DOEPE 22/05/2015 - Pág. 33 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Recife, 22 de maio de 2015
Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
Ano XCII • NÀ 94-33
Demonstração dos Valores Adicionados para o Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2014 (Informação Suplementar) (Em milhares de reais - R$)
Nota
explicativa
Geração do valor adicionado
Receitas
Receitas de construção naval
Receita de prestação de serviço
Outras receitas
Provisão para créditos de liquidação duvidosa - Constituição
Total das receitas
Insumos e serviços adquiridos de terceiros
Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
Perda/Recuperação de valores ativos
Provisão para contratos onerosos
Realização da provisão para contratos onerosos
Valor (consumido) adicionado bruto
Depreciação e amortização
Valor adicionado líquido (consumido) produzido pela Companhia
Valor adicionado recebido em transferência
Resultado de equivalência patrimonial
Receitas financeiras
Total do valor adicionado recebido em transferência
Valor adicionado (consumido) gerado
Controladora
(BRGAAP)
2014
2013
Consolidado
(IFRS e BRGAAP)
2014
2013
Nota
explicativa
Controladora
(BRGAAP)
2014
2013
Consolidado
(IFRS e BRGAAP)
2014
2013
Distribuição do valor adicionado
5
5
25
5
13 e 14
12
26
736.978
–
9.300
(36.888)
709.390
585.628
118.841
44.980
–
749.449
1.901.891
–
9.300
(36.888)
1.874.303
1.479.481
118.841
44.980
–
1.643.302
(529.809)
(143.011)
3.943
(91.500)
158.559
107.572
(60.819)
46.753
(388.117)
(156.753)
–
(158.559)
277.940
323.960
(58.852)
265.108
(1.521.436)
(143.011)
3.943
(91.500)
158.559
280.858
(60.832)
220.026
(1.131.232)
(156.753)
174.155
89.202
263.357
310.110
(158.559)
277.940
474.698
(58.863)
415.835
Pessoal
Remuneração direta
252.588
260.584
252.588
260.584
Benefícios
73.380
75.104
73.380
75.104
FGTS
18.554
19.179
18.554
19.179
Outros
7.668
9.870
7.668
9.870
Impostos, taxas e contribuições
Federais
23.906
38.136
23.906
38.136
Estaduais
289
6.525
289
6.525
Municipais
101
1.282
101
1.282
Remuneração de capitais de terceiros
Juros e variação cambial
245.902
263.642
265.778
274.291
Aluguéis
9.814
13.297
9.977
13.297
Outras
7.547
6.917
10.407
10.021
(329.639)
(149.634)
(329.639)
(149.634)
310.110
544.902
333.009
558.655
142.653
–
–
Remuneração de capitais próprios
137.141
112.983
142.820
Prejuízo do exercício
279.794
112.983
142.820
544.902
333.009
558.655 Valor adicionado (consumido) distribuído
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras para o Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2014 (Valores em milhares de reais - R$, exceto quando de outra forma indicado)
1. Informações Gerais
O Estaleiro Atlântico Sul S.A. (“Companhia”) foi criado em 21 de novembro de 2005. Marco
na revitalização da indústria naval brasileira, atua nas áreas de engenharia, construção,
montagem e serviços de assistência pós-vendas, incluindo entre outros, o fornecimento de
peças sobressalentes, serviços de manutenção e reparos de navios, cascos e outros produtos da área naval. Possui capacidade tecnológica para produzir amplo portfólio de navios
até 500 mil toneladas de porte bruto (TPB), conteineiros e navios-sonda. Trata-se de uma
sociedade anônima de capital fechado cujos sócios são grupos com tradição na indústria
brasileira e internacional: Grupo Camargo Corrêa, Grupo Queiroz Galvão e Japan EAS
Investimentos e Participações Ltda. O Grupo Camargo Corrêa é um dos maiores conglomerados empresariais privados brasileiros. Fundado em 1939 com presença atualmente
em 18 países e forte atuação na cadeia de valor e infraestrutura, está presente em áreas
como engenharia, construção, geração e distribuição de energia, concessão de serviço
público, incorporação imobiliária, industrial naval e óleo e gás. No setor industrial atua em
cimento, siderurgia, calçados e têxtil. (*) O Grupo Queiroz Galvão foi fundado em 1953, tem
foco nos segmentos de construção, óleo e gás, participações e concessões, siderurgia,
alimentos, desenvolvimento imobiliário e engenharia ambiental. Está presente em todos os
