DOEPE 28/03/2020 - Pág. 37 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Recife, 28 de março de 2020
Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
...continuação - CONCESSIONÁRIA ROTA DO ATLÂNTICO S.A.
Parte relacionada
Odebrecht
OAS
INVEPAR
Odebrecht
Total
Transação
Adiantamento
Adiantamento
Mútuo (a)
Mútuo (a)
31/12/2018
Ativo
Não circulante
181
181
362
Relação
Controlador
(b)
Coligada
Controlador
(a) Em 09 de junho de 2015, a Companhia contratou mútuo no valor
de R$ 55.000, sendo R$ 27.500 contratado da OTP e R$ 27.500 da
Invepar, o qual está sendo atualizado pelo percentual de 130% do
CDI. O prazo de pagamento original da operação com renovação automática e mensal até 10 de dezembro de 2015 foi alterado para 15
de janeiro de 2029, conforme 1o Aditivo celebrado em 09 de dezembro de 2015. O saldo devedor poderá ser liquidado por meio de
endividamentos de longo prazo previamente autorizados pelo
BNDES, ou de geração de caixa excedente do próprio projeto. Em 31
de dezembro de 2019 o saldo da dívida é de R$ 94.978 (R$ 88.084
em 31 de dezembro de 2018). (b) OAS fazia parte do Grupo Invepar,
apenas em Mai/19 a venda foi concluída. Remuneração da Administração: Em 29 de abril de 2019, foi aprovado em Ata da Assem-
Passivo
Circulante
Não circulante
44.042
44.042
88.084
Resultado
Despesas
(3.424)
(3.424)
(6.848)
bleia Geral Extraordinária o montante máximo de remuneração global anual dos administradores de até R$ 1.965. A remuneração total
paga aos Administradores no exercício findo em 31 de dezembro de
2019 totalizou R$ 2.169 (R$ 1.426 em 31 de dezembro de 2018).
Composição
31/12/2019 31/12/2018
Pró-labore
925
1.141
Bônus variáveis
692
Benefícios de rescisão de contrato de trabalho
122
Encargos
324
214
Benefícios
106
71
Total
2.169
1.426
12. ARRENDAMENTO MERCANTIL: O cálculo do valor presente foi efetuado considerando-se uma taxa de juros real de 6,1 % ao ano.
Saldo
Adoção inicial
Ajuste a valor
Pagamentos
IFRS 16/CPC 06
Adição
presente Pagamentos
de Juros Transferência Saldo Final
inicial
Circulante
1.345
235
(375)
(979)
(161)
210
275
Não circulante
2.145
80
(210)
2.015
A contrapartida da adoção inicial foi reconhecida no ativo intangível.
13. PATRIMÔNIO LÍQUIDO. a) Capital social: Em 31 de dezembro de
2019 e 2018, o capital social da Companhia está representado da seguinte forma:
Quantidade de
Acionista
ações ordinárias
Capital social
Participação
Invepar
70.719.454
63.378
50%
ODB Rodovias
70.719.454
63.378
50%
141.438.908
126.756
100%
b) Prejuízo por ação básico: Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a
Companhia não possuía outros instrumentos que, potencialmente poderiam diluir os resultados por ação.
31/12/2019 31/12/2018
Lucro líquido / Prejuízo do exercício
15.218
(14.181)
Média ponderada de ações (em milhares)
141.439
141.439
Lucro/ Prejuízo por ação – básico e
diluído (em reais)
0,11
(0,10)
14. RECEITA LÍQUIDA: A Companhia apresentou suas demonstrações
dos resultados findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018 por função e
apresenta, a seguir, o detalhamento por natureza:
Receita operacional líquida
31/12/2019 31/12/2018
Receita de pedágio (a)
52.859
49.737
Receita acessória (b)
1.162
1.215
Receita de construção (c)
5.270
2.695
Impostos sobre receita
(4.695)
(4.481)
54.596
49.166
(a) Refere-se à receita oriunda da arrecadação das cinco praças de pedágio ao longo da rodovia. (b) Receita alternativa ou complementar de
permissão de uso da faixa de domínio (dutos, publicidade, torres de
transmissão, posto de combustível), cuja finalidade é favorecer a modicidade tarifária nos termos do Contrato de Concessão. (c) A Companhia reconheceu receita de obras de infraestrutura nos termos da
interpretação técnica ICPC 01 – Contratos de Concessão. Na apuração
do valor justo da sua contraprestação, a Companhia utilizou o custo total
incorrido com as obras de infraestrutura, somado 1% de margem.
