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DOEPE - 2 - Ano XCVIII • NÀ 45 - Página 2

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DOEPE 06/03/2021 - Pág. 2 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco

Poder Executivo ● 06/03/2021 ● Diário Oficial do Estado de Pernambuco

2 - Ano XCVIII • NÀ 45

Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo

Recife, 6 de março de 2021

Zé do Lixo, um palhaço que
transforma sorrisos em educação
F•••: D••••!"#$•/C"%••

E !"#$ e transformar
a vida das
pessoas com alegria,
principalmente das
crianças. Essa é a meta
do subtenente Cruz ou,
simplesmente, Zé do
Lixo

Subtenente do Corpo de Bombeiros de
Pernambuco, Wellington Cruz descobriu cedo
sua veia artística e, mais que um meio de vida,
fez dela um instrumento de mudanças sociais.
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“Q

uanto vale um sorriso? A resposta não pode ser dada sob uma ótica financeira, porque um sorriso vale mais do que tudo aquilo que o dinheiro pode
comprar. Ele transforma o dia, e até mesmo a vida das pessoas. Essa foi uma das principais razões de eu ter virado palhaço”. Esse depoimento
explica bem o motivo de o subtenente do Corpo
de Bombeiros de Pernambuco, Wellington Cruz,
ter se transformado no palhaço Zé do Lixo.
Os nomes foram muitos, antes de chegar
ao atual: Picolé, Peteleco, Zé Goteira, Zé Limpinho, entre outros, de acordo com a época e a
idade. O subtenente Cruz, como é conhecido
no meio militar, iniciou a vida de palhaço com
apenas 12 anos, animando primeiro as crianças
de uma pizzaria. Depois, festas infantis e eventos coorporativos, junto com os primos mais velhos, que já realizavam esse trabalho. O objetivo,
a princípio, era ajudar financeiramente sua mãe.
Irmão de dois homens e uma mulher, Cruz é o
mais novo dos filhos de dona Almerice, uma mulher guerreira, conforme ele a descreve, que fazia
quentinhas e servia almoços em seu quintal pa-

ra os trabalhadores e estudantes no bairro do Pina, no Recife. A história do subtenente poderia
facilmente ser tema de novelas ou de um romance, desses de bancas de revista. Cruz nasceu de
um grande amor que surgiu entre uma batalhadora viúva de 36 anos, então com três filhos, e um
estudante de medicina panamenho, de 18 anos, que
escolheu Pernambuco para estudar e a casa de dona Almerice para almoçar.
O amor nasceu precisamente da caridade dessa
viúva para com o estudante que, por conta da dificuldade de se manter em
outro país, nem sempre tinha o dinheiro para pagar
o almoço do dia. Com a diferença de idade e a
necessidade do retorno ao Panamá, o romance
de dona Almerice e do médico recém-formado
Lorenzo Callender não durou muito, mas trouxe à vida Aluízio Wellington Cruz Callender, em
um parto feito por seu próprio pai.
Ao longo de 30 anos, Cruz não recebeu nenhuma notícia do pai. Mas por uma das coin-

cidências da vida, em conversa com um amigo bombeiro cujo pai também era panamenho
e cursou medicina na mesma época do senhor
Lorenzo, Cruz conseguiu restabelecer o contato. A emoção do reencontro aconteceu no Panamá, em 1998. Lá, o subtenente descobriu que tinha mais cinco irmãos por
parte de pai.
Como o próprio militar conta, com uma história
de vida como essa ele tinha
que manifestar algum dom
artístico. Além do prazer
de ver as pessoas sorrindo,
como palhaço Cruz ajudou
no sustento da casa e conseguiu pagar parte de seus
estudos. Ao entrar para o
Corpo de Bombeiros, conhecendo seu talento,
logo os amigos da corporação o convidaram para animar, sobretudo, as festas infantis promovidas pelo quartel. E em 2010, Cruz foi convidado para prestar serviços à Casa Militar, dentro da
Secretaria Executiva de Defesa Civil do Estado.
Na CODECIPE, seus colegas bombeiros,
que já sabiam dos seus dotes artísticos, o con-

vidaram para um projeto inovador na área de
Defesa Civil: um trabalho de arte-educação
voltado para crianças de escolas públicas, o
Defesa Civil nas Escolas. O projeto tem como objetivo fazer com que as crianças sejam
multiplicadores de ações de preparação, prevenção, mitigação e resposta em momentos
de desastres e na preservação da natureza.
“Além de sua excelente postura no trabalho militar, o subtenente Cruz traz leveza e
humor a assuntos sérios e importantes, que
precisam ser tratados desde a infância para
que criemos uma cultura de prevenção em
nossa população”, afirma o Chefe da Casa
Militar de Pernambuco, coronel Carlos José.
De fato, o trabalho de Cruz, ou melhor,
do palhaço Zé do Lixo, fez tanto sucesso
que, em 2020, recebeu menção honrosa de
Boas Práticas em Defesa Civil, concedida
pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. O projeto Defesa Civil nas Escolas já foi realizado em todas as regiões de
Pernambuco, e em diversas cidades do Estado ele já é replicado pelas próprias defesas
civis municipais.

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