estados brasileiros e em outros países da América do Sul, América Central e da África,
além de Estados Unidos, Canadá e Europa. Atualmente, é uma das maiores prestadoras
de serviços de perfuração e produção do Brasil, em terra e mar, em águas rasas e profundas. Desde 1996, a empresa dedica-se também a atividades de exploração e produção
como concessionária de campos onshore e offshore. (*) A JEI-Japan EAS Investimentos e
Participações Ltda. é um consórcio com participação da IHI Corporation, da subsidiária
naval Japan Marine United Corporation e da empresa independente Japan Gasoline Corporation, companhia de engenharia especializada em projetos industriais nas áreas de refino e gás natural liquefeito (GNL). Todas são empresas com décadas de destacada experiência na área naval e offshore. (*) A Companhia está localizada no Complexo Industrial
Portuário Governador Eraldo Gueiros - SUAPE, no município de Ipojuca, Estado de Pernambuco, tendo condições logísticas privilegiadas em relação ao chamado “Triângulo de
Ouro” da indústria de petróleo e gás, formado pelo Golfo do México, Costa Ocidental da
África e pela promissora área do pré-sal, no Brasil. Ao se instalar na região Nordeste, o
Estaleiro abriu uma nova fronteira para o setor naval no país, atraindo uma poderosa cadeia de negócios para a região, considerada a complexidade de fornecedores nacionais e
internacionais de bens e serviços que integram o setor. (*) Do ponto de vista tecnológico, a
Companhia é o único estaleiro do país a figurar no seleto time de plantas navais de 4ª geração, a mesma dos mais modernos estaleiros asiáticos, considerados a vanguarda do
setor. A Companhia tem equipamentos que estão entre os mais modernos do segmento, a
exemplo de dois pórticos do tipo Goliath. Cada um destes pórticos possui 100 metros de
altura (o equivalente a um prédio de 33 andares), um vão (distância) entre as “pernas” de
164 metros e capacidade de içamento de 1.500 toneladas. Esses pórticos podem operar
sincronizados e, juntos, conseguem movimentar cargas de até 2.800 toneladas. (*) A Companhia tem como compromisso gerar valor efetivo aos negócios de seus clientes e acionistas, por meio da busca de níveis crescentes de produtividade com segurança, adequada
gestão de custo, garantindo rentabilidade dos seus negócios e qualidade dos seus produtos de acordo com os requisitos e prazos requeridos pelos clientes. Mantém um ambiente
de trabalho que valoriza o desenvolvimento de seus colaboradores, assegurando oportunidades de crescimento profissional, melhoria da qualidade de vida, segurança e promoção
de saúde. (*) (*) Informações não sujeitas ao exame dos auditores independentes. A Companhia tem contratos firmados com a Petrobras Transportes S.A. (Transpetro) para a construção de 18 navios petroleiros e contrato com a Sete International GmbH para a construção de 7 navios de perfuração. Informações importantes referente o contrato com a Sete
International GmbH estão sendo detalhados na nota explicativa nº 31. a) Eventos
operacionais relevantes: O exercício de 2014 foi marcado por uma série de avanços e
mudanças na Companhia: • Chegada do novo presidente, Sr. Harro Ricardo Schlorke Burmann e reestruturação do corpo diretivo da empresa, com o propósito de consolidar a
Companhia como uma empresa competitiva e de excelência no cenário naval e offshore,
nacional e internacional, baseando-se nas melhores práticas da construção naval do Japão. • Implantação da cultura de melhoria contínua, utilizando ferramentas como Kaizen,
6Sigma e Lean Manufacturing. • Assinatura do Memorando de parceria entre Universidade
Federal de Pernambuco, Ishikawajima-Harima Heavy Industry e a Companhia para ensino
de Engenharia naval, com o objetivo de promover a cooperação científica, tecnológica e
cultural, nas áreas de suas especializações, bem como no desenvolvimento de trabalhos
científicos e tecnológicos. • Entrega do navio 4 - Dragão do Mar ao cliente Transpetro. Em
31 de dezembro de 2014, a Companhia está construindo, simultaneamente, 5 navios e
