DOEPE 01/02/2017 - Pág. 3 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
Recife, 1o de fevereiro de 2017
Ano XCIV • N0 22 – 3
Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo
NOVO CONTRATO
Compesa vai resolver consertos
de vazamentos em até 96 horas
F OTO : A LUÍSIO M OREIRA /C OMPESA
Superestrutura com 60 equipes motorizadas
foi montada para atender demandas na
RMR e Goiana; a prestação de serviços
conta com tecnologia de ponta e
monitoramento em tempo real.
Companhia Pernambucana
de Saneamento (Compesa)
iniciou um novo modelo de
gestão para contratos de manutenção de redes de distribuição de água
para dar mais rapidez ao conserto de
vazamentos e reposição do pavimento nas cidades da Região Metropolitana do Recife e Goiana, na
Mata Norte. A intenção da companhia é modernizar e aperfeiçoar os
procedimentos para que o atendimento seja finalizado no prazo
máximo de 96 horas, período que
envolve o diagnóstico e execução do
reparo hidráulico até a reposição do
pavimento. A prestação do serviço
vai lançar mão de novas tecnologias, com o uso de smartphones e
monitoramento remoto do trabalho
executado, em tempo real, para o
cumprimento efetivo do prazo e da
qualidade dos serviços estabelecidos. O novo contrato também prevê
a atuação de equipes nos três turnos.
O programa, batizado de CompesAtende, foi concebido após qua-
A
se um ano de estudos e modelagem
dos novos contratos de manutenção
de redes, que só na RMR, possuem
quase 6 milhões de metros de tubulações e 742 mil ligações ativas. Para
atender todo universo de vazamentos,
foi montada uma superestrutura com
60 veículos utilitários, 11 caminhões,
13 retroescavadeiras, equipamentos
como geradores e compressores, e
uma equipe de 200 profissionais envolvidos diretamente na manutenção
da rede. Mas nos próximos 20 dias,
durante uma fase de ajustes do novo
contrato, a Compesa vai atuar com 30
equipes nas ruas, inicialmente. A
central de controle de manutenção,
localizada na unidade da Compesa na
Avenida Rui Barbosa, fará o monitoramento do GPS de todos os veículos e da execução dos serviços.
Agora todo conserto de vazamentos precisará cumprir um padrão estabelecido pela Compesa, que prevê
cinco etapas de execução do serviço
e o prazo máximo de 96 horas para
ser concluído, começando com o
O PROGRAMA
batizado de
CompesAtende conta
com 200
profissionais
envolvidos
diretamente na
manutenção da rede
diagnóstico do problema, sinalização
do local, para depois realizar o reparo
hidráulico, reaterro e reposição do
pavimento. Cada etapa concluída será informada pelas equipes diretamente no sistema, por um aplicativo
no smartphone, como um checklist.
Também haverá o registro fotográfico de todo processo, com imagens
georreferenciadas (coordenadas via
GPS). Dessa forma, a companhia vai
fiscalizar a realização dos serviços e
rastrear as equipes em tempo real.
Hoje, a Compesa recebe cerca de
3.300 registros de vazamentos, por
mês. “Nosso objetivo é reduzir as
reclamações da população, atendendo 100% dessas demandas. Nesse
primeiro momento, vamos resolver
os vazamentos visíveis, no menor
tempo possível. Depois, vamos partir
para os vazamentos ocultos, que precisam ser investigados à noite, com
estudos de geofonagem feitos com
equipamento de alta precisão para
identificar o vazamento não aparente”, informa o diretor da Regional
Metropolitana da Compesa, Fernando Lôbo, acrescentando que, dentro de seis meses, serão consertados
todos os vazamentos residuais do
contrato anterior.
“A Compesa tem uma preocupação muito grande com esse tipo de
contrato, pois representa a imagem
da empresa que está na rua. O contra-
to anterior não estava funcionando
adequadamente, por isso, estudamos
um modelo de gestão que pudesse
atender de forma plena a população,
resolvendo os vazamentos de forma
rápida e com qualidade”, explica Fernando Lôbo, informando que “os serviços de obras emergenciais” foram
retirados do contrato de manutenção
de redes, o que permite agora focar
somente na solução dos vazamentos.
Ao longo de dois anos, serão investidos R$ 43 milhões no novo contrato, que será executado por meio de
dois consórcios, com as empresas
pernambucanas SAM e Consórcio
CTE, e cuja remuneração será feita
por performance e a partir da avaliação mensal de indicadores. Está previsto, por exemplo, de acordo com o
desempenho e resultados, penalidades com o abatimento de até 10% do
valor do serviço.
“Solicitamos aos nossos clientes
que procurem os canais de atendimento da empresa, como o 0800 081
0185, as lojas de atendimento, as redes sociais e o Compesa Mobile
(aplicativo que permite tirar foto de
um vazamento e enviar instantaneamente para a companhia), e faça o
registro, que já iniciaremos o tratamento desse vazamento, no prazo de
até 12 horas”, ensina Conceição
Pontes, gerente de Manutenção de
Redes da Compesa.
