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DOEPE - Recife, 28 de março de 2020 - Página 29

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DOEPE 28/03/2020 - Pág. 29 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco

Poder Executivo ● 28/03/2020 ● Diário Oficial do Estado de Pernambuco

Recife, 28 de março de 2020

Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo

CONTINUAÇÃO
operações) – Processo nº 0010440-56.2010.8.17.0810. O referido Pedido foi deferido em
26 de julho de 2010. O Plano de Recuperação Judicial (PRJ) foi apresentado em outubro
de 2010 e homologado pela justiça cível em 25 de janeiro de 2011.
A partir de então, foram iniciadas as medidas previstas no PRJ com o objetivo de
caminhar na direção da retomada das operações industriais, foram contratados alguns
prestadores de serviços de contabilidade, de auditoria independente, de advocacia e de
consultoria, religada a energia elétrica do escritório da administração, reativados sistemas
informatizados, retomadas a elaboração e o envio de informações periódicas ao mercado,
publicadas demonstrações ¿nanceiras e seus anexos, realizadas as assembleias de
acionistas e implementadas outras providências societárias.
Durante o exercício de 2011, foram saldadas as dívidas trabalhistas da controladora e da
controlada integral com a utilização dos recursos auferidos no leilão judicial trabalhista dos
imóveis onde funcionava a sede da Companhia e a unidade industrial da controladora, que
já havia sido desativada desde fevereiro de 2008.
Desde o exercício de 2012, a administração da Companhia continuou a trabalhar no
sentido de que as medidas previstas no PRJ pudessem ser implementadas e, assim,
possibilitar a captação de recursos para obter capital de giro necessário ao reinício das
atividades operacionais e/ou à propositura de alternativas que sejam viáveis e compatíveis
com a atual e complexa situação em que a companhia se encontra.
Nesse contexto e nos termos do item 8.8.3 do Plano de Recuperação Judicial homologado,
que prevê de forma especí¿ca a possibilidade de alienação das instalações atuais
para a retomada de suas atividades em local diverso, in verbis: “item 8.8.3. Retomada
das atividades operacionais: A retomada das atividades da fábrica poderá se dar em
local distinto das instalações atuais, haja vista que, para que possa gerar o capital de
giro indispensável à sua sustentabilidade, se faz necessária a captação de recursos,
e a forma que se apresenta no momento, são através da alienação do imóvel onde se
encontra instalada a controlada da Companhia” e, também, considerando a situação de
fragilidade ¿nanceira em que a Companhia se encontra, a Administração entendeu que
não havia sentido em continuar mantendo uma estrutura industrial com alto custo em um
local com excelente valorização imobiliária. Após exauridos os esforços de tentativa de
venda Judicial do imóvel em questão, estando prevista a possibilidade de venda dos bens
da empresa no PRJ homologado, consubstanciado pela legislação, a Administração da
Companhia requereu ao Juízo da 5ª Vara Cível da Comarca de Jaboatão dos Guararapes,
local onde se processa a Recuperação Judicial da Companhia, a determinação de
designação de hasta pública para venda do imóvel localizado na BR 101 Sul, Km 15,
Jaboatão dos Guararapes, inscrito na matrícula 49.218, do registro geral de imóveis de
Jaboatão dos Guararapes; entretanto, como o referido imóvel encontra-se penhorado
pela Receita Federal (processo 0015026-81.2006.4.05.8300 e seus apensos) em caso
de leilão, parte substancial dos recursos que poderiam vir a ser arrecadados teriam que
ser reservada para garantia daquele processo. Esse imóvel é o mais representativo ativo,
ainda, existente na Companhia e, portanto, aparentou ser a única possibilidade ainda
existente para o equacionamento das dívidas da Companhia para com os seus credores,
quer seja pela sua alienação e/ou locação.
Após diversas tentativas frustradas de venda judicial do imóvel acima referido, em 2015,
surgiu uma empresa de grande porte interessada em alugar o mesmo e, assim, foi ¿rmado
contrato de locação do imóvel acima referido por um período de cinco anos, renovável
por igual período, pois, aos olhos da administração da Companhia e dos seus consultores
jurídicos, pareceu essa ser, a curto/médio prazo, a única e melhor alternativa para gerar
os recursos necessários à continuidade do cumprimento das obrigações assumidas no
processo de recuperação judicial.
A Companhia ainda possui outros quatro pequenos imóveis na cidade de Barbacena/
MG, que também estão destinados à locação e cujos respectivos aluguéis contratados/
recebidos, também, são utilizados para o pagamento das obrigações da Companhia.
Dentre esses, encontra-se o imóvel onde a Companhia estava sediada até dezembro
de 2018, quando então iniciaram-se as medidas necessárias à transferência da sede
para o escritório onde de fato funciona a administração das empresas São José, na Rua
Pampulha, 141, no Bairro da Imbiribeira, na Cidade do Recife, no Estado de Pernambuco,
