Discussão em padaria deixa cliente esfaqueado e morto, outro baleado e pedestre atropelado; idoso é preso por homicídio em SP

Confusão teve briga e ocorreu na manhã de quinta (21) na Padaria Pão do Horto, Zona Sul. Caso foi registrado como assassinato, colisão de veículo e tentativa de homicídio.

Vídeo gravado por câmera de segurança mostra o começo da discussão e briga dentro de uma padaria da Zona Sul de São Paulo que deixou, sequencialmente, um cliente baleado, outro esfaqueado e morto, e ainda teve o atropelamento de um pedestre (veja acima). Um idoso acabou preso em flagrante pela Polícia Militar (PM) pelo homicídio.

A confusão ocorreu na manhã desta quinta-feira (21) na Padaria Pão do Horto, no Parque Munhoz.

O caso foi registrado como assassinato, colisão de veículo e tentativa de homicídio no 89º Distrito Policial (DP), Portal do Morumbi. A investigação será feita pelo 37º DP, Campo Limpo.

Segundo boletim de ocorrência da Polícia Civil, alguns dos envolvidos contaram à Polícia Militar (PM) que Jhonatan Conceição dos Santos, de 30 anos, e seu pai, Geraldo Pereira dos Santos, de 61, reclamavam de um advogado que contrataram, mas não estava no recinto.

Em seguida, Paulo Rogerio Cotrin de Jesus, 46, que é bacharel em direito, e não era citado na conversa, se incomodou com as declarações de pai e filho, de acordo com o registro policial. Jhonatan falou para o homem não se intrometer. Nisso, Paulo teria dito que iria matar os dois.

As imagens da filmagem mostram o momento que Jhonatan parte para cima de Paulo e o derruba no chão, ainda dentro da padaria. Em seguida, o bacharel atira na direção do filho do idoso, que é atingido por quatro disparos. Depois Paulo sai correndo do local enquanto Jhonatan fica caído ferido.

Outras cenas das câmeras, já do lado de fora da padaria mostram Paulo sendo esfaqueado por Geraldo. O idoso segura uma faca e o golpeia. Após conseguir escapar, o bacharel entra no seu carro e sem querer dispara contra a própria perna. Durante a condução do veículo, ele ainda bate em outro automóvel.

Um pedestre que passava pelo local e que viu o acidente foi até o carro de Paulo para tentar socorrê-lo, mas foi atropelado por outro veículo, conduzido por uma motorista. Ela contou na delegacia que investiga o caso que atingiu o rapaz, identificado como Anderson Evangelista, por achar que ele era um assaltante que queria roubar o bacharel.

Paulo e Anderson foram socorridos por uma ambulância, que os levou para o Pronto Socorro Campo Limpo. O pedestre se feriu sem gravidade: teve lesões no pé. E não quis registrar queixa contra a condutora, identificada como Fernanda de Paula da Silva Vieira.

Paulo, no entanto, não resistiu aos ferimentos e teve a morte constatada no hospital. De acordo com os médicos que o atenderam, o bacharel morreu, provavelmente, em decorrência das quatro facadas que sofreu. Por esse motivo, Geraldo, que o esfaqueou, foi detido em flagrante pela PM para responder pelo crime de assassinato.

Segundo a polícia, Paulo chegou a ser investigado por exercício ilegal da profissão de advogado. Por ser bacharel em direito e não ter o registro como advogado aprovado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ele não poderia atuar nessa função.

A arma usada por Paulo para balear Jhonatan foi apreendida: uma pistola Taurus, calibre 9 milímetros, de propriedade do bacharel. A polícia investiga se ele guardava mais armas em casa.

A faca usada por Geraldo também foi apreendida. Além disso, um soco inglês também foi encontrado.

Pelo menos 2 mil pessoas teriam sido prejudicadas por construtora

De acordo com advogada, empreendimentos imobiliários ligados à CRB estão com obras atrasadas ou paralisadas; Gaeco investiga o caso

Pelo menos duas mil pessoas teriam sido prejudicadas por um grupo de empresas ligadas à CRB Construtora, devido ao atraso e até mesmo um possível abandono de empreendimentos imobiliários, em Sorocaba. No site da construtora responsável, consta que oito prédios estão em obras, porém, segundo os relatos de compradores, a maioria está parada. Já os edifícios Le Monde (atualmente com duas torres entregues e três em construção), Notting Hill e D.O.C Campolim, localizados no parque Campolim, estão com as obras atrasadas, assim como o Olga Botanique, localizado na avenida São Paulo. Já os prédios Brickell Iguatemi, também no Campolim, e o Urban House, localizado na avenida Moreira César, na região central, têm prazo de entrega para 2024, porém, nesses locais, os prédios ainda não começaram a ser erguidos.

