DOEPE 25/01/2020 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
2 - Ano XCVII • NÀ 17
Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
Recife, 25 de janeiro de 2020
Porto de Suape volta a bater recorde
de movimentação de cargas
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Legenda
Em 2019, o porto pernambucano movimentou 23,8 milhões de toneladas, 2% a mais que em 2018.
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Porto de Suape bateu novo
recorde histórico em seus 41
anos de funcionamento: em
2019, foram 23,8 milhões de toneladas de cargas movimentadas, volume
2% superior ao do ano passado, quando foram movimentadas 23,4 milhões
de toneladas. O recorde anterior havia
sido batido em 2017, com 23,6 milhões de toneladas. Além de um sinal
de reação econômica, o resultado está
diretamente associado à diversificação
de cargas movimentadas no porto e foi
anunciado na manhã desta quinta (23),
em coletiva à imprensa, na Secretaria
de Desenvolvimento Econômico.
É o que comprovam os números
da carga conteinerizada, que também
bateu recorde histórico. Houve um
crescimento de 5,7%, passando de 5
milhões de toneladas em 2018 para
5,3 milhões, no ano passado, totalizando 291.166 toneladas a mais. Em
TEUs (do inglês Twenty-foot Equivalent Unit - unidade equivalente a 20
pés), esse crescimento foi de 4,7 %
CETAS TANGARA
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12.674 animais
acolhidos pelo Cetas
Tangara no ano passado,
10.119 foram aves
(de 454.721 mil TEUs para 476.304
mil TEUs). Nas duas medidas, o volume também é o maior até hoje e
mantém Suape na liderança regional
em movimentação de contêiner.
A movimentação de granéis líquidos (combustíveis, GLP, óleos minerais
etc.) ficou estável, com crescimento de
0,1%, passando de 17,624 para 17,634
milhões de toneladas, consolidando
Suape como maior hub de granéis líquidos do País. Esse tipo de carga representa 74% de toda a movimentação
no Porto e também é responsável por
Suape ser o principal porto de cabotagem do Brasil, pois, a partir dele, os
produtos são distribuídos para outros
terminais em navios menores.
A carga geral solta foi a que apresentou o maior percentual de crescimento entre todos os tipos de mercadorias, encerrando o ano com 386,5
mil toneladas e 54,8% de aumento,
tendo em vista que em 2018 o total
movimentado foi de 249,6 mil toneladas. Nesse grupo, estão as cargas como
FECHA O ANO DE
açúcar em saco (aumento de 346%),
torre e pá eólica (aumento de 323%),
chapas e bobinas de aço (aumento de
77%), tarugos e veículos, entre outros.
O grande incremento na carga solta
se deve às exportações de açúcar para
países da África e para a Turquia, e ao
embarque das peças de aço para Colômbia, Peru, Jamaica e Canadá.
“O resultado nos dá ainda mais
confiança no crescimento econômico do porto, principalmente porque
esse crescimento é baseado na carga
conteinerizada, que é a mais nobre e
com maior potencial para desenvolver o Estado de uma maneira geral
e que reforça o potencial de Suape
como centro de distribuição regional”, observou o presidente de Suape,
Leonardo Cerquinho. “Temos boas
perspectivas para os granéis líquidos,
sólidos e as cargas soltas, que tiveram
um aumento significativo porque o
setor de energia eólica ganhou fôlego.
Estamos certos de que 2020 será um
ano de resultados ainda melhores”.
2019
COM MAIS DE
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/CPRH
Granéis sólidos registraram crescimento de 5,5%, fechando o ano com
490,8 mil toneladas, 25 mil toneladas
a mais do que em 2018, impulsionado pela primeira movimentação
de coque da Refinaria Abreu e Lima
(RNEST), que embarcou 31 mil toneladas do produto para a China. Trigo
e escória completam esse grupo de
carga. O número de navios que atracaram no Porto de Suape subiu de
1.461 para 1.474 em 2019.
Na navegação de longo curso, a
importação de mercadorias aumentou 8,7%, somando 5,62 milhões de
toneladas em 2019, 450 mil toneladas a mais que 2018. A exportação
de cargas caiu 5,3%, totalizando 2,33
milhões de toneladas no ano passado
ante 2,46 milhões em 2018. Um dos
principais fatores foi a movimentação de veículos, que somou 46.721
unidades em 2019, 19.563 unidades
a menos que em 2018, queda motivada pela crise econômica na Argentina, principal destino dos veículos
exportados via Suape. Mesmo com
a redução, Suape continua sendo o
porto com maior movimentação de
veículos no Nordeste.
O secretário Bruno Schwambach reforçou que as perspectivas para
2020 são muito positivas para Suape
e para o Estado. “Estamos muito
animados, entre outras coisas, com a
venda da refinaria. Hoje ela tem operado com praticamente a metade de
sua capacidade (de 230 mil barris por
dia), porque não conseguiu concluir o
segundo trem. Então, a perspectiva é
de que um operador privado, no mínimo, conclua o que está faltando”,
declarou. Ele registrou que o Estado
fechou cerca de R$ 15 bilhões em investimentos em 2019 e que os novos
negócios vão gerar cerca de 22 mil
empregos em Pernambuco. E destacou que mesmo empresas instaladas
fora do território de Suape, como a
Ypê, que vai ser implantada em Itapissuma, no Grande Recife, deverá
aumentar a movimentação no porto.
MIL ACOLHIMENTOS DE ANIMAIS SILVESTRES
Ao longo do ano de 2019, o Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), registrou o acolhimento de 12.674 animais silvestres de espécies variadas, a maioria
vítima de tráfico. Entre as espécies acolhidas estão aves, répteis, mamíferos, crustáceos, anfíbios, aracnídeos e exóticos (não endêmicos da região). Grande parte
foi apreendida em ações de fiscalização e outros oriundos de entrega voluntária.
Desse total, cerca de nove mil foram reintroduzidos em seu ambiente natural.
O levantamento de 2019 aponta que, dos 12.674 animais acolhidos pelo Cetas
Tangara, 10.119 foram aves; 1.419 répteis; 896 mamíferos; 88 animais exóticos;
22 aracnídeos; 1 anfíbio. O Cetas registrou a entrada 138 animais em óbito, vítimas de maus tratos de os quais foram submetidos pelos traficantes ou nos locais
de comercialização.
Em quatro anos de funcionamento, o Cetas já recebeu 40.772. Desse total,
83% são pássaros, 8% réptil e 6% de mamífero. Mas também o Centro recebe, em
menor percentual, outras espécies de animais silvestres. Dados do levantamento
dos últimos quatro anos apontam que dos 40.772 animais que foram acolhidos
pelo Cetas Tangara, 33.752 foram aves, 3.359 répteis, 2.337 mamíferos, 501 crustáceos, 266 animais exóticos, 30 aracnídeo e dois anfíbios. Além de 485 registros
de entrada em óbitos, morreram por maus tratos no tráfico.
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- No final do ano passado, a CPRH adquiriu, com recursos provenientes de compensação ambiental, o terreno onde há quatro anos
funciona o Cetas Tangara. O espaço, composto por uma área de 3,6 hectares localizado no km 8 da Estrada da Mumbeca, no bairro da Guabiraba, no Recife,
recebe animais silvestres criados ou vendidos ilegalmente, para serem avaliados e
cuidados por veterinários e biólogos, antes de serem devolvidos à natureza.