15. CUSTOS E DESPESAS POR NATUREZA
Custos dos serviços
31/12/2019 31/12/2018
Pessoal
(7.667)
(7.059)
Serviços de terceiros
(8.816)
(8.831)
Material, equipamentos e veículos
(1.077)
(2.213)
Amortização
(9.694)
(9.714)
Provisão para manutenção e conservação
(1.353)
(1.846)
Outros custos
(1.151)
(2.578)
Custo de construção ICPC01 (a)
(5.218)
(2.669)
(34.976)
(34.910)
(a) Até 31 de dezembro de 2019, os custos de obra de infraestrutura
referem-se aos custos apurados e lançados tomando-se por base as
orientações contidas na Interpretação Técnica ICPC 01 – Contratos de
Concessão.
Despesas gerais e administrativas
31/12/2019 31/12/2018
Pessoal
(5.864)
(4.489)
Serviços de assessoria e consultoria
(719)
(2.742)
Gastos gerais administrativos
(947)
(1.133)
Provisão para manutenção e conservação
(285)
Depreciação
(39)
(17)
Outras despesas
(842)
(20)
(8.411)
(8.686)
16. RESULTADO FINANCEIRO
31/12/2019 31/12/2018
Receitas financeiras
Rendimento de aplicação financeira
627
1.027
Outras receitas financeiras
20
176
647
1.203
Despesas financeiras
Juros sobre empréstimos e financiamentos
(10.359)
(12.168)
Variação monetária passiva
(442)
Juros sobre contrato de mútuo
(6.893)
(6.848)
Comissões e despesas bancárias
(202)
(184)
Juros sobre contratos arrendamento
(161)
Outras despesas financeiras
(66)
(94)
(18.123)
(19.294)
17.476
18.091
17. PROVISÃO PARA RISCOS PROCESSUAIS: A Companhia é parte
envolvida em processos cíveis, trabalhistas e tributários, com discussão em esfera judicial. A Administração, baseada na opinião dos assessores jurídicos externos da Companhia, entende não ser necessária
a constituição de provisão para perdas decorrente desses processos
em virtude de não ser provável a ocorrência de uma saída de recursos
financeiros. Em 31 de dezembro de 2019, o montante de ações considerável como possível perda pelos assessores jurídicos externos é de
R$ 1.779 (R$ 1.657 em 31 de dezembro de 2018). Adicionalmente, em
25 de agosto de 2017, a Companhia foi comunicada pela Câmara de
Comércio Brasil-Canadá (CCBC) de Notificação Inicial de Procedimento
Arbitral, instaurado pelo Consórcio Expressway, formado pelas construtoras CNO e OAS (em recuperação judicial). De 25 de fevereiro de
2019 a 21 de agosto de 2019, foram proferidas a Ordens Processuais
no 2 a 5, relativas à apresentação de provas. Em 02 de setembro de
2019, foi proferida a Ordem Processual no 6, na qual se acolheu o pedido de adiamento das oitivas das testemunhas técnicas, fáticas e representantes legais para os dias 11 a 13 de dezembro de 2019. Ao final
destas oitivas, em 12 de dezembro de 2019, o tribunal fixou prazos até
o dia 07 de fevereiro de 2020, quando foram especificadas as razões de
cada parte para produção de eventual prova pericial, bem como juntada
de novos documentos; e até o dia 20 de fevereiro de 2020 para as partes se manifestarem sobre as observações e documentos da contraparte, o que foi feito tempestivamente. Aguarda-se a definição do
Tribunal Arbitral quanto à necessidade de produção de prova pericial e
demais andamentos no Procedimento Arbitral. A Administração e seus
consultores externos entendem não haver, no momento, parâmetros
para mensuração de resultados.