A reportagem do jornal Cruzeiro do Sul esteve na manhã desta sexta-feira (10) no espaço onde deve ser o Brickell e constatou que há um buraco no chão. A equipe também visitou o D.O.C Campolim e não viu nenhuma movimentação no local.

A advogada Luciane de Freitas, especialista na área imobiliária, atua no caso desde outubro do ano passado. A profissional relata que, a princípio, foi acionada pelo Brickell para uma assembleia com a CRB. Foi nesta ocasião que a maioria dos clientes passou a ter ciência de que algumas obras estariam paradas. Na reunião, a CRB teria sido questionada sobre o motivo da paralisação, mas poucas informações foram passadas. Assim, uma comissão de representantes formada por adquirentes dos imóveis foi criada para fiscalizar os empreendimentos.

A partir daquele momento, o grupo formado teria legitimidade para olhar os contratos, verificar como estava o saldo em conta dos edifícios, para onde o dinheiro estaria sendo destinado, além de valores que os investidores pagaram pelos imóveis. Assim, através de pesquisa, os adquirentes constataram problemas nos edifícios e perceberam que essas contas estavam zeradas. Para concluir as obras de todos os empreendimentos, a estimativa é que sejam necessários R$ 500 milhões. Agora, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, está investigando o caso. “Ainda não chegou tudo o que precisa. Chegou o contrato, mas ainda estão avaliando se aquele contrato tem comprovante de pagamento. Então, ainda está sendo feita a auditoria nas contas do empreendimento para uma apuração de eventual responsabilidade e foi aí que o Ministério Público acabou entrando nesta ação, porque, como um órgão fiscalizador e para verificar até um eventual crime que pode estar sendo cometido, eles têm condições de fiscalizar contas, fazer abertura de sigilo, junto com o Poder Judiciário”, relata a advogada.

Além disso, Freitas informa também que a comissão foi aberta de forma tardia, pois, de acordo com a lei, o construtor responsável precisa formar o grupo logo no início dos empreendimentos. “A lei pede para que isso seja feito no início, para que tenha essa proteção que chamamos de patrimônio de afetação. Cada empreendimento tem que ter a sua própria conta e a sua própria gestão”, informou.

Vítimas

De acordo com a advogada, as possíveis vítimas relatam que fizeram a aquisição de imóveis de até R$ 1 milhão na planta. Já no site “Reclame Aqui”, a empresa CRB tem 47 reclamações registradas, sendo algumas pelo atraso ou paralisação de obras. Na reclamação mais antiga sobre o tema, feita em 2021, o cliente relata que adquiriu o apartamento D.O.C Campolim, em 2018. No momento da compra, a construtora teria garantido a entrega para novembro de 2021, porém, em 2020, as obras teriam sido congeladas. “Não passaram nem do décimo andar, ainda, em um prédio com mais de 20 andares. Passo diariamente ao lado do canteiro de obra e sempre está vazio”, disse.

Já a manifestação mais recente no “Reclame Aqui” foi há apenas 11 dias. Na mensagem, a pessoa informa que comprou uma unidade de um dos empreendimentos para entrega em maio de 2022 e as obras estão completamente paradas. “Não realizam o pagamento das multas contratuais e a cada hora informam uma coisa diferente. Não comprem por dinheiro nenhum porque não vale a pena”, alerta. Nessa publicação, consta que a localização do cliente é Campinas, cidade onde a construtora também tem edifícios em obras, conforme mostra o seu site.

No site ainda há o retorno da empresa, informando que firmou com todos os proprietários um novo cronograma para entrega do empreendimento e o mesmo está sendo executado. “Entendemos sua insatisfação com relação a essa mudança, mas estamos trabalhando para que ela seja cumprida. Com relação aos pagamentos de multa, nosso departamento de Pós-vendas já entrou em contato para explicar a proposta da construtora para esta tratativa. Diante disso, solicitamos que aguarde o término da nova previsão de entrega e qualquer dúvida direcione ao nosso departamento de atendimento”, ressaltou.

Já a advogada Luciane Freitas declarou que a respeito do empreendimento Brickell, os adquirentes esperam um posicionamento do Iguatemi a respeito do caso. “Eles compraram com a garantia de que a empresa Iguatemi estaria junto neste negócio”, disse.

Em nota, a Iguatemi informou que, tanto a construção como a comercialização da torre residencial denominada Brickell Iguatemi, são de responsabilidade única e exclusiva da CRB Construtora, não tendo qualquer envolvimento nessa gestão, inclusive em seu aspecto financeiro.

A companhia reforça que também vem sofrendo prejuízos com as práticas da incorporadora, seja na qualidade de vendedora da propriedade destinada à incorporação, seja como adquirente de unidades a serem construídas.