produzindo unidades de perfuração (Drillships). b) Investimentos em sociedades: b.1)
Consunav Rio Consultoria e Engenharia Ltda. (“Consunav”): A Consunav tem como
principal objeto social a prestação de serviços de engenharia na área naval, desenvolvimento de projetos de novas embarcações, consultoria e estudos, planejamento, vistorias e
acompanhamento de construções de embarcações. Em função da Consunav estar inoperante, não foi incluída no processo de consolidação das demonstrações financeiras para os
exercícios de 2014 e 2013. b.2) EAS Inc.: Constituída no Panamá, em 21 de março de
2011, com capital social subscrito de US$ 10.500, sendo US$ 5.183 integralizado e US$
5.317 a integralizar, tem como principal objeto social a execução dos contratos de construção de 7 plataformas de perfuração (Drill Ship). A Companhia assinou contratos de construção de 7 plataformas de perfuração junto à Sete International GmbH.
2. Apresentação das Demonstrações Financeiras e Principais Práticas Contábeis
Adotadas
2.1 Declaração de conformidade: As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro
(“IFRSs”) emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB e as práticas contábeis adotadas no Brasil. As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas
incluídas na legislação societária brasileira e os Pronunciamentos, as Orientações e as
Interpretações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovados
pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC. 2.2 Base de elaboração: As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto por determinados
instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos, conforme descrito nas
práticas contábeis a seguir. O custo histórico geralmente é baseado no valor justo das
contraprestações pagas em troca de ativos. 2.3 Moeda funcional e de apresentação: Os
itens incluídos nas demonstrações financeiras da controladora e de cada uma das empresas controladas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas são mensurados
usando a moeda do principal ambiente econômico no qual as empresas atuam (“moeda
funcional”). As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em reais,
a moeda funcional da Companhia. Os investimentos no exterior possuem moeda funcional
diferente da Controladora. Os ajustes de conversão foram considerados no patrimônio líquido da Companhia como outros resultados abrangentes. 2.4 Transações e saldos em
moeda estrangeira: Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira, são convertidos para a moeda funcional (Real) usando-se a taxa de câmbio vigente na
data dos respectivos balanços patrimoniais. Os ganhos e perdas resultantes da atualização
desses ativos e passivos verificados entre a taxa de câmbio vigente na data da transação
e os encerramentos dos exercícios são reconhecidos como receitas ou despesas financeiras no resultado. Os adiantamentos relativos a importações de matéria-prima, insumos,
máquinas e equipamentos em andamento, em moeda estrangeira, são convertidos para a
moeda funcional da Companhia (Real) na data da transação, ou seja, na data que os
adiantamentos foram efetuados. Este tratamento é dado pelo fato dos adiantamentos serem considerados pré-pagamentos, que serão liquidados com a entrega de bens ou serviços e não são restituíveis. Quando da entrega do ativo para o qual o adiantamento foi
efetuado, a Companhia efetua o registro do imobilizado ou custo incorrido, caso seja componente de produção, contra a baixa do adiantamento correspondente. 2.5 Principais
fontes de julgamento e estimativas: A preparação das demonstrações financeiras exige
que a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de
políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os
resultados reais podem divergir dessas estimativas. Estimativas e premissas são revistos
de uma maneira contínua. Revisões com relação a estimativas contábeis são reconhecidas
no período em que as estimativas são revisadas e em quaisquer períodos futuros afetados.