18. SEGUROS: A Companhia mantém contratos de seguros com coberturas determinadas por orientação de especialistas, considerando a
natureza e o grau de risco, por montantes considerados suficientes para
cobrir eventuais perdas significativas sobre seus ativos, os quais não
foram escopo de análise por nossos auditores independentes. A contratação de seguros é baseada no cumprimento das obrigações contidas em cláusula específica do Contrato de Concessão, onde são
exigidos: (i) Seguros de riscos operacionais; (ii) Seguro garantia de execução; (iii) Seguro de responsabilidade civil de operações e (iv) Seguro
de responsabilidade civil de obras. Não é parte do escopo do auditor independente avaliar a da adequação das coberturas de seguros contratados pela administração da Companhia. Até 31 de dezembro de 2019,
foram contratados os seguros demonstrados a seguir:
Modalidade
Cobertura
Vigência até
Seguradora
Respons. civil geral
50.000
Dez. de 2021
Tokio Marine
Seguro garantia
de execução
35.275
Dez. de 2020 Fator Seguradora
Risco operacional
135.000 Junho de 2020
XL Seguros
Seguro D&O
20.000 Junho de 2020
AXA Seguros
19. INSTRUMENTOS FINANCEIROS: Os valores de realização estimados de ativos e passivos financeiros da Companhia foram determinados por meio de informações disponíveis no mercado e metodologias
apropriadas de avaliações. Entretanto, considerável julgamento foi requerido na interpretação dos dados de mercado para produzir a estimativa do valor de realização mais adequada. Como consequência, as
estimativas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que
poderão ser realizados no mercado de troca corrente. O uso de diferentes metodologias de mercado pode gerar alterações nos valores de
realização estimados. A administração desses instrumentos é efetuada
por meio de estratégias operacionais, visando liquidez, segurança e rentabilidade. A política de controle consiste em acompanhamento permanente das taxas contratadas versus as vigentes no mercado, bem como
na avaliação da situação econômico-financeira das instituições envolvidas. A Companhia não efetua aplicações de caráter especulativo, em
derivativos ou quaisquer outros ativos de risco. A Companhia adota procedimento de gestão de riscos de liquidez, de mercado e de crédito,
através de mecanismos de manutenção de caixa mínimo e de mercado
financeiro que buscam minimizar a exposição de seus ativos e passivos,
protegendo a rentabilidade dos contratos e patrimônio. Os valores constantes nas contas do ativo e passivo, como instrumentos financeiros,
encontram-se atualizados na forma contratada até 31 de dezembro de
2019 e 2018 correspondem, aproximadamente, ao seu valor de mercado. Esses valores estão apresentados a seguir:
31/12/2018
31/12/2019
Valor
Custo Valor
Custo
Instrumentos financeiros
justo amortizado
justo amortizado
Ativos
Caixa e equiv. de caixa
5.103
- 10.247
Contas vinculadas (*)
5.472
- 5.218
Contas a receber
2.941
1.854
Total do ativo
10.575
2.941 15.465
1.854
Passivos
Fornecedores
2.963
2.484
Partes relacionadas
95.006
88.084
Emprést. e financiamentos
115.580
124.819
Arrendamento Mercantil
2.290
Total do passivo
215.839
215.387
(*) Registrado no passivo não circulante para refletir a intenção da Companhia em liquidar seus passivos financeiros (vide Nota no 9). Os saldos contábeis dos ativos e passivos financeiros registrados ao custo
amortizado se aproximam do valor de mercado. As operações da Companhia estão sujeitas aos fatores de riscos abaixo descritos: a. Critérios, premissas e limitações utilizadas no cálculo dos valores de
mercado: Os valores de mercado informados não refletem mudanças
subsequentes na economia, tais como taxas de juros e alíquotas de impostos e outras variáveis que possam ter efeito sobre sua determinação. Os seguintes métodos e premissas foram adotados na
determinação do valor de mercado: • Os saldos em conta corrente mantidos em bancos têm seus valores de mercado semelhantes aos saldos
contábeis. Para as aplicações financeiras, os valores contábeis informados no balanço patrimonial aproximam-se do valor de mercado em
virtude do curto prazo de vencimento. b. Concentração de risco de crédito: Instrumentos financeiros que potencialmente sujeitam a Companhia a concentrações de risco de crédito consistem, primariamente, de
caixa, bancos e aplicações financeiras. A Companhia mantém contas
correntes bancárias e aplicações financeiras em diversas instituições financeiras, de acordo com critérios objetivos para diversificação de riscos de crédito. c. Análise de sensibilidade de variações na moeda
estrangeira e nas taxas de juros: A previsão de fluxo de caixa é realizada
pela Companhia, sendo sua projeção monitorada continuamente, a fim
de garantir e assegurar as exigências de liquidez, os limites ou cláusulas dos contratos de empréstimo e caixa suficiente para atendimento às
necessidades operacionais do negócio. A Administração adotou medidas para suprir uma eventual insuficiência de capital de giro através da
contratação de financiamento de longo prazo e contratação de mútuo de
longo prazo junto aos acionistas. No quadro abaixo, são considerados
três cenários sobre os ativos e passivos* financeiros relevantes, sendo:
(i) cenário provável, aquilo que a Companhia espera que se concretize;
e (ii) cenários variáveis chaves, com os respectivos impactos nos resultados da Companhia. Esses cenários foram definidos com base na expectativa da Administração para as flutuações das variáveis chaves nas
datas de vencimento dos respectivos contratos sujeitos a estes riscos.