O Iguatemi disse que está sensibilizado com essa situação e reafirma o seu máximo respeito aos adquirentes, estando à disposição da Comissão de Representantes para a adoção de outras medidas que se façam necessárias.

O que diz a CRB

O jornal Cruzeiro do Sul entrou em contato com a CRB construtora, recebendo seu posicionamento por meio de nota. A CRB informa que “não é verdadeira a informação no sentido de que todos os empreendimentos estão com seus canteiros de obras abandonados e que houve desvio de valores, na medida em que duas obras estão prestes a ser concluídas e a empresa está trabalhando diuturnamente junto às Comissões de Representantes de Adquirentes dos outros empreendimentos a fim de proceder à retomada das obras e apresentação do cronograma revisado de entrega das mesmas, o que indubitavelmente acontecerá. A suspensão de algumas obras foi motivada pela necessidade de permitir a reorganização das mesmas, frente ao cenário de explosão de custos, tanto insumos quanto mão de obra, e o descolamento do custo efetivo da construção do índice oficial de reajuste (INCC), visando manter a tradicional qualidade do produto CRB. Inclusive, como já mencionado, alguns empreendimentos estão em seu ritmo normal de obras, bem como alguns outros estão em estágio avançado para retomada. Acreditamos que nos próximos meses todas as obras serão retomadas e /ou reprogramadas, de modo que a matéria jornalística deveria trazer esses detalhes e também outros que poderiam ser obtidos junto à empresa, a fim de que seus telespectadores/leitores tivessem acesso a informações fidedignas e escorreitas sobre a atual situação da empresa”.

“Ainda, em linha da parceria junto aos clientes, a CRB suspendeu o recebimento das parcelas dos empreendimentos cujas obras foram temporariamente suspensas, até a efetiva retomada delas, bem como suspendeu a venda de novas unidades, até que as obras retornem e os cronogramas sejam realinhados”.

A nota ainda acrescenta que “a CRB nunca se furtou e nunca se furtará de prestar quaisquer informações relativas à sua operação, seja às autoridades, seja aos seus clientes, permanecendo assim à disposição de todos para os esclarecimentos que se fizerem necessários”.

O jornal Cruzeiro do Sul marcou uma entrevista com o presidente da empresa, que pretende apresentar outros esclarecimentos, para hoje às 10h.

Fazendeiro é preso pela Operação Veredas do Ibama por causar dano à area protegida

 

Operação é a primeira de grande porte para proteger bioma Cerrado no Oeste da BA

Barreiras/ BA (07/11/08) – O fazendeiro Haroldo Uemura foi preso ontem, no município de Formosa do Rio Preto, Oeste da Bahia, pela Operação Veredas, do Ibama, por violar embargo de área desmatada realizado há quatro anos e porte ilegal de arma. A área de 2.200 hectares utilizada para o plantio de soja fica localizada na Fazenda Mauá, dentro do Parque Nacional Nascentes do Rio Parnaíba. Uemura foi autuado em R$ 440 mil e permanece detido na Delegacia da cidade. Máquinas, equipamentos, sementes e agrotóxicos utilizados na lavoura de soja foram apreendidos. A soja será doada pelo Ibama para o Fome Zero. As sementes e agrotóxicos serão destinados à Embrapa. O ministro Carlos Minc participou da ação.

Em outra fazenda denominada Sertânia, os agentes do Ibama flagraram 320 fornos de produção de carvão vegetal que consumiam espécies nobres do sertão baiano protegidas pela legislação ambiental como aroeira e pau d’arco. Oitenta fornos já foram destruídos. O Ministério do Trabalho autuou o responsável pela fazenda em flagrante por manter trabalhadores em condições semelhantes à escravidão. O MT providencia que os trabalhadores tenham os seus direitos garantidos.

Resultados – Em doze dias, a Operação Veredas já embargou um total de 12 mil hectares de áreas desmatadas ilegalmente em seis municíos do Oeste baiano. As multas ultrapassam R$ 6 milhões. Os alvos são 83 áreas indicadas como desmatadas pelas imagens de satélite referentes aos anos 2006 e 2008. Tristeza, indignação, impotência são os sentimentos do agente de fiscalização Francisco Procópio diante do cenário vazio do cerrado fruto da passagem do correntão. “É preciso chegar antes das árvores tombarem”, desabafa.

Onze derrubadas estão localizados dentro de áreas protegidas do Parna Nascentes do rio Parnaíba e da Estação Ecológica Serra do Tocantins. Também estão sendo fiscalizadas as atividades de carvoejamento e transporte de carvão vegetal. Proprietários de áreas onde há construção de barragem são notificados para apresentarem documentação referente ao empreendimento. Para o Gerente do Ibama de Barreiras, Zenildo Eduardo, a Operação Veredas mostra o interesse do Ibama e MMA de proteger outros biomas além da Amazônia. “Pela primeira vez temos uma operação de grande porte nessa região de cerrado que é grande produtora de águas”, comemora Eduardo.