As principais premissas relativas a fontes de incerteza nas estimativas futuras e outras
importantes fontes de incerteza em estimativas na data do balanço, envolvendo risco significativo de causar um ajuste significativo no valor contábil dos ativos e passivos no próximo exercício financeiro são discutidas a seguir. Perda por Redução ao Valor Recuperável de Ativos não Financeiros: Uma perda por redução ao valor recuperável existe
quando o valor contábil de um ativo ou unidade geradora de caixa excede o seu valor recuperável, o qual é o maior entre o valor justo menos custos de venda e o valor em uso. O
cálculo do valor justo menos custos de vendas é baseado em informações disponíveis de
transações de venda de ativos similares ou preços de mercado menos custos adicionais
para descartar o ativo. O cálculo do valor em uso é baseado no modelo de fluxo de caixa
descontado. Os fluxos de caixa derivam do orçamento e não incluem atividades de reorganização com as quais a Companhia ainda não tenha se comprometido ou investimentos
futuros significativos que melhorarão a base de ativos da unidade geradora de caixa objeto
de teste. O valor recuperável é sensível à taxa de desconto utilizada no método de fluxo de
caixa descontado, bem como os recebimentos de caixa futuros esperados e a taxa de
crescimento utilizada para fins de extrapolação. Valor justo de instrumentos financeiros:
Quando o valor justo de ativos e passivos financeiros apresentados no balanço patrimonial
não puder ser obtido de mercado ativo, é determinado utilizando técnicas de avaliação,
incluindo o método de fluxo de caixa descontado. Os dados para esses métodos se baseiam naqueles praticados no mercado, quando possível, contudo quando isso não for viável, um determinado nível de julgamento é requerido para estabelecer o valor justo. O
julgamento inclui considerações sobre os dados utilizados como, por exemplo, risco de liquidez, risco de crédito e volatilidade. Mudanças nas premissas sobre esses fatores poderiam afetar o valor justo apresentado dos instrumentos financeiros. Provisões para riscos
fiscais, trabalhistas, cíveis e ambientais: A Companhia reconhece provisão para riscos
fiscais, trabalhistas e cíveis e ambientais. A avaliação da probabilidade de perda inclui a
avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis,
as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem
como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para
levar em conta alterações nas circunstâncias tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos
assuntos ou decisões de tribunais. Provisão para contratos onerosos: Obrigações presentes resultantes de contratos onerosos são reconhecidas e mensuradas como provisões. Um contrato oneroso existe quando os custos inevitáveis para satisfazer as obrigações do contrato excedem os benefícios econômicos que se esperam que sejam recebidos
ao longo do mesmo contrato. Ver nota explicativa nº 5. 2.6 Apuração dos resultados de
construção naval: Com relação à sua operação de construção de longo prazo, as receitas
e os custos são reconhecidos proporcionalmente à etapa de conclusão física na data do
balanço. Geralmente, isso é mensurado na proporção que os custos do contrato são incorridos pelo trabalho executado até a data do balanço, proporcionalmente ao custo total estimado. Caso os custos incorridos não reflitam o trabalho executado, os mesmos só são
utilizados para determinação da etapa da conclusão física da obra quando se referem a
materiais feitos especificamente para um determinado contrato. A margem de lucro atribuída é calculada a partir do resultado da receita total contratada deduzido dos custos e
despesas totais orçadas. Quando é provável que o total dos custos dos contratos exceda
o total das receitas contratuais, a perda prevista é reconhecida imediatamente no resultado. Caso a fase de execução física da obra seja superior ao que seria correspondente aos
adiantamentos realizados pelos clientes, o contas a receber é apresentado no balanço
patrimonial líquido dos respectivos adiantamentos. Caso seja inferior, é apresentado um
passivo denominado de adiantamentos de clientes. A abertura destes valores está demonstrada na nota explicativa nº 5. 2.7 Instrumentos financeiros: 2.7.1 Categorias: A
categoria depende da finalidade para a qual os ativos e passivos financeiros foram adquiridos ou contratados e é determinada no reconhecimento inicial dos instrumentos financeiros. Os ativos financeiros mantidos pela Companhia são classificados sob as seguintes
categorias: Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado: São
ativos financeiros mantidos para negociação, quando são adquiridos para esse fim, principalmente no curto prazo e são mensurados ao valor justo na data das demonstrações financeiras, sendo as variações reconhecidas no resultado. Os instrumentos financeiros