e, também, à inclusão das atuais atividades operacionais nos Estatutos da Companhia.
Dessa forma, após o recebimento do primeiro mês de aluguel do imóvel de Jaboatão
dos Guararapes/PE, em meados do exercício de 2015, a Companhia pode iniciar os
pagamentos dos demais credores inscritos em sua recuperação judicial, nos termos
estabelecidos no Plano de Recuperação Judicial (PRJ) e desde então vem cumprindo
as obrigações assumidas no PRJ, bem como pagando os credores extraconcursais
e, também, as suas despesas administrativas, com os recursos oriundos da receita de
aluguel de imóveis próprios que, presentemente, é a única/principal fonte de recursos da
companhia.
NOTA 2 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - As demonstrações
contábeis individuais e consolidadas foram elaboradas de acordo com as novas práticas
contábeis adotadas no Brasil e de acordo com as normas internacionais de relatório
¿nanceiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), tendo
atendidos os conceitos introduzidos pelas Leis nº 11.638/2007 e 11.941/2009, bem
como os Pronunciamentos, as Orientações e as Interpretações emitidas pelo Comitê
de Pronunciamentos Contábeis - CPC, as normas emitidas pela Comissão de Valores
Mobiliários - CVM e pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON.
As demonstrações contábeis consolidadas abrangem as demonstrações contábeis
da Companhia e de sua controlada direta São José do Nordeste Participações e
Empreendimentos Imobiliários Ltda. Na consolidação, foram eliminados os saldos ativos e
passivos, receitas, custos, despesas e lucros não realizados, se pertinente, decorrentes de
transações efetuadas entre as empresas.
NOTA 3 – PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS - São os seguintes os princípios e
práticas contábeis adotados na elaboração das demonstrações contábeis:
(a) Moeda funcional e moeda de apresentação. A moeda funciona da Companhia e de
sua controlada é o real, moeda do principal ambiente econômico no qual a Companhia
atua, mesma moeda de apresentação de preparação e apresentação das demonstrações
contábeis.
(b) Caixa e equivalentes de caixa. Incluem dinheiro em caixa e depósitos bancários.
(c) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. Foi constituída no montante que
se estima ser su¿ciente para cobrir possíveis perdas na realização das contas a receber.
(d) Investimentos. O investimento em controlada é avaliado pelo método da equivalência
patrimonial. Os demais investimentos estão demonstrados pelo custo de aquisição,
acrescido de correção monetária até 31 de dezembro de 1995, sem exceder os valores
de mercado.
(e) Imobilizado. Está demonstrado ao valor de custo de aquisição, acrescido de
correção monetária até 31 de dezembro de 1995, deduzido da depreciação acumulada. A
depreciação é calculada pelo método linear de acordo com as taxas mencionadas na Nota
6, que estão de acordo com a expectativa de vida útil dos bens.
(f) Perda por redução ao valor recuperável de ativos não ¿nanceiros (impairment).
Os bens do imobilizado e outros ativos não circulantes são avaliados anualmente para
identi¿car evidências de perdas não recuperáveis, ou, ainda, sempre que eventos ou
alterações signi¿cativas nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser
recuperável. Quando aplicável, ocorrendo perda decorrente das situações em que o valor
contábil do ativo ultrapasse seu valor recuperável, de¿nido pelo maior valor entre o valor
em uso do ativo e o valor líquido de venda do ativo, esta é reconhecida no resultado do
período.
(g) Demais ativos. São apresentados ao valor de custo ou realização, incluindo, quando
aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos até a data do balanço.
(h) Passivos circulante e exigível a longo prazo. São demonstrados por valores
conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e
variações monetárias incorridos até a data do balanço.
(i) Imposto de renda e contribuição social. O imposto de renda é calculado com base
no resultado, ajustado ao lucro real pelas adições e exclusões previstas na legislação. A
contribuição social é calculada com base no resultado antes do imposto de renda.
(j) Instrumentos ¿nanceiros. Em 31 de dezembro, o valor contábil dos instrumentos
¿nanceiros da companhia e de sua controlada, registrados no balanço, tais como
disponibilidades e ¿nanciamentos, se aproximam do valor de realização, por serem
representados principalmente por itens de curto prazo ou por estarem indexados a taxas
de mercado.
(k) Critérios de consolidação. As demonstrações consolidadas foram preparadas em
conformidade com as normas e procedimentos estabelecidos pela Comissão de Valores
Mobiliários - CVM e abrangem as demonstrações contábeis da companhia e da sua
controlada São José do Nordeste Participações e Empreendimentos Imobiliários Ltda. em
Recuperação Judicial. Na consolidação, foram eliminadas as participações da controladora
no patrimônio líquido da controlada, bem como os saldos ativos e passivos, receitas,