A região fiscalizada pela Operação Veredas fica próxima à divisa da Bahia com os estados do Tocantins e Piauí, à margem esquerda do rio São Francisco, banhada pelas bacias dos rios Grande, Preto, Corrente e Carinhanha, formada por 29 rios perenes. Geograficamente está inserida na região mais rica em recursos hídricos do Nordeste Brasileiro. As bacias desses rios atingem 62.400 km² o que eqüivale a 82% das áreas dos cerrados.

Segundo o coordenador-geral de Fiscalização Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, a Operação continua por tempo indeterminado na região. “Continuaremos a coibir o desmatamento ilegal do Cerrado, carvoarias irregulares e barragens clandestinas, a fim de proteger as Unidades de Conservação do Oeste da Bahia”, assevera Evaristo.

A Polícia Militar da Bahia é parceira do Ibama na Operação Veredas. Um helicóptero utilizado pelo Grupamento Aéreo da PM (GDAER/PM) sobrevoa a região e identifica os ilícitos ambientais. A PM/BA também apóia os agentes do Ibama durante incursões terrestres.

8 presos no Estado por grilagem de terras no Nortão

A Polícia Federal divulgou a relação de pessoas presas, em Mato Grosso, pela “Operação Rio Pardo” hoje de manhã: Mário Soares Brandão, Luís Humberto Borges, Wilson José Alves de Lima, Arno Antônio Salamoni, Fernanda Luísa Bavedi Bezerra e Abílio Mateus, além de Wanilson Luís Alves, de Barra do Garças. Também está preso sob a acusação de formação de quadrilha para grilagem de terras indígenas, pertencentes ao patrimônio da União Federal, o secretário de Habitação da Prefeitura de Cuiabá, Oscar Soares Martins.

Ao todo, a Polícia Federal recebeu ordem judicial para o cumprimento de 77 mandados de prisões e 90 mandados de busca a apreensões em Mato Grosso, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rondônia. Entre os mandados não cumpridos ainda está o de Cláudio Agnaldo, assessor de um deputado estadual.

Em Mato Grosso, as investigações com mandados de buscas e apreensões, de prisões temporárias e diligências, que foram desencadeadas em Cuiabá, Colniza, Nova Maringá, Aripuanã, Juara, Guarantã do Norte e Várzea Grande. O delegado Farias, da Polícia Federal, informou que a “Operação Rio Pardo” é uma referência às investigações para prender, principalmente grileiros de terras indígenas. Invasões que vêm gerando constantes conflitos fundiários, inclusive com disputas armas e derramamento de sangue.

Fiscais do Ibama e agentes da PF prenderam na sexta-feira, Marcelo Alberto Fávero e seu funcionário, Sidnei Medeiros, sob a acusação de extração ilegal de madeira, caça ilegal de animais silvestres, porte ilegal de arma de fogo e possível trabalho escravo. Com eles foram apreendidos 2 revólveres, dois caminhões e uma carreta carregados com aproximadamente 120m³ de madeira da espécie Itaúba.

Marcelo estaria retirando madeira fica na divisa dos municípios de Nova Ubiratã e Feliz Natal, na área indígena do Parque Nacional do Xingu. Ainda o envolvimento de empresários madeireiros de Sinop, Sorriso, Vera e Feliz Natal, além de uma tribo de índios do próprio parque, também está sendo investigado.

 

Após duas tentativas frustradas, Fogaça é eleito síndico de condomínio

Assembleias anteriores de endereço na Avenida Paulista tinham sido marcadas por confusão e polícia; desta vez, o clima foi outro

Chegou ao fim, nesta segunda (15), uma longa novela para os moradores do condomínio Baronesa de Arary, localizado na Avenida Paulista. No epicentro do caso estava a até então administradora do prédio e o chef Henrique Fogaça, opositores em uma eleição de síndico. O caso rendeu uma dupla de assembleias que acabaram em barraco, confusão e, por fim, anulação do pleito.

A situação mudou apenas na noite de ontem, quando Fogaça acabou escolhido para comandar a gestão do edifício após votação acirrada. O cozinheiro ficou com 52% dos votos contra 48% de seu concorrente, ligado ao grupo atualmente na gestão do endereço. O novo síndico do pedaço deve cumprir mandato de um ano com direito a reeleição, caso deseje.

