DOEPE 24/08/2022 - Pág. 1 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Diário Oficial
Estado de Pernambuco
Ano XCIX • No 162
Poder Executivo
Recife, quarta-feira, 24 de agosto de 2022
Suape entrega 100 quintais
ecoprodutivos a famílias do seu entorno
Desenvolvido em parceria com a Cáritas Brasileira Regional NE 2, programa beneficia
comunidades dos municípios localizados no território estratégico da estatal portuária.
E
“
sse projeto ficará marcado em nossas vidas. Estamos vivendo uma crise na agricultura familiar e não está
fácil sobreviver. Esse programa chegou em boa hora. É uma benção”.
O comentário do agricultor Sandro
José da Silva, residente em Ipojuca e um dos cem primeiros beneficiados com o Projeto Quintais Ecoprodutivos traduz o sentimento das
famílias contempladas com a iniciativa socioambiental empreendida pelo Complexo Industrial Portuário de
Suape, em parceria com a Cáritas
Brasileira Regional NE 2, instituição vinculada à Igreja Católica que
ganhou a licitação para o desenvolvimento do programa.
A solenidade de entrega da primeira etapa do projeto ocorreu na
manhã de ontem, no auditório do
Centro Administrativo do atracadouro pernambucano, beneficiando moradores do Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Sirinhaém. Lançado
em outubro de 2021, o Quintais Ecoprodutivos pretende mudar a realidade de 300 famílias residentes em
comunidades carentes, através da
implantação de hortas suspensas, galinheiros móveis, fornos ecológicos,
cisternas, entre outras ecotecnologias
geradoras de alimentos para consumo próprio e comercialização do
excedente. Dezenas de pessoas participaram do evento, entre representantes de Suape, da Cáritas, das prefeituras envolvidas e beneficiados
com o programa.
“Estamos muito felizes com os
resultados dos projetos socioambientais implementados no complexo, pois estão melhorando a vida de
muitos moradores da região. Um
dos nossos compromissos é promover o desenvolvimento econômico
em equilíbrio com a sustentabilidade do território estratégico de Suape
e o Projeto Quintais Ecoprodutivos
é um exemplo bem-sucedido para o
desenvolvimento da agricultura familiar e a geração de renda com a
implantação de pequenos negócios”,
afirmou o diretor-presidente da estatal, Roberto Gusmão.
Para implantar os quintais ecoprodutivos, o programa contou com
a realização de oficinas de capacitação técnica para que os beneficiados aprendessem a desenvolver a atividade sustentável e a administrar o
negócio. “A ideia é fazer com que as
famílias aprendam os conceitos de
sustentabilidade e apliquem no dia
a dia. Estamos orgulhosos de ter be-
neficiado tantas famílias em situação de vulnerabilidade social. É um
alento saber que agora terão segurança alimentar”, ressaltou o diretor de
Meio Ambiente e Sustentabilidade
de Suape, Carlos André Cavalcanti.
“Agora, eu e minha família, vamos consumir verduras livres de
agrotóxicos cultivadas diretamente
na minha casa. Isso só foi possível
graças ao projeto e estou muito feliz
em poder realizar esse sonho”, comemorou a dona de casa Mária Quitéria, moradora de Nova Vila Claudete, no Cabo de Santo Agostinho.
“A horta suspensa agora é uma realidade em minha casa graças ao Porto
de Suape”, enfatizou.
As próximas 200 entregas estão
previstas para acontecer em setembro e outubro deste ano, atendendo
famílias residentes também em Escada, Moreno, Ribeirão e Rio Formoso. “Suape tem compromisso com
as famílias residentes no território e
essa é mais uma capacitação que a
empresa vem promovendo para fortalecer a inclusão socioprodutiva, gerando, cada vez mais, oportunidades
para fomentar as microeconomias
da região”, concluiu a coordenadora
do Quintais Ecoprodutivos, Rafaella Viana.
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Maria da Silva
agora prepara manuê
(bolo rústico de
mandioca assado em
folha de bananeira) em
seu novo Fogão
Ecológico.
Mária Quitéria
comemora a
possibilidade de produzir
a alimentação de sua
família em sua horta
orgânica
Semana do Patrimônio promove oficina em Fernando de Noronha
A 15a Semana do Patrimônio
Cultural de Pernambuco leva a Fernando de Noronha, de hoje até sexta-feira, a Oficina Inventários Participativos. Organizada pela Secretaria
Estadual de Cultura (Secult-PE) e a
Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), a ação conta com parceria do
programa Mãe Coruja e da Secretaria de Educação (SEE-PE), e busca
contribuir para a valorização da identidade cultural e preservação do patrimônio cultural da ilha.
O objetivo é contribuir para formação de agentes multipli-
cadores de educação patrimonial,
ajudar a mapear as referências culturais da ilha e sensibilizar a comunidade com iniciativas que promovam e fortaleçam a identidade
cultural local. As aulas vão acontecer na EREM Arquipélago Fernando de Noronha, das 19 às 21h, e
serão apresentadas por Amanda Paraíso e Cristiane Feitosa, ambas da
Gerência Geral de Preservação do
Patrimônio Cultural (GGPPC) da
Fundarpe.
A ferramenta “Inventários Participativos”, elaborada pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan), coloca a comunidade como protagonista para levantar, descrever, classificar e definir o
que lhe representa e lhe afeta como
patrimônio cultural.
Os inventários permitem realizar diversas atividades, com foco na
pesquisa, coleta e organização de informações, buscando identificar as
referências culturais locais e, desse
modo, contribuir para preservá-las.
É um instrumento de trabalho que
estimula o exercício de cidadania e
participação social, de fácil aplicação, tanto no contexto escolar quanto em espaços não formais.
“A importância dessa ferramenta, principalmente junto às crianças e aos adolescentes, é no sentido
de contribuir com o fortalecimento da identidade cultural da ilha, do
pertencimento. Já para os professores, na perspectiva de ser uma oportunidade de formação, no sentido de
trabalhar a educação patrimonial na
sala de aula de forma contínua”, ressalta Amanda Paraíso, que abordará
outras ferramentas de educação patrimonial durante a oficina, tais como
o Jogo do Patrimônio 2.0 e o Jogo do
Patrimônio Vivo de Pernambuco,
elaborados pela GGPPC/Fundarpe.
A Fundarpe também acompanhará
os participantes até o final do segundo semestre de 2022, quando deverá
ser apresentado algum produto cultural com o resultado da oficina.
“A gente abriu vagas para professores da escola, para técnicas e técnicos, gestantes e mães cadastradas
no Programa Mãe Coruja, seus familiares, detentores culturais e pessoas
interessadas ou que trabalhem com
turismo e cultura em geral”, afirma
Lilia Simões, coordenadora estadual
do Programa Mãe Coruja de Fernando de Noronha. Ao todo, serão oferecidas 25 vagas.
CERTIFICADO DIGITALMENTE