custos, despesas e lucros não realizados, decorrentes de transações efetuadas entre as
empresas.
NOTA 4 – VALORES A DISPOSIÇÃO DA JUSTIÇA - Nesta rubrica encontram-se
registrados os valores apurados nos leilões de imóveis da controladora em BarbacenaMG, realizados pela justiça do trabalho com o objetivo de pagar as indenizações dos
ex-funcionários da controladora e da controlada integral que foram demitidos e não
receberam. De acordo com o que está estabelecido no PRJ, parte substancial desses
valores foram usados/baixados durante o exercício de 2011, mediante determinação
do juízo da recuperação judicial, para o pagamento dos credores trabalhistas (Classe
1). O saldo remanescente em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 refere-se a alguns
processos trabalhistas, cujos pagamentos, ainda não foram autorizados/liberados pelo
Juízo Recuperacional.
NOTA 5 – INVESTIMENTO EM EMPRESA CONTROLADA - Os principais saldos e
transações com a controlada São José do Nordeste Participações e Empreendimentos
Imobiliários Ltda. – Em Recuperação Judicial são os seguintes:
2019
2018
Participação na controlada:
Capital social
17.469
17.469
Patrimônio líquido
(67.286)
(124.736)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício
(492)
26.022
Participação no capital social
99,9993% 99,9993%
Quantidades de cotas (em milhares)
416
416
Equivalência patrimonial - Provisão para perda:
Saldos no início do exercício
(67.286)
(93.308)
Reversão (constituição) de provisão para perda (resultado)
(492)
26.022
Saldos no ¿nal do exercício
(67.778)
(67.286)
Saldos e transações com a controlada:
Demonstração do resultado:
Equivalência patrimonial/Provisão para perda
(492)
26.022
As transações entre partes relacionadas, substancialmente com a controlada, foram efetuadas
em condições consideradas pela Administração como compatíveis com as de mercado.
As demonstrações contábeis desta controlada foram revisadas, na extensão julgada
necessária, pelos mesmos auditores independentes da controladora.
NOTA 6 – IMOBILIZADO
Taxas
Anuais de
Controladora
Consolidado
Depreciação
2019
2018
2019
2018
Terrenos
330
330
568
566
Edi¿cações
1,7% a 7,7%
515
515
5.489
5.489
Móveis e utensílios
4% a 50%
28
28
Máquinas e instalações
industriais
2,2% a 33,3%
Outros
23
23
845
845
6.108
6.106
Depreciação acumulada
(515)
(515)
(5.450)
(5.450)
330
330
658
656
A Companhia identi¿cou indicadores que determinaram reduzir o valor de realização de seus
ativos imobilizados, em especial, máquinas e equipamentos, em 31 de dezembro de 2013, com
base em suas análises dos Àuxos de caixa descontados, desta forma, ajustou o saldo destes
bens para assegurar a consistência com as políticas contábeis adotadas pela Administração.
NOTA 7 – CONTINGÊNCIAS
7.1 – Contingências ¿scais ativas - A Controlada, São José do Nordeste, possui crédito
junto a Fazenda Nacional, referente decisão da ação 1073-58.1991.4.05.8300 já transitado
em Julgado. Apesar da Ordem judicial de compensação do crédito existente com as
parcelas vencidas do Re¿s, a compensação não foi realizada e a Secretaria da Receita
Federal do Brasil (RFB) desabilitou em dezembro de 2013 a empresa do Re¿s. O crédito
da São José do Nordeste, em dezembro de 2013 alcançava valores na ordem de 4,3
Milhões. A ¿m de ser reinserido no Re¿s, foi ajuizada ação ordinária com pedido liminar
para reinclusão ao pedido de parcelamento (Processo n.º 0800951-23.2014.4.05.8300,
na 2ª Vara Federal Justiça Federal do Estado de Pernambuco). Em meados de 2015, a
decisão da referida ação foi favorável à Companhia. Durante o exercício de 2018, a São
José do Nordeste aderiu ao PERT e utilizou, com autorização da Justiça Federal, parte dos
créditos existentes junto à Fazenda Nacional, que já se encontravam depositados em juízo,
para o pagamento das parcelas iniciais do referido parcelamento. Já em 2018, as parcelas