A mudança ocorre após uma única família se revezar no poder do local durante quase duas décadas, de acordo com moradores. O caso foi parar na Justiça e a votação acabou acompanhada por um administrador judicial. Diferentemente dos episódios anteriores, desta vez a reunião rolou tranquila e sem embates. “Foi uma assembleia comum como todo condomínio deveria ter”, diz Marcio Rachkorsky, advogado de Fogaça. De acordo com Rachkorsky, o chef se debruçará sobre contratos, fará auditoria das contas e criará normas de transparência para as transações dali.

Em ocasiões anteriores, a balbúrdia teria sido causada por brigas com membros da administradora ADTEC — responsável pelo Baronesa de Arary havia quase duas décadas. Moradores acusam a organização familiar de nepotismo, desvio verbas, fraude de eleições e criação de dificuldades para o acesso aos documentos do condomínio. Em 2013, VEJA SÃO PAULO publicou reportagem sobre outra reunião de condomínio do Baronesa que terminou em agressões físicas e tumulto. Procurada, a ADTEC não foi localizada.

Ao lado do Parque Trianon e quase em frente ao Masp, o Baronesa já foi conhecido como o “treme-treme da Paulista” e chegou a ficar interditado por problemas elétricos entre 1993 e 1994. Projeto do arquiteto Simeon Fichel, o edifício começou a ser construído em 1954 e teve moradores ilustres, como o casal de atores Walmor Chagas e Cacilda Becker.

Agudos: grávida é esfaqueada e homem é morto a pedradas

Crimes familiares ocorreram no mesmo bairro, em um intervalo de 1 hora e meia; uma mulher foi presa e outra segue foragida

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), atualizados até setembro, Agudos (13 quilômetros de Bauru) não havia registrado nenhum homicídio neste ano. Este cenário tranquilo foi rompido de forma assustadora na noite de sábado. Dois crimes registrados no Parque Pampulha, em um intervalo de apenas uma hora e meia e envolvendo discussões familiares, assustaram os moradores da cidade, de pouco mais de 34 mil habitantes. 

Grávida de sete meses, Angela Maria Bicudo Pereira, 28 anos, foi esfaqueada pela cunhada e ficou gravemente ferida. No outro caso, a enteada matou o padrasto, Roberto Mendes da Silva, 44 anos, com pedradas na cabeça e golpes de facão no braço, após ela, a irmã e a mãe terem sido agredidas pelo rapaz. 

A primeira ocorrência resultou na prisão da agressora, Elisabete de Fátima Lino Soares, 48 anos. De acordo com informações do boletim de ocorrência (BO) registrado pela Polícia Civil, Angela precisou ser submetida à cirurgia no Hospital de Base de Bauru (HBB). A família, entretanto, não autorizou a divulgação do estado de saúde dela e nem do bebê, que, segundo a PM, não teria sido atingido pelos golpes de faca.

Já a autora do assassinato, Jucelina Guedes Estevam de Oliveira, 24 anos, permanecia foragida até a noite deste domingo.

O primeiro crime ocorreu por volta das 21h, em uma residência localizada na rua Miguel Narciso Luciano. No local, houve uma discussão entre Angela e a acusada Elisabete, namorada do irmão da vítima (a identidade dele não foi divulgada), que, inclusive, também estava no imóvel.

Durante a briga, Elisabete pegou uma faca e golpeou a cunhada na região do peito e das costas (próximo ao pulmão). O irmão da vítima chegou a agredir Elisabete, que fugiu, mas foi detida pela PM na rua Madri Ida. Ainda de acordo com a PM, eram frequentes as discussões entre as duas. 

O caso foi registrado no Plantão Policial de Agudos como homicídio qualificado tentado e violência doméstica. Após prestar depoimento, Elisabete  acabou sendo recolhida à Cadeia Pública de Pirajuí, onde permanece à disposição da Justiça. 

Uma hora e meia depois da tentativa de homicídio contra a mulher grávida de sete meses, por volta das 22h30, o Parque Pampulha foi o cenário de um assassinato. Roberto Mendes da Silva, 44 anos, morreu depois de ter sido atingido pela enteada com pedradas na cabeça e golpes de facão no braço. 

Segundo a Polícia Civil, a acusada, Jucelina Guedes Estevam de Oliveira, reagiu após o padrasto ter agredido ela, a irmã de  27 anos e a mãe de 46 anos. O episódio ocorreu em uma residência localizada na rua Hugo Caldieri Luciano. 

Ainda de acordo com a polícia, Roberto teria reatado o relacionamento com a mãe de Jucelina no início da semana, mas, no sábado, teria agredido a companheira ao menos três vezes. Na última delas, voltando de um bar, embriagado, ele tentou atropelar a enteada mais velha, que também teria sido agredida. 