derivativos também são classificados nessa categoria. Os ativos dessa categoria são classificados no ativo circulante. Ativos financeiros mantidos até o vencimento: Compreendem investimentos em determinados ativos financeiros classificados no momento inicial da
contratação, para serem levados até a data de vencimento, os quais são mensurados ao
custo amortizado pelo método de taxa de juros efetiva. No caso da Companhia, esta possui
investimento temporário com esta classificação. Ativos financeiros disponíveis para
venda: Quando aplicável, são incluídos nessa classificação os ativos financeiros não derivativos, que sejam designados como disponíveis para venda ou não sejam classificados
como: (a) empréstimos e recebíveis; (b) investimentos mantidos até o vencimento; ou (c)
ativos financeiros a valor justo por meio do resultado. Em 31 de dezembro de 2014 e de
2013, a Companhia não possuía ativos financeiros registrados nas demonstrações
financeiras sob essa classificação. Empréstimos e recebíveis: São incluídos nesta
classificação os ativos financeiros não derivativos, com recebimentos fixos ou determináveis que não são cotados em um mercado ativo. Os empréstimos e recebíveis são mensurados pelo valor do custo amortizado utilizando-se o método de juros efetivos, deduzidos
de qualquer perda por redução do valor recuperável. A receita de juros é reconhecida
através da aplicação da taxa de juros efetiva, exceto para créditos de curto prazo quando
o reconhecimento de juros seria imaterial. No caso da Companhia compreende caixa e
equivalentes de caixa e contas a receber. Os passivos financeiros mantidos pela Companhia são classificados sob as seguintes categorias: Passivos financeiros mensurados
ao valor justo por meio do resultado: São classificados como ao valor justo por meio do
resultado quando são mantidos para negociação ou designados ao valor justo por meio do
resultado. Outros passivos financeiros: São mensurados ao custo amortizado utilizando
o método de juros efetivos. Os passivos financeiros da Companhia são substancialmente
representados por fornecedores, empréstimos e financiamentos, debêntures e adiantamentos de clientes. Estão demonstrados pelos valores de contratação, acrescidos dos
encargos pactuados, que incluem juros e atualização cambial. 2.7.2 Mensuração: As compras e vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data da negociação, ou
seja, na data em que a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os empréstimos e recebíveis e ativos financeiros mantidos até o vencimento são mensurados ao
custo amortizado. Os ativos financeiros a valor justo por meio do resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos de transação são registrados na demonstração do resultado. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são registrados na
demonstração do resultado nas rubricas “Receitas financeiras” ou “Despesas financeiras”,
respectivamente, no período em que ocorrem. Para os ativos financeiros classificados
como “Disponíveis para venda”, quando aplicável, essas variações são registradas na rubrica “Outros resultados abrangentes”, no resultado abrangente e no patrimônio líquido, até
o momento da liquidação do ativo financeiro, quando, por fim, são reclassificadas para o
resultado do exercício. 2.7.3 Compensação de instrumentos financeiros: Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado no balanço patrimonial
quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há a
intenção de liquidá-los em uma base líquida ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 2.8 Caixa e equivalentes de caixa: São representados por fundo fixo de caixa,
recursos em contas bancárias de livre movimentação e por aplicações financeiras cujos
saldos não diferem significativamente dos valores de mercado, com até 90 dias da data da
aplicação ou considerados de liquidez imediata ou conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor, os quais
são registrados pelos valores de custo acrescidos dos rendimentos auferidos até as datas
dos balanços, que não excedem o seu valor de mercado ou de realização. 2.9 Investimento temporário: Trata-se de aplicação financeira restrita a contratos de empréstimos junto
ao BNDES, conforme descrito na nota explicativa nº 10. É mensurado pelo custo de aquisição acrescido por juros e variação cambial, incorridos até a data das demonstrações financeiras consolidadas. 2.10 Contas a receber: Estão representadas, basicamente, pela
diferença entre o contas a receber reconhecido proporcionalmente à etapa de conclusão
física de cada projeto na data do balanço e os adiantamentos recebidos pelos clientes.