únicas/¿nais foram pagas/compensadas com saldos de prejuízos ¿scais e bases negativas
de contribuição social acumulados, bem como o saldo remanescente dos créditos já
depositados em juízo foram/serão utilizados para o pagamento de dívidas remanescentes
junto à RFB/PGFN que não puderam ser incluídas no PERT em função das disposições
legais e regulamentares. Os efeitos da utilização de parte dos prejuízos ¿scais e bases
negativas de contribuição social, no montante de R$ 28.845 mil, foram reconhecidos no
resultado do exercício de 2018, na linha de provisão para o IRPJ e CSLL como versão.
7.2 – Contingências passivas - A Companhia e sua controlada possuem ações judiciais em
andamento envolvendo questões cíveis, tributárias e trabalhistas. A Administração, com base
em análise destas ações e em informações de seus assessores jurídicos, considera que os
passivos registrados são su¿cientes para cobrir eventuais perdas com as ações em curso.
NOTA 8 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(a) Capital subscrito e integralizado: O capital subscrito e integralizado da controladora
está dividido em 4.500 mil ações ordinárias e 9.000 mil ações preferenciais, sem valor
nominal. Cada ação ordinária dá direito a um voto nas deliberações societárias. As ações
preferenciais não têm direito a voto, porém têm prioridade no caso de reembolso de capital
e direito ao recebimento de dividendo, por ação preferencial, 10% (dez por cento) maior do
que o atribuído a cada ação ordinária.
(b) Ações em tesouraria: São representadas por 66 ações ordinárias, e 948.117 ações
preferenciais, que foram adquiridas em 1991, para posterior recolocação no mercado,
conforme autorização da CVM.
NOTA 9 – IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - As provisões para o
imposto de renda e a contribuição social, quando requeridas, são registradas contabilmente
com base na legislação em vigor e na regulamentação dos incentivos ¿scais possuídos
pela controlada. Os efeitos do IRPJ e da CSLL são reconhecidos no resultado do exercício
a que competem.
Na controladora o prejuízo ¿scal acumulado totalizou em R$ 115,7 milhões em 2019, R$
112,1 milhões em. A base de cálculo negativa da contribuição social totalizou em R$ 113,5
milhões em 2019, R$ 109,9 milhões em 2018. Na controlada o prejuízo ¿scal e a base de
cálculo negativa da contribuição social totalizaram, R$ 114,8 milhões em 2019 e R$ 114,3
milhões em 2018 cada um.
Em novembro de 2009, nos termos da Lei nº 11.941, de 27.05.2009, as companhias,
controladora e controlada, aderiram ao programa de recuperação ¿scal estabelecido pela
referida lei. Foram incluídos nesse parcelamento a totalidade dos débitos administrados
pela SRF e na PGFN que se encontravam pendentes de pagamento. Por ocasião da
adesão, tanto a controladora quanto a controlada optaram pela utilização do prejuízo
¿scal e da base negativa da contribuição social para amortizar parte dos débitos ¿scais
que se encontravam em atraso. Os pagamentos das parcelas do referido programa foram
realizados regularmente até o mês de agosto de 2011 (vide Nota 7.1).
NOTA 10 - HONORÁRIOS DA ADMINISTRAÇÃO - A Companhia é administrada por um
Conselho de Administração e uma Diretoria Executiva; foram pagos aos administradores R$
261 mil (sendo R$ 223 mil à diretoria e R$ 38 mil ao conselho de administração) em 2019 e
R$ 226 mil (sendo R$ 190 mil à diretoria e R$ 36 mil ao conselho de administração) em 2018.
NOTA 11 - AUTORIZAÇÃO PARA CONCLUSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES - A diretoria
da Companhia autorizou a conclusão das presentes demonstrações contábeis em 26
fevereiro de 2020, as quais consideram os eventos subsequentes ocorridos até esta data,
que pudessem ter efeito sobre estas demonstrações contábeis.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DIRETORIA