Foi quando, ainda conforme a polícia, o agressor pegou um facão no veículo e partiu para cima das três. Após acertar pedrada nele, Jucelina conseguiu desarmá-lo e, para não ser agredida novamente, o atingiu com o facão no braço e o golpeio várias vezes na cabeça com a pedra, o que resultou em lesões múltiplas, principalmente na região do crânio. 

Roberto foi socorrido desacordado ao pronto-socorro local e, devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferido para o Hospital de Base de Bauru (HBB), mas não resistiu e morreu. Já Jucelina conseguiu fugir e, até o fechamento desta edição, não havia sido localizada e presa pela polícia.

Suspeito de assassinar ex-namorada a tiros é preso na Grande BH; vítima morreu no trailer onde trabalhava

Nattan Herison Vieira Rodrigues foi preso neste domingo em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Feminicídio foi no dia 1º de julho em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais.

Nattan Herison Vieira Rodrigues, de 19 anos, suspeito de matar a ex-namorada, Jane Carla Santos Soares, de 34 anos, foi preso neste domingo (28) em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Jane foi assassinada a tiros no dia 1º, em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais.

Segundo o boletim de ocorrência da prisão feito pela Polícia Militar, Nattan estava em um carro dirigido pelo pai dele que, ao avistar a viatura, tentou fugir em alta velocidade. A perseguição terminou somente depois que o carro entrou em uma rua sem saída.

Nattan desceu, correu e entrou em uma comunidade, mas acabou preso. Na abordagem, ele apresentou uma identidade falsa.

O feminicídio
Jane Carla foi assassinada assim que chegou ao trailer onde trabalhava. Ela foi surpreendida pelo homem, que atirou várias vezes contra ela.

Jane morreu no local, perto de uma usina siderúrgica, às margens da BR-040. Após a execução, Nattan fugiu em um carro. O veículo foi localizado e apreendido horas depois pela polícia, mas o homem não foi encontrado e segue foragido.

‘Um pedaço de mim foi embora’
No dia 2 de julho, o corpo da mulher foi velado no Cemitério Parque da Boa Vista e será enterrado em Itapé, no Sul da Bahia, onde Jane nasceu. Parentes e amigos prestaram uma última homenagem.

“Um pedaço de mim foi embora, um pedaço que não volta mais. Sempre vai ficar essa ferida. Ela era uma menina muito feliz, trabalhava em dois empregos para pagar todas as contas e não deixar faltar nada para os filhos. E todo mundo falava que ele era muito possessivo com ela. Espero que ele seja preso, a gente quer justiça”, disse a mãe da vítima, Norma da Silva Santos.

De acordo com a mãe da vítima, a filha não comentava muito sobre o relacionamento, porém sabia que se tratava de uma relação abusiva. A mulher possuía medidas protetivas de urgência contra Nattan por outras situações de violência doméstica.

No dia 30 de junho ela registrou boletim de ocorrência contra Nattan por descumprimento da medida protetiva. O casal estava separado há três meses.

Elvis Alexandre Santos é pai de um dos filhos da vítima e confirmou que ela vinha sendo perseguida pelo ex-namorado Nattan desde que o relacionamento terminou.

“Ele falou pra ela que se ela quiser ficar livre, pra ele dar R$ 4 mil para ela. No domingo, ela deu R$ 1,4 mil achando que estava livre. Ela me falava que não queria estar com ele, mas ele a obrigava e por isso ela sentia medo. Falava que ia na casa dela e ia matar as crianças”, contou Elvis Alexandre Santos.

Em nota, a Polícia Civil informou que apura as circunstâncias e motivação do crime. Uma equipe de perícia esteve no local e recolheu vestígios para as investigações.

Quem era Jane Carla

Jane Carla Santos Soares morava há dez anos em Sete Lagoas. Natural de Itapé, tinha dois filhos, um de 16 anos e outro de 10. Ela era design de sobrancelhas e para complementar a renda, começou a trabalhar, recentemente, em um trailer de lanches.

A Polícia Civil confirmou que, em janeiro de 2023, a mulher solicitou medidas protetivas de urgência, que foram encaminhadas para apreciação do Poder Judiciário.

 

Motorista de aplicativo é preso em Mauá, na Grande SP, após atear fogo em carro e matar namorada

Miqueias Bezerra de Almeida era casado e mantinha um relacionamento extraconjugal com a vítima.

Um motorista de aplicativo foi preso na tarde desta terça-feira (9) em Mauá, na Grande São Paulo, acusado de matar e incendiar uma mulher com quem mantinha um relacionamento extraconjugal.

Segundo informações da Guarda Civil Metropolitana (GCM) da cidade, Miqueias Bezerra de Almeida ateou fogo no carro onde estava a namorada Alessandra Christina Dos Santos Aguiar, que morreu no local.