Esta classificação é calculada para cada projeto individualmente e considera quaisquer
alterações nas margens projetadas. 2.11 Despesas antecipadas: Demonstrados pelos
valores nominais conhecidos ou calculáveis, cuja amortização ocorre linearmente considerando os prazos contratuais. 2.12 Ativos não circulantes mantidos para venda: Os ativos não circulantes e os grupos de ativos são classificados como mantidos para venda
caso o seu valor contábil seja recuperado principalmente por meio de uma transação de
venda e não através do uso contínuo. Essa condição é atendida somente quando a venda
é altamente provável e o ativo não circulante (ou grupo de ativos) estiver disponível para
venda imediata em sua condição atual. A Administração deve estar comprometida com a
venda, a qual se espera que, no reconhecimento, possa ser considerada como uma venda
concluída dentro de um ano a partir da data de classificação. Os ativos não circulantes (ou
o grupo de ativos) classificados como destinados à venda são mensurados pelo menor
valor entre o contábil anteriormente registrado e o valor justo menos o custo de venda.
2.13 Investimentos e base de consolidação: a) Investimentos em empresas controladas (controladora): Nas demonstrações financeiras individuais (controladora) a Companhia reconhece e demonstra os investimentos em controladas através do método de equivalência patrimonial. b) Investimentos em empresas controladas: A Companhia
consolidou integralmente as demonstrações financeiras de empresas controladas. Considera-se existir controle quando a Companhia detém, direta ou indiretamente, a maioria dos
direitos de voto em Assembleia Geral e tem o poder de determinar as políticas financeiras
e operacionais, a fim de obter benefícios de suas atividades. Nas situações em que a
Companhia detenha, em substância, o controle de outras entidades constituídas com um
fim específico, ainda que não possua a maioria dos direitos de voto, estas são consolidadas pelo método de consolidação integral. A participação de terceiros no patrimônio líquido
e no lucro líquido das controladas é apresentada como um componente do patrimônio líquido consolidado e na demonstração consolidada do resultado, respectivamente, na rubrica
de “Participação dos acionistas não controladores”. 2.14 Imobilizado: Máquinas, equipamentos e outros ativos são apresentados ao custo, líquido de depreciação acumulada e/ou
perdas acumuladas por redução ao valor recuperável, se for o caso. O referido custo inclui
o custo de reposição de parte do imobilizado e custos de empréstimo de projetos de construção de longo prazo, quando os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Quando
partes significativas do ativo imobilizado são substituídas, a Companhia reconhece essas
partes como ativo individual com vida útil e depreciação específica. Da mesma forma,
quando uma manutenção relevante for feita, o seu custo é reconhecido no valor contábil do
imobilizado, se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Todos os demais custos
de reparos e manutenção são reconhecidos na demonstração do resultado quando incorridos. A depreciação é calculada de forma linear ao longo da vida útil do ativo, às taxas que
levam em consideração a vida útil estimada dos bens, demonstradas na nota explicativa
nº 13. Um item de imobilizado é baixado quando vendido ou quando nenhum benefício econômico futuro for esperado do seu uso ou venda. Eventual ganho ou perda resultante da
baixa do ativo (calculado como sendo a diferença entre o valor líquido da venda e o valor
contábil do ativo) é incluído na demonstração do resultado no exercício em que o ativo for
baixado. O valor residual, a vida útil dos ativos e os métodos de depreciação são revistos
no encerramento de cada exercício, e ajustados de forma prospectiva, quando for o caso.
2.15 Arrendamentos mercantis: A classificação dos contratos de arrendamento mercantil
é realizada no momento da sua contratação. Os arrendamentos nos quais uma parcela
significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida pelo arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos efetuados para arrendamentos