DOEPE 17/04/2019 - Pág. 24 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
24 - Ano XCVI • NÀ 73
Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
Recife, 17 de abril de 2019
Continuação - Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - CNPJ 33.541.368/0001-16 - Companhia Aberta
Também neste ano foram realizadas várias melhorias no sistema de telecomunicações em Rede de Dados, Telefonia e Vídeo, onde evidenciamos:
z Implantação de novo sistema de consoles de comunicação para os Centros de Operação Elétrica com sistemas de gravação e transcrição de voz modernos e redundantes;
z Implantação de videomonitoramento operacional na SE Garanhuns II, Olindina e Igaporã III para monitoramento da abertura e
fechamento de chaves, otimizando processos e dando agilidade nas tomadas de decisões;
z Modernização do sistema de videoconferência empresarial;
z Substituição das rotas de rádios digitais Funil - Usina de Pedra, Milagres - Coremas, Camaçari - Cotegipe - Jacaracanga;
z Melhorias no atendimento de comunicação para Penedo e Tauá;
z Instalação de novos roteadores em 68 instalações operacionais e administrativas, parte do projeto de modernização da Rede IP.
Todas estas melhorias proporcionam um aumento de confiabilidade e disponibilidade do sistema de telecomunicações refletindo
positivamente no seu desempenho operacional.
Figura 01 - Identidade empresarial Chesf 2018 a 2022
7. REGULAÇÃO
Destaca-se que, de acordo com o seu Planejamento Empresarial, a Chesf vem implantando desde 2015, um novo modelo para instalações teleassistidas, que migraram para a estratégia de atendimento local por profissionais capacitados a desenvolver atividades tanto
de Operação como de Manutenção - O&M. Ao final de 2018, foram totalizadas 58 subestações operadas e mantidas pela Chesf neste
novo modelo.
Tal iniciativa vem no sentido de dotar a Companhia de um modelo de gestão técnico-operacional mais integrado e descentralizado, promovendo ajustamento do seu capital humano a uma realidade de desempenho técnico e econômico, em função das exigências crescentes da sociedade por melhoria dos serviços prestados e redução dos custos associados.
A gestão de Regulação na Chesf consiste em integrar os processos regulatórios com as diversas áreas da Companhia, promovendo a
articulação com os órgãos reguladores, especialmente com a Aneel, fortalecendo internamente a cultura regulatória de acordo com as
Com isso, a Companhia espera melhorar o atendimento às manutenções de pequeno porte, reduzindo assim a dependência de mobidiretrizes emanadas da Diretoria Executiva.
lização de equipes centralizadas, bem como acelerar o restabelecimento provocado por indisponibilidades de natureza simples em
ativos, além de complementar as equipes centralizadas nas manutenções de grande porte.
Até 2017 a área regulatória apresentava-se como uma coordenadoria/assessoria que concentrava as atividades de acompanhamento
das regulamentações estabelecidas pela Aneel, a participação em audiências e consultas públicas do interesse da Chesf, destacando
10.1 INDICADORES DE DESEMPENHO
os processos de revisão e de reajuste tarifário da transmissão e da geração, e a proposição e acompanhamento de medidas que
permitiam promover a melhoria dos diversos processos à luz da regulação vigente.
O resultado em 2018 para indicador de Parcela Variável - PV foi o melhor dos últimos 6 anos. Como fato relevante em 2018, contribuiu
A partir de outubro de 2018, com a reestruturação havida na área regulatória, foi criada uma Superintendência de Regulação vinculada
à Diretoria de Operação, a qual passou a contar com uma estrutura de três departamentos, descentralizando e ampliando suas competências em: (i) Gestão de Ativos (ii) Gestão de Contratos de Transmissão e (iii) Aspectos Regulatórios. Desta forma, além das atividades já realizadas anteriormente, a área regulatória acumulou a gestão dos contratos de transmissão e a gestão dos ativos (de geração
quanto de transmissão).
positivamente na redução da Parcela Variável a reversão de aproximadamente R$ 5 milhões, mediante recursos administrativos junto
ao ONS, implantação do fórum mensal de parcela variável, além da aplicação da compatibilização de intervenções no sistema PAI (Plano
Anual de Intervenção).