Miqueias era casado, mas mantinha um relacionamento com a vítima. Ao ser preso, ele afirmou aos policiais que Alessandra ameaçava a integridade das filhas dele e, por isso, resolveu assassiná-la.

Os dois tinham se encontrado na manhã desta terça (9) atrás de um campo de futebol no bairro Parque São Vicente. No encontro, Miqueias disse que entregou uma rosa para a amante e disse que os dois não poderiam mais se encontrar.

O assassino afirmou que, diante do suposto escândalo da amante e de novas ameaças contra sua família, ele foi até o carro, pegou o galão de gasolina e ateou fogo no veículo onde Alessandra estava dentro.

A gasolina tinha sido comprada horas antes do encontro. O criminoso afirmou à GCM de Mauá que foi ao encontro com a moça com o objetivo de tirar a vida dela ou se matar.

Depois de ter incendiado o carro com a vítima dentro, o motorista de aplicativo fugiu e foi preso na casa onde morava com a família. Ele se declarou culpado pelo crime ao ser interrogado pelos agentes da polícia.

O motorista de aplicativo foi preso em flagrante por feminicídio. O caso foi registrado no 1° Distrito Policial de Mauá.

MP quer que motorista de BMW preso em acidente com morte de criança responda por homicídio doloso

Órgão entende que o motorista Luiz Paulo Franco Del Corso assumiu o risco de causar morte. Ele foi preso em flagrante com sinais de embriaguez após colidir a BMW que dirigia com um carro com cinco pessoas em Bragança Paulista (SP). Uma criança de quatro anos morreu.

O Ministério Público de São Paulo quer que o motorista da BMW envolvido no acidente que causou a morte de uma criança de quatro anos e deixou outros quatro feridos, em Bragança Paulista (SP), responda por um homicídio e quatro tentativas de homicídio, todas dolosas, quando se assume o risco de matar.

Inicialmente, o caso havia sido registrado como homicídio culposo e lesão corporal culposa, ambas na direção de veículo automotor, e embriaguez ao volante, crimes previstos no Código Brasileiro de Trânsito.

Apesar disso, a Polícia Civil e o Ministério Público entendem que Luiz Paulo Franco Del Corso assumiu o risco de matar.

“Isto porque, o investigado estava visível e completamente embriagado quando dos fatos, assim indicando que assumiu o risco ao conduzir o veículo, o que é corroborado pelo fato de que esta não foi a primeira vez que ele o fez alcoolizado, em notório incremento do risco”, afirma o promotor Rogério José Filócomo Júnior em manifestação à Justiça.

Luiz Paulo Franco Del Corso foi preso em flagrante no último domingo (23) com sinais de embriaguez após colidir a BMW que dirigia com um carro com cinco pessoas, na rodovia Capitão Bardoíno. Uma criança de quatro anos morreu – leia mais detalhes abaixo.

A manifestação do Ministério Público foi oficializada nesta quinta-feira (27), após a conclusão do inquérito policial por parte da Polícia Civil de Bragança Paulista.

A promotoria ressalta o histórico de casos de embriaguez ao volante por parte de Luiz Paulo Franco Del Corso e o fato dele não ter autorização para dirigir, já que está com a carteira de habilitação vencida e bloqueada.

O MP cita também que o carro de luxo dirigido pelo empresário tinha velocidade muito superior ao limite da rodovia, que é de 60 quilômetros por hora.

“A velocidade regulamentada para aquela via (…) era de 60 km/h, e estando muito acima disso, o investigado novamente assumiu o risco de produzir o resultado morte, novamente indicado seu dolo na conduta”, conclui o MP.

Por entender que houve um homicídio doloso, o Ministério Público propõe ainda o caso seja tratado na Vara do Júri da cidade.

O empresário segue preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória de Jundiá. Em nota, o advogado dele informou que se solidariza com as vítimas do acidente e que comprovará que Luiz Paulo não teve a intenção de provocar o acidente.

Acidente em Bragança Paulista

Uma criança de 4 anos morreu em um acidente entre dois carros em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, na noite de domingo (23). A vítima foi identificada como Valentina Oliveira da Veiga.

O acidente aconteceu por volta das 20h30, próximo ao quilômetro 93 da rodovia Capitão Bardoíno, na altura do bairro Parque dos Estados.

O Gol atingido pela BMW tinha cinco ocupantes e era dirigido por um homem de 26 anos, que estava na companhia de sua esposa, de 31 anos. Havia ainda três passageiras: uma adolescente de 14 anos – filha da mulher – e duas meninas, de quatro e dois anos – filhas do casal.

A menina de quatro anos não resistiu aos ferimentos provocados pelo acidente e morreu. A irmã mais nova dela, de dois anos, e a mãe, de 31, foram resgatadas em estado grave.