Além do cenário provável, estão sendo apresentados mais dois cenários
com deterioração de 25% e 50% da variável do risco considerado. *A
Administração não considera que as operações de passivo financeiro
possuam expectativa variável relevante de risco para apresentação. As
taxas consideradas foram:
Indicador
Cenário I provável
Cenário A Cenário B
DI ativo (% ao ano)
4,27%
3,20%
2,14%
TJLP (% ao ano)
4,83%
6,04%
7,25%
Os indicadores utilizados para 2020 foram obtidos das projeções do
Bacen, com exceção da TJLP, que foram utilizadas a média dos três
maiores bancos privados de acordo com o ranking do Banco Central.
Cenário Cenário Cenário
Operação
Risco 31/12/19 provável
A
B
Ativo financeiro
Equivalente de caixa
Certif. Depósito
Bancário - CDB
DI
4.758
203
152
101
Passivo financeiro
Emprést.-Bco BNDES TJLP 115.580
5.583
6.981
8.380
d. Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros: O
risco de taxa de juros da Companhia decorre de empréstimos e financiamentos de curto e longo prazo. Os empréstimos às taxas variáveis expõem a Companhia ao risco de taxa de juros de fluxo de caixa. Os
empréstimos às taxas fixas expõem a Companhia ao risco de valor justo
associado à taxa de juros. Durante o período findo em 31 de dezembro
de 2019, os empréstimos e financiamentos da Companhia às taxas variáveis eram exclusivamente mantidos em reais. e. Gestão do capital: A
Companhia monitora o capital com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida expressa como percentual do capital total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao
total de partes relacionadas somada com empréstimos e financiamentos (incluindo empréstimos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no balanço patrimonial), subtraído do montante de caixa e
equivalentes de caixa e contas vinculadas. O capital total é apurado através da soma do patrimônio líquido, conforme demonstrado no balanço
patrimonial, com a dívida líquida.
Os índices de endividamento podem ser assim sumarizados:
31/12/2019 31/12/2018
Empréstimos e financiamentos
110.108
119.601
Partes Relacionadas
95.006
88.084
Caixa e equivalentes de caixa
(5.103)
(10.247)
Dívida Líquida
200.011
197.438
Patrimônio Líquido
(57.091)
(41.873)
Patrimônio Líquido e Dívida líquida
164.423
155.565
Índice de alavancagem financeira (%)
82
79
20. TRANSAÇÕES NÃO CAIXA: A seguir demonstramos os efeitos de
transações que não afetaram o caixa, cujos ajustes foram efetuados na
demonstração do fluxo e caixa no exercício. Caso as operações tivessem afetado o caixa seriam apresentadas nas rubricas do fluxo de caixa
a seguir:
31/12/2019 31/12/2018
Aquisição de intangível ainda não liquidado
financeiramente (Fornecedores)
2.213
163
21. EVENTO SUBSEQUENTE. Alienação CRA: Em 7 de fevereiro de
2020, a Odebrecht Rodovias S.A. (“ODB Rodovias”) firmou Contrato de
Compra e Venda de Ações para a alienação de sua participação na
Companhia, sendo que a conclusão final está sujeita a satisfação de algumas condições precedentes. COVID-19 (“Coronavírus”): Os casos de
COVID-19 continuam avançando e afetando várias regiões do país.