O indicador de Robustez apresentou o melhor resultado dos últimos 5 anos, mantendo a tendência contÍnua de melhora dos últimos
anos. Este resultado indica uma evolução do Sistema Chesf (Rede Básica), no que diz respeito a ocorrências envolvendo interrupção
do fornecimento de energia elétrica.
Além da própria reestruturação da área, merecem destaque em 2018:
O indicador referente ao Número de Eventos com Interrupção de Carga na Rede Básica (NEIC-RB), apresentou o melhor resultado do
z Redução de 9,69% do montante de multas julgadas pela Aneel durante o ano, face recursos administrativos apresentados pela Chesf, histórico de 20 anos.
o que representa uma economia na ordem de R$ 1,7 milhão;
O Indicador de Disponibilidade Operacional de Geração, apresentou o melhor resultado dos últimos 5 anos.
z Aumento em mais de R$ 670 milhões/ano na receita de geração das usinas cotistas da Chesf, correspondente à inclusão do
O indicador de Disponibilidade Operacional de Linhas de Transmissão apresentou o terceiro melhor resultado do histórico, refletindo um
GAGMelhorias, fruto do resultado da Audiência Pública Aneel nº 16/2017;
ótimo desempenho no serviço prestado e mantendo o patamar de disponibilidade acima de 99,90%.
z Incremento no quantitativo de contratos de transmissão, decorrentes do grande número de autorizações de novos acessos ao
10.2 PARCELA VARIAVEL - PV
Sistema Interligado Nacional, totalizando ao final de 2018: 1.288 contratos com outros agentes conectados às suas instalações, dos
quais 34 estão em fase de formalização, sejam com transmissoras (CCI) ou ainda com geradoras, distribuidoras ou consumidores
(CCT); 268 contratos de prestação de serviços com o ONS (CPST); e, gestão dos contratos das 27 concessões de transmissão Indica o percentual de desconto da Receita Anual Permitida (RAP) das Funções de Transmissão, devido a indisponibilidades dos equipamentos da Rede Básica das concessões da Chesf, conforme legislação Aneel.
vigentes (CTT);
z Participação na elaboração da estrutura do cadastro de ativos a ser implementada no ProERP/SAP, na padronização e carga do
cadastro de equipamentos considerando os aspectos de manutenção e de contabilidade e na criação/coordenação do comitê de
gestão de ativos e certificações, visando a internalização e implantação do macroprocesso de gestão de ativos na Chesf.
8. MERCADO DE ENERGIA
Em 2018, o consumo nacional de energia elétrica foi de 472,2 TWh, registrando crescimento de 1,1% em relação a 2017. Desse consumo, a região Nordeste participa com 17,3%, cujo montante corresponde 80,9 TWh, superando em 1,5% o consumo realizado em 2017.
Assim, observa-se que este resultado ainda é reflexo de um cenário de incertezas na economia brasileira, associado ao quadro político
e eleitoral, que não conseguiu alavancar o crescimento na indústria e em outros setores.
Melhor
Para o atendimento a carga do submercado Nordeste (Região Nordeste menos o Estado do Maranhão), que corresponde a 10.820 MW
médios, a geração da Chesf contribuiu com 16,0%; o intercâmbio com os submercados Norte e Sudeste respondeu por 15,0%; a geração eólica participou com 43,8% e a térmica com 21,5%. As outras fontes (PCH, biomassa e solar), localizadas no referido submercado,
representou 3,7%.
9. COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA
10.3 INDICADOR DE ROBUSTEZ DO SISTEMA - IRS
Desde 2013, a Chesf comercializa energia elétrica no regime de cotas, no Ambiente de Contratação Livre - ACL e no Ambiente de
Contratação Regulada - ACR.
Avalia a capacidade da Rede Básica da Chesf em suportar contingências sem interrupção de fornecimento de energia elétrica aos consumidores (perda de carga).
Em 2018, as vendas corresponderam ao montante de 50.229 GWh, distribuídos entre 26 estados do Brasil e mais o Distrito Federal.