Elas foram encaminhadas ao Hospital Universitário São Francisco, mas não correm risco de morrer. Os outros dois ocupantes do carro – o motorista de 26 anos e a adolescente de 14 – estão bem.

A família é de Monte Morte (SP), cidade na região de Campinas, e voltava de um passeio quando o acidente aconteceu.

Motorista preso
O motorista da BMW preta – carro de luxo avaliado em cerca de R$ 300 mil – foi identificado como Luiz Paulo Franco Del Corso, de 36 anos. Ele é um empresário de Socorro (SP).

O homem se recusou a fazer o teste de bafômetro. Mesmo assim, foi preso em flagrante, pois apresentou ‘sinais claros de embriaguez’, segundo o boletim de ocorrência.

Entre os sinais de embriaguez apresentados pelo motorista, a polícia cita forte odor etílico, fala pastosa, olhos avermelhados e exaltação – foi necessário, inclusive, o uso de algemas para contê-lo.

“Os policiais foram lá e conversando com a pessoa foi constatada a voz pastosa, o raciocínio desordenado. Ele foi convidado a fazer o teste do etilômetro, mas se recusou. O outro motorista fez e resultou negativo”, afirma a delegada Nagya Cássia de Andrade.
“Ele (o empresário) foi conduzido para o plantão, como é feito em toda ocorrência relacionada a embriaguez. Aqui ele também se recusou a fornecer o sangue para exame toxicológico”, completa.

O boletim de ocorrência cita ainda que o homem confessou informalmente aos policiais que ingeriu bebida alcóolica e fez uso de drogas antes de dirigir.

Ainda na segunda-feira (24), Luiz Paulo passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça.

Na audiência, a juíza Mariane Cristina Maske de Faria Cabral disse que “o custodiado já foi condenado por embriaguez ao volante por três vezes sendo que, na última, foi condenado a regime inicial semiaberto. Soma-se a isso o fato de que não estava autorizado a dirigir naquele momento e mesmo assim o fez.”

Por conta das condenações, o empresário está com a carteira de habilitação bloqueada e não tem permissão para dirigir.

O carro de luxo envolvido no acidente foi comprado por ele há menos de uma semana, segundo registro do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP).

Polícia pede a prisão de suspeito de matar ex-militar em Manguinhos

Familiares afirmam que autor do crime se incomodou com a presença do homem e amigos em uma barbearia e atirou depois de uma discussão.

A Delegacia de Homicidios da Capital pediu a prisão de Carlos Vinicius, conhecido como Pepita. Ele é suspeito da morte do ex-soldado do Exército Lyan Carlos, morto no domingo, em Manguinhos.

O jovem de 20 anos foi morto a tiros no Parque Oswaldo Cruz, que fica ao lado da Fiocruz, em Manguinhos, na Zona Norte do Rio, neste domingo (25).

Lyan estava com amigos em uma barbearia. A família da vítima afirma que um outro homem, que estava perto do estabelecimento e parecia embriagado, se incomodou com a presença do grupo e iniciou uma discussão.

Durante a briga, o homem fez disparos e fugiu. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga a morte e já identificou o suspeito do crime. Três pessoas já prestaram depoimento sobre o caso.

Prima lamenta: ‘Ainda vai doer muito’
Uma prima da vítima fez um post de despedida para o jovem. Leia um trecho abaixo.

Lyan, você deixou uma dor que dificilmente vai passar.

Ver seu pai, aquele homem tão grande e “forte” desolado e chorando acabou comigo.

Ver sua mãe tão pequena e frágil precisando ser carregada, pois não acreditava na cena que estava ali diante dos seus olhos foi como uma facada no peito.

Ver nosso avô, que como sempre se faz de forte de cabeça baixa, repetindo: “- Meu Deus do céu.” foi assustador… E ele que você tanto amava e se preocupava.

Ver sua avó deitada na cama, sem conseguir nem pronunciar nenhuma palavra e ela só me olhava e dizia tudo por ali foi sofrido demais.

Suas irmãs estão sofrendo demais. Seus primos e eu estamos sofrendo também.

Dia 01/04 não será mais o mesmo [ aniversário do jovem]. O mês de junho e julho que tanto celebramos, também não será! Natal, ano novo e todas as outras festas de família acabaram de perder a cor e o sabor.

Não sei como será daqui para a frente, mas sei que ainda vai doer muito. Estamos fracos, doloridos e chega ser visceral a forma que tiraram você da gente… Ao assassino, não consigo nem lhe desejar mal. Sei que aqui na terra as coisas acontecem de uma forma no qual a prisão é o que você merece. E justiça é tudo que espero!