Neste sentido, a Companhia destaca que, a despeito dos inúmeros estudos que vem sendo cuidadosamente realizados, há grande incerteza
sobre os efeitos da pandemia na economia local e global, inclusive em
relação ao tempo necessário para conter o avanço do vírus. Por isso,
não é possível, nesse momento, precisar os reais impactos do avanço
do COVID-19 para os negócios e/ou para as estimativas contábeis. Além
dos efeitos adversos, as consequências de algumas medidas que precisam ser tomadas, principalmente as relacionadas às restrições de mobilidade, gerando queda no fluxo de passageiros e reduzindo assim o
tráfego, especialmente de veículos leves. A Administração da Companhia seguirá atenta e diligente a toda e qualquer informação ou evento
relacionado ao COVID-19, de forma a deixar seus acionistas e o mercado em geral informados acerca de mudanças de avaliação ou outros
fatores que tragam efeitos relevantes para os negócios. Diretor Presidente: Elias Lages de Magalhães Neto; Diretor Administrativo Financeiro: Carlos Alexandre Afonso Gonçalves; Contadora: Simone
Farias de Menezes - CRC-PE 024792/O-6 CPF 012.295.734-29.
RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Aos Acionistas, Conselheiros e Administradores da Concessionária
Rota do Atlântico S.A. - Recife – PE.
Opinião: Examinamos as demonstrações contábeis da Concessionária Rota do Atlântico S.A. – CRA (“Companhia”), que compreendem o
balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2019 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do
Ano XCVII • NÀ 58 - 37
patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa
data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o
resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente,
em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira,
da Concessionária Rota do Atlântico S.A. – CRA em 31 de dezembro de 2019, o desempenho de suas operações e os seus fluxos
de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Base para opinião: Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção “Responsabilidades
do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios
éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de
Contabilidade, e cumprimos as demais responsabilidades éticas de
acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Ênfase - Procedimento arbitral: Chamamos a atenção para a Nota
Explicativa no. 17 às demonstrações contábeis, que inclui informações referentes ao recebimento pela Companhia, em 25 de agosto de
2017, de Notificação para Instituição de Procedimento Arbitral encaminhada pelo Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CAM-CCBC), tendo como Requerentes a
Construtora Norberto Odebrecht S.A. e a Construtora OAS S.A. (em
recuperação judicial), a fim de dirimir conflito originado do contrato
de execução de obras civis do complexo viário e logístico de Suape
– Expressway, firmado pelas partes em 29 de julho de 2011. Seguindo o Regulamento da CAM-CCBC, em 11 de setembro de 2017
a Companhia apresentou resposta ao pedido de instauração de procedimento arbitral acima referido. Desde então, outras medidas foram
ajuizadas referente à citada discussão. No momento, os assessores
legais da Companhia não têm condições de realizar uma avaliação
da probabilidade de êxito dos pedidos das requerentes, procedimento
este, que somente poderá ser efetuado durante o curso do processo
de arbitragem. As demonstrações contábeis da Companhia não incluem quaisquer efeitos que possam advir desses assuntos. Nossa
opinião não está ressalvada em relação a esse assunto. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis: A administração é responsável pela elaboração e
adequada apresentação das demonstrações contábeis de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante,
independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração
das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela
avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das
demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.
Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com
responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis. Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis: Nossos objetivos são obter
segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas
em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente
se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo
nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança,
mas, não, uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com
as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam
as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem
ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes
quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro
de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários
tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis. Como
parte da auditoria realizada, de acordo com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: • identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas
demonstrações contábeis, independentemente se causada por
fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtivemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O
risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é
maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o
ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou
representações falsas intencionais. • obtivemos entendimento dos
controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não com
o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia; • avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e
respectivas divulgações feitas pela administração; • concluímos sobre
a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe uma incerteza relevante em relação a eventos ou
condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em
nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou incluir modificação em nossa opinião, se
as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso
relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional; • avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das
demonstrações contábeis, inclusive as divulgações e se as demonstrações contábeis representam as correspondentes transações e os
eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a
respeito, entre outros aspectos, do alcance e da época da auditoria
planejados e das constatações significativas de auditoria, inclusive
as deficiências significativas nos controles internos que, eventualmente, tenham sido identificadas durante nossos trabalhos.
Rio de Janeiro, 20 de março de 2020
Ana Cristina Linhares Areosa
CT CRC RJ-081.409/O-3
Grant Thornton Auditores Independentes
CRC 2SP-025.583/O-1
Consulte o nosso site: www.cepe.com.br