DOEPE 24/01/2020 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2 - Ano XCVII • NÀ 16
Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
Recife, 24 de janeiro de 2020
Febre Amarela é descartada em
macacos encontrados mortos em Aldeia
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Secretaria Estadual de
Saúde (SES-PE) informa
que os macacos (saguis)
encontrados mortos em dois condomínios em Aldeia, no município
de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR), não
estavam infectados com o vírus
da febre amarela. Os materiais
biológicos dos animais recolhidos
foram analisados pelo Instituto
Evandro Chagas (IEC), no Pará, e
pelo Laboratório Central de Saúde
Pública de Pernambuco (Lacen
-PE) em parceria com o Instituto
Aggeu
Magalhães/Fiocruz-PE.
Todos deram negativo para febre
amarela. Com isso, a Secretaria
Estadual de Saúde continua investigando outras causas possíveis
para os óbitos.
– Entre 26 de dezembro de
2019 e 7 de janeiro de 2020, a SES
-PE foi notificada da ocorrência de
17 macacos mortos em dois condomínios de Aldeia, em Camaragibe.
Do total de animais notificados, em
6 houve condições de coleta de material biológico para análise em dois
laboratórios. No Instituto Evandro
Chagas, no Pará, referência nacional
para febre amarela, todas as amostras deram negativas para a doença
em dois tipos de exame (PCR e imunoistoquímico). Já pelo Lacen-PE/
Fiocruz-PE, todos deram negativo
para febre amarela (técnica PCR).
Outras doenças foram analisadas.
Das amostras, três foram positivadas apenas para zika, duas para zika
e herpes e uma apenas para herpes.
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colhidas
nos animais, três acusaram
o vírus da zika, duas deram
zika e herpes e uma
indicou apenas herpes
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Destaca-se que a presença dos vírus
não significa que essa foi a causa da
morte dos primatas.
A SES-PE ressalta que deu todo o
apoio técnico e de infraestrutura ao
município de Camaragibe, auxiliando na coleta dos animais; realizando
treinamento e palestras educativas
com os profissionais da cidade e
com a população da área afetada; e
apoiando a vacinação na localidade.
Também foram realizadas coletas de
mosquitos para análise.
Não são registrados casos autóctones de febre amarela desde
1938 em Pernambuco. Ou seja,
desde então, não há a circulação da doença no Estado. Destaca-se também que os macacos
não transmitem a doença para os
humanos, sendo apenas vítimas
do vírus e servindo como importantes agentes sentinelas, que
alertam as autoridades sanitárias
sobre a circulação do vírus. Vale
ressaltar que Pernambuco reali-
za, desde 2017, a vigilância em
epizootia para monitorar o adoecimento ou a mortalidade de primatas não humanos e, desde então, não há nenhum óbito desses
animais no Estado relacionado à
febre amarela. Não se deve alimentar animais silvestres e, de
forma alguma, maltratá-los. Importante frisar que matar macaco
é um crime previsto em lei, com
sanções como prisão e pagamento
de multa.
V
– Neste mês de janeiro, a vacinação contra a febre
amarela entrou na rotina de imunização de 43 cidades que compõem a III
e V Gerências Regionais de Saúde
(Geres), com sede em Palmares, na
Mata Sul, e Garanhuns, no Agreste
Meridional de Pernambuco, respectivamente. A determinação de ampliar e incluir a vacina de forma rotineira é uma proposta do Ministério
da Saúde (MS) para todo o Brasil. A
proteção é voltada para crianças de 9
meses até adultos de 59 anos.
Neste primeiro momento, mais
de 1 milhão de pessoas já podem
se vacinar contra a febre amarela. A
partir de março de 2020, a expansão
acontecerá para todo o Estado de
Pernambuco, totalizando 8,4 milhões de pessoas beneficiadas. Essa
ação busca manter a população protegida contra a doença e, com isso,
evitar a reintrodução do vírus em
solo pernambucano.
Desde janeiro deste ano, mais
de 8 mil pessoas foram vacinadas
contra febre amarela entre os municípios da III Geres e 18 mil na V
Geres. Em Camaragibe, que disponibilizou postos para imunizar moradores de Aldeia, além de ação em
um dos condomínios onde foram
encontrados os macacos, 2,3 mil
pessoas foram imunizadas.
FUNASE
F
PROMOVE LEVANTAMENTO DE
INTERESSES DE SOCIOEDUCANDOS EM CURSOS
A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), vinculada à Secretaria
de Desenvolvimento Social,
Criança e Juventude de
Pernambuco (SDSCJ), está
promovendo o levantamento das áreas de qualificação
profissional que mais interessam aos adolescentes em
cumprimento de medidas
socioeducativas. O objetivo
é que, com os dados, a instituição possa atuar de forma
mais assertiva na oferta de
cursos, oficinas e treinamentos profissionalizantes, sobretudo por meio de parcerias. A expectativa é de que
socioeducandos de 17 das
24 unidades da Funase no
Estado, todas de internação
e de semiliberdade, participem do levantamento.
A coleta de informações é
feita anualmente. Em 2019,
por exemplo, a consolidação
dos dados ocorreu até março, quando se constatou que
as áreas mais demandadas
pelo público da Funase eram
as de mecânica, construção,
beleza e estética e alimentação. Na pesquisa, ainda são
colocadas à disposição dos
socioeducandos áreas como
barbearia, mobiliário, eletrônica, moda e vestuário,
tecnologia e refrigeração.
No ano passado, cursos com
esses temas contaram com a
oferta de mais de 3,7 mil vagas na Funase, índice 67%
maior que o contabilizado
em 2018, quando foram disponibilizadas 2.207 vagas
aos socioeducandos.
Para o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Sileno Guedes, resultados como esses
mostram a importância de
ações planejadas nessa área.
“Ao chegar junto dos adolescentes e oferecer cursos
em conformidade com os anseios deles e com bons níveis
de inserção no mercado, a
Funase tem possibilitado que
esses jovens construam uma
realidade nova e positiva.
Não à toa, no fim de 2019,
a profissionalização de adolescentes do sistema socioeducativo foi certificada como
uma prática que tem contribuído para a redução da
violência em Pernambuco. É
esse caminho que queremos
continuar trilhando”, afirma.
O coordenador do Eixo
Profissionalização, Esporte,
Cultura e Lazer da Funase,
Normando de Albuquerque,
responsável pela condução
do levantamento, explica
que a instituição tem buscado direcionar aos socioe-
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os dados, a Funase terá uma indicação dos cursos preferidos
e poderá buscar parceria para realizá-los
ducandos cursos nos temas
de preferência deles, mas a
inserção em áreas que não
tinham despertado tanto
interesse na pesquisa também tem gerado resultados
positivos, uma vez que isso
possibilita vivências diferenciadas e o surgimento de
vocações que nem os jovens
sabiam que tinham. “É exatamente essa a importância
do levantamento de interesses. Mais do que uma demanda que tomamos como
referência, podemos identificar o quanto daquilo que
foi oferecido na educação
profissional passou a ser incorporado como desejo pelo
grupo”, avalia.
A equipe responsável
pelo levantamento já passou
pelas cinco Casas de Semili-
berdade (Casem) da Região
Metropolitana do Recife e
por unidades de internação
como as situadas em Abreu
e Lima, no Cabo de Santo
Agostinho, em Timbaúba e
em Vitória de Santo Antão.
Nesta semana, estão sendo
ouvidos
socioeducandos
das unidades de Arcoverde,
Garanhuns e Caruaru, no
Interior.