Desse montante, 44.699 GWh (89%) foram comercializados no regime de cotas. O restante, 5.530 GWh (11%), foi destinado ao ACL
(consumidores industriais livres, consumidores industriais atendidos no âmbito da Lei 13.182 de 03 de novembro de 2015 e aos comercializadores) e ao ACR (distribuidoras). Já as compras de energia totalizaram 1.804 GWh, fazendo parte da estratégia de comercialização da Empresa.
A Usina Térmica de Camaçari - UTC, localizada no Município de Dias D´Ávila no Estado da Bahia, foi outorgada à Chesf por meio da
Portaria DNAEE n.º 1.068, de 10 de agosto de 1977. Em agosto de 2016, através do Despacho nº 258/2016, a ANEEL suspendeu a
operação comercial da usina devido a deterioração dos equipamentos, que se encontravam com a vida útil ultrapassada. E em 05 de
outubro de 2018, foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria MME 420/2018, extinguindo a concessão da Usina Térmica de
Camaçari.
Melhor
10. DESEMPENHO OPERACIONAL
Com a permanência da situação hídrica desfavorável na Bacia do Rio São Francisco e as baixas afluências ocorridas no período úmido
2017/2018, o principal reservatório da Região Nordeste, Sobradinho, atingiu, no final do mês de abril de 2018, o armazenamento de
38,16% e, em 31 de dezembro, chegou a 35,02% do seu volume útil.
10.4 NÚMERO DE EVENTOS COM INTERRUPÇÃO DE CARGA NA REDE BÁSICA - NEIC-RB
A Companhia gerou 15.132 GWh em 2018 e 15.209 GWh em 2017, representando uma redução de 0,5%. Este resultado foi devido à
continuidade da baixa hidraulicidade ocorrida no período úmido de 2017/2018, sendo necessária a maximização de geração térmica e
É
o
número
de desligamentos intempestivos com origem na Rede Básica da Chesf que ocasionam qualquer interrupção de carga no
eólica na região, bem como o recebimento de intercâmbio de outras regiões do SIN.
Sistema Chesf.
Em 2018, foram incorporadas 09 instalações teleassistidas aos Centros de Operação (sendo 02 de forma emergencial) e incluídos novos
pontos de supervisão, para atendimento ao Procedimento de Rede 2.7 do ONS. Investimentos adicionais foram realizados na área de
automação, tais como: Modernização da Medição Operacional da SE Messias, em substituição ao antigo e obsoleto sistema existente
e Substituição de 46 Servidores do SAGE em 23 instalações. Estes esforços resultaram no aumento da observabilidade do sistema,
atingindo a marca de 246.136 pontos de supervisão. Ressalta-se ainda a implantação de firewall em 10 instalações, para atendimento
ao Programa de Segurança Cibernética e a ampliação dos sistemas de suporte à operação e manutenção, nas áreas de Regulação
Automática de Tensão, Supervisão dos Sistemas de Proteção, Qualidade de Energia e Oscilografia. Salienta-se também a Renovação
da Acreditação, junto ao INMETRO, do Laboratório de Metrologia da Chesf - MetroChesf e a implantação de Pluviometria nas Usinas
Paulo Afonso, Sobradinho, Luiz Gonzaga, Boa Esperança, Pedra e Funil, em atendimento à Resolução ANA/ANEEL 03/2010.
Em 2018, o sistema de telecomunicações da Chesf foi ampliado, contemplando as subestações de Jaboatão II, Ourolândia, Juazeiro III,
Maceió II, Nossa Senhora do Socorro e Teixeira de Freitas implicando em um incremento de 230 km de cabos OPGW. É importante
ressaltar a disponibilização das primeiras rotas do Projeto 100G, fruto da parceria firmada, através de Termo de Cooperação, com a RNP
- Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, como a rota Recife - Natal, Natal - Campina Grande e atendimento óptico a SE Tacaimbó, possibilitando redução de custeio para empresa com desativação de 06 (seis) repetidoras de rádios digitais. Esta parceria propiciará o
aumento da rede de transporte de telecomunicações da Chesf em até 160 vezes, abrangendo cerca de 90% de suas instalações, distribuídas por oito estados do Nordeste e com previsão de início de operação da Fase 1 no terceiro trimestre de 2019.
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