DOEPE 14/12/2016 - Pág. 3 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Recife, 14 de dezembro de 2016
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
Ano XCIII • N0 231 – 3
DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO
Em 2017 Lafepe amplia
produção para o SUS
Comunicação Lafepe
Em tempos de crise econômica, o Governo de Pernambuco contabiliza
mais uma importante conquista, social e financeira, no setor fármaco.
epois de o governador
Paulo Câmara ter anunciado recentemente o
investimento de R$ 500 milhões
da Aché na implantação de uma
planta industrial e uma central
de distribuição no Complexo de
Suape - além de atrair outras
indústrias para o pólo farmacoquímico, como a fábrica da
Biomm, o que deverá tirar o
País da dependência de importação de insulina -; a boa
notícia, na produção de medicamentos, vem do Laboratório
Farmacêutico do Estado de
Pernambuco Governador Miguel Arraes (Lafepe).
A unidade pernambucana está
prestes a comemorar o pioneirismo no setor público, na
conclusão de todas as etapas de
uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). Trata-se de parceria que envolve a
cooperação entre instituições
públicas e privadas para o
desenvolvimento, transferência
e absorção de tecnologia, produção, capacitação produtiva e
tecnológica do País em produtos
estratégicos para atendimento às
demandas do Sistema Único de
Saúde (SUS).
No Lafepe, o procedimento
reconhecido pelo Ministério da
Saúde (MS) e realizado em parceria com um laboratório privado encontra-se em processo
de internalização. Isso significa
que, em meados de 2017, o
Lafepe dará início à produção
dos antipsicóticos Clozapina
(comprimido de 25mg e 100mg),
Quetiapina (comprimido revestido de 25mg, 100mg e 200mg)
e Olanzapina (comprimido revestido de 5mg e 10mg).
Com a internalização das
F OTOS : D IVULGAÇÃOP /CBI MAGEM
D
O LAFEPE está entre os cinco maiores laboratórios oficiais do Brasil em produção e faturamento
PDP´s, a produção de medicamentos do Lafepe passará dos
atuais 100 milhões de comprimidos, por ano, para 270 milhões. Vale destacar que esses
números devem crescer ainda
mais com a implantação, em
2017, de duas novas PDP´s na
linha de antirretrovirais: Ritonavir comprimido de 100mg termoestável e Tenofovir 300mg +
Lamivudina 300mg. Outras
PDP´s estão sendo negociadas
com o Ministério da Saúde.
“Aos poucos, estamos recuperando nossa capacidade produtiva”, comemora o diretorpresidente do Lafepe, Roberto
Fontelles. Ele lembra que, em
junho último, o laboratório
voltou a produzir, sem restrições, o Benznidazol, medicamento usado no tratamento do
Mal de Chagas. Esse novo
cenário deve-se à conquista da
Certificação de Boas Práticas de
Fabricação (CBPF) para a
fábrica de comprimidos, concedida pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Em julho, liberamos para o
Ministério da Saúde o primeiro
lote de Benznidazol produzido
pelo Lafepe, contendo 250 mil
comprimidos”, frisa Fontelles.
Já em agosto, foi liberado um
lote de 9 mil comprimidos
(100mg adulto) do mesmo medicamento para a Masters, empresa responsável pela distribuição de medicamentos para o
mercado internacional. Desse
montante, 7 mil comprimidos
foram para os Estados Unidos e
os 2 mil restantes para a França.
“O Lafepe detém matériaprima suficiente para produzir
2 milhões e 400 mil comprimidos de Benznidazol, num
período de dois anos”, antecipa
o diretor-presidente.
Único laboratório público no
mundo a produzir o Benznidazol, o Lafepe fornece o medicamento exclusivamente para o
Ministério da Saúde e entidades
humanitárias internacionais,
responsáveis pela distribuição
junto à população. O mesmo
acontece com os antipsicóticos
e os antirretrovirais que fazem
parte do portfólio do laboratório pernambucano.
HISTÓRICO - O Lafepe foi
criado em 1965, com o intuito
de produzir medicamentos de
qualidade e a baixo custo.
Desde então, desenvolve, produz e comercializa medicamentos e óculos, atendendo às
políticas de saúde pública. Está
entre os cinco maiores laboratórios oficiais do Brasil, em
produção e faturamento. Atualmente, são 100 milhões de
comprimidos produzidos por
ano; devendo fechar 2016 com,
aproximadamente, R$ 300
milhões, dos quais 98% são
provenientes dos contratos com
o Ministério da Saúde.
No seu portfólio estão antirretrovirais, antipsicóticos, antihipertensivos, antiparasitários
e saneantes. Além do Benznidazol, também produz com
exclusividade no País a Zidovudina na apresentação
xarope e Didanosina pó para
suspensão, utilizados no tratamento de crianças portadoras
do vírus HIV.
MEDICAMENTOS e óculos de qualidade são oferecidos a baixo custo