Oscar Augusto Rache Ferreira
Presidente

Oscar Augusto Rache Ferreira
Diretor-Presidente

Vera Lydia Ferreira Durso

Átalo Durso
Diretor

Oscar de Magalhães Ferreira

RESPONSÁVEL TÉCNICO
Márcia Helena dos Santos
Contador-CRC-MG-076166/O-1

Ano XCVII • NÀ 58 - 29
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Aos Administradores e Acionistas da Fiação e Tecelagem São José S.A. - Em
Recuperação Judicial
Opinião
Examinamos as demonstrações contábeis individuais e consolidadas da Fiação e
Tecelagem São José S.A. – Em Recuperação Judicial (“Companhia”), identi¿cadas
como controladora e consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço
patrimonial em 31 de dezembro de 2019 e as respectivas demonstrações do resultado,
das mutações do patrimônio líquido (passivo a descoberto) e dos Àuxos de caixa para o
exercício ¿ndo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as
demais notas explicativas.
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis individuais e consolidadas acima referidas
apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial
e ¿nanceira, individual e consolidada, da Fiação e Tecelagem São José S.A. – Em
Recuperação Judicial, o desempenho individual e consolidado de suas operações e
os seus respectivos Àuxos de caixa individuais e consolidados para o exercício ¿ndo
naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil com as normas
internacionais de relatório ¿nanceiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting
Standards Board (IASB).
Base para opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas
na seção a seguir intitulada de “Responsabilidades do auditor pela auditoria das
demonstrações contábeis individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação
à Companhia e suas controladas, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos
no Código de Ética Pro¿ssional do Contador e nas normas pro¿ssionais emitidas pelo
Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas
de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é su¿ciente
e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Ênfase
Incerteza relevante relacionada a continuidade operacional
As demonstrações contábeis foram preparadas no pressuposto na continuidade normal de
suas operações. A companhia vem apresentando prejuízos consecutivos e insu¿ciência
signi¿cativa de capital de giro ao longo dos últimos anos.
Conforme comentado na Nota Explicativa nº 1, em junho de 2009, a Administração da
Companhia foi obrigada a paralisar completamente as suas atividades de fabricação
e comércio de tecidos e a demitir a totalidade dos seus empregados, em junho de
2009 e ingressou com processo de Recuperação Judicial na tentativa de possibilitar o
equacionamento da situação ¿nanceira e patrimonial, visando a continuidade operacional.
Em 12 de julho de 2010, a Companhia protocolou Pedido de Recuperação Judicial na 5ª
Vara Cível da Comarca de Jaboatão dos Guararapes – PE, sendo o processo tombado sob
o nº 0010440-56.2010.8.17.0810. Em 26 de julho de 2010, obteve o deferimento do referido
pedido. Em outubro de 2010 a Companhia apresentou o Plano de Recuperação Judicial
(PRJ). Em 25 de janeiro de 2011, o PRJ foi homologado pela referida vara da justiça cível.
Embora as atividades industriais, ainda, se encontrem paralisadas, a administração da
Companhia vem adotando as medidas previstas no Plano de Recuperação Judicial – PRJ
com o objetivo de saldar as suas obrigações, sobretudo com os recursos apurados com a
locação de ativos imobilizados.
A partir do exercício de 2019, a Companhia passou a desenvolver as atividades de
administração e locação de imóveis próprios e de participações em outras sociedades.
Em 31 de dezembro de 2019, a Companhia apresentou um passivo a descoberto de R$
154.391 mil e índices ¿nanceiros adversos, devido aos prejuízos apresentados nos últimos
exercícios.
As demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com as práticas contábeis
aplicáveis a uma empresa em continuidade normal dos negócios e não incorporam