WILMA LESSA DIVULGA BALANÇO E IMPORTÂNCIA DE PROCURAR O SERVIÇO
Durante todo o ano de 2016, o Serviço de
Apoio à Mulher Wilma Lessa (SAM/WL), sediado no Hospital Agamenon Magalhães
(HAM), no Recife, realizou 1.451 atendimentos de mulheres vítimas de violência. Desse
total, 371 casos foram de primeiros atendimentos e os demais de retornos para acompanhamento clínico, social e psicológico. Do número
de mulheres, 119 (32%) chegaram ao serviço
após 72 horas do ocorrido, o que impossibilita
alguns procedimentos, principalmente no caso
de violência sexual.
“Sabemos que esse é um momento de vulnerabilidade para a mulher, por isso precisamos
divulgar que o Wilma Lessa funciona 24 horas
por dia, todos os dia da semana, para acolher
esse público e oferecer todo o suporte de saúde,
mantendo o sigilo necessário para cada tipo de
caso. Também ressaltamos a importância de
procurar a unidade o quanto antes, principalmente em caso de violência sexual, já que o uso
das medicações profiláticas de prevenção
contra as infecções sexualmente transmissíveis
e gravidez devem ser feitas com até 72 horas
após a violência”, afirma a coordenadora do
Wilma Lessa, Mayara Mendes.
No serviço, que atende o público feminino a
partir dos 12 anos, a mulher conta com o apoio
de uma equipe multiprofissional formada por
médico, enfermeiro, psicólogo e assistente social para atender casos de violência doméstica
e sexual. “O acompanhamento pode durar até
oito meses no caso de violência sexual. Esse é
o tempo necessário para a realização de todos
os exames e para que a paciente seja tratada por
toda a equipe multiprofissional”, ressalta
Mayara. No caso de assistência social e psicológica, esse período pode ultrapassar, a depender da necessidade e disponibilidade de cada
paciente.
PERFIL - Das 371 mulheres que procuraram o
Wilma Lessa, 273 foram por violência sexual,
32 por violência física, 62 violência sexual e
física e 4 por ameaça e violência verbal. “Em
todos os casos, o aspecto psicológico fica comprometido e fazemos atendimento específico
nessa área”, diz a coordenadora do serviço. Em
relação a faixa etária, 110 tinham entre 12 a 18
anos; 256 entre 19 a 59 anos; e 5 mulheres
idosas (acima de 60 anos).
PROCURA - Do total dos casos atendidos em
2016, 113 mulheres chegaram espontaneamente ao serviço, 131 foram encaminhadas por
alguma delegacia/IML, 122 foram transferidas
por outros serviços de saúde e 5 mulheres acessaram o Wilma Lessa por meio de encaminha-
mentos de outros serviços (conselhos tutelares,
assistência social). “Mesmo quando encaminhada, a mulher é atendida no Wilma Lessa por
ter expressado a vontade de receber essa ajuda.
Estamos aqui para respeitar a decisão da mulher e ofertar o melhor tipo de atendimento para
ajudá-la nesse momento”, frisa Mayara.
ABORTO PREVISTO EM LEI - Seguindo o
protocolo de atendimento às mulheres vítimas
de violência, estabelecido pelo Ministério da
Saúde, e também ao que determina o Código
Penal brasileiro, que dá à mulher vítima de
violência o direito em decidir pela continuidade ou não da gestação em decorrência
do estupro, o SAM/WL também é referência
na realização das interrupções gestacionais
nos casos em que a lei prevê, garantindo a
assistência segura e humanizada às mulheres.
Em 2016, 31 mulheres chegaram ao local
com demanda para interrupção gestacional
relatando violência sexual. Dessas, 23 optaram por realizar o procedimento.
OUTROS SERVIÇOS - Além do Wilma Lessa,
que pode atender mulheres de todo o Estado, há
outras unidades de saúde municipais e estaduais para atender as mulheres vítimas de violência. Veja a lista ao lado:
1a GERES: Centro Integrado de Saúde Amaury
de Medeiros (Cisam) - Recife; Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip)
- Recife; Hospital da Mulher do Recife - Recife;
Hospital e Maternidade Petronila Campos - São
Lourenço da Mata; Maternidade Arnaldo Marques - Recife; Policlínica Agamenon Magalhães
- Recife; Maternidade Bandeira Filho - Recife;
Unidade Mista Prof. Barros Lima - Recife.
4a GERES: Hospital Jesus
Nazareno - Caruaru.
7a GERES: Hospital Regional Inácio
de Sá - Salgueiro.
8a GERES: Hospital Dom Malan Petrolina.
11a GERES: Hospital Professor
Agamenon Magalhães - Serra Talhada.
SERVIÇO DE APOIO À
MULHER WILMA LESSA
Estrada do Arraial, 2723, Casa Amarela Recife/PE
Telefones: (81) 3184-1739 / 3184-1740.