderão conhecer
um pouco da história da astronomia do Recife e de
Olinda. A atividade será conduzida no Observatório e no
ponto que representa a observação do trânsito de Vênus.
Este fenômeno, cuja observação completa 137 anos em
F OTO : D IVULGAÇÃO /SECTI
2019, inseriu o Brasil em uma importante experimentação
astronômica internacional.
Haverá, ainda, atividades lúdicas, como o
Boliche Astronômico e o
Dominó das Estrelas;
CRIANÇAS participam
exibição de vídeos e
da programação
programas sobre Astrono Alto da Sé
nomia; e, claro, observação do céu com lunetas, binóculos e telescópios. O Observatório Astronômico da Sé funciona de terça a domingo,
das 16 às 20h.