quaisquer ajustes contábeis que seriam necessários na hipótese de uma descontinuidade
operacional de¿nitiva. Nossa opinião não está ressalvada em relação a esse assunto.
Principais assuntos de auditoria
Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento pro¿ssional,
foram os mais signi¿cativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos
foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações contábeis individuais e
consolidadas como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações
contábeis individuais e consolidadas e, portanto, não expressamos uma opinião separada
sobre esses assuntos.
Em função de, conforme descrito na Nota Explicativa nº 1 às demonstrações contábeis,
as atividades industriais da Companhia estarem paralisadas há alguns anos e ao fato da
mesma encontrar-se em Recuperação Judicial, o único Principal Assunto de Auditoria
disse respeito à reativação das atividades da Companhia que passou a ocorrer a partir do
exercício de 2019, com as atividades de administração e locação de imóveis próprios e de
participação em outras sociedades, conforme já descrito no parágrafo “Incerteza Relevante
Quanto à Continuidade Operacional”.
Outros assuntos
Demonstração do valor adicionado
Examinamos também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado
(DVA), referentes ao exercício ¿ndo em 31 de dezembro de 2019, cuja apresentação é
requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas e como informação
suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações
foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente
e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos
relevantes, em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
Outras informações que acompanham as demonstrações contábeis individuais e
consolidadas e o relatório do auditor
A administração da Companhia é responsável por essas informações que compreendem
o Relatório de Administração.
Nossa opinião sobre as demonstrações contábeis individuais e consolidadas não abrange
o Relatório de Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria
sobre este relatório.
Em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis individuais e consolidadas,
nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração, quando ele nos for
disponibilizado, e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante,
inconsistente com as demonstrações contábeis ou com o nosso conhecimento obtido na
auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no
trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração,
somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a respeito.
Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações
contábeis individuais e consolidadas
A Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das
demonstrações contábeis individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório ¿nanceiro (IFRS), emitidas
pelo International Accounting Standards Board (IASB), e pelos controles internos que ela
determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis
livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro.
Na elaboração das demonstrações contábeis individuais e consolidadas, a Administração
é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando,
divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade
operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a
não ser que a Administração pretenda liquidar a Companhia e suas controladas ou cessar
suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento
das operações.
Os responsáveis pela governança da Companhia e suas controladas são aqueles com
responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações
contábeis.
Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis
individuais e consolidadas
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis
individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante,
independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo
CONTINUA

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