DOEPE 24/05/2017 - Pág. 26 - Poder Executivo - Diário Oficial do Estado de Pernambuco
26 - Ano XCIV• NÀ 95
Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
VENTOS DE SANTA BRÍGIDA II ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A.
CNPJ sob o nº 17.875.194/0001-71
BALANÇO PATRIMONIAL
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
ATIVOS
31/12/2016
31/12/2015
(Reapresenta
do – Nota 5)
Circulantes
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 7)
374
5.508
Contas a receber (Nota 8)
8.571
6.026
Partes relacionadas (Nota 9)
10
Outros ativos (Nota 10)
550
517
Total dos ativos circulantes
9.505
12.051
Não Circulantes
Contas a receber (Nota 8)
13.623
Imobilizado (Nota 11)
122.401
127.982
Total dos ativos não circulantes
122.401
141.605
Total dos ativos
131.906
153.656
PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Circulantes
Fornecedores (Nota 12)
1.902
8.613
Contas a pagar
53
125
Contas a pagar – CCEE (Nota 13)
2.607
Partes relacionadas (Nota 9)
12.482
10.498
Obrigações fiscais e trabalhistas
41
1.501
Outras obrigações
374
Total dos passivos circulantes
17.459
20.737
Não Circulantes
Contas a pagar - CCEE (Nota 13)
806
Contas a pagar
2
Partes relacionadas (Nota 9)
60.169
82.252
Impostos diferidos (Nota 19)
1.457
Provisão para desmobilização (Nota 14)
2.474
2.474
Total dos passivos não circulantes
64.908
84.726
Patrimônio Líquido
Capital social (Nota 15)
48.337
48.337
Prejuízos acumulados
(144)
Reserva de lucros
1.202
Total do patrimônio líquido
49.539
48.193
Total dos passivos e patrimônio líquido
131.906
153.656
As notas explicativas da administração são parte
integrante das demonstrações financeiras.
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO EXERCÍCIO
FINDO EM 31 DE DEZEMBRO
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
31/12/2016
31/12/2015
(Reapresenta
do – Nota 5)
Receita líquida da venda
de energia (Nota 16)
14.758
8.335
Custos de operação (Nota 17)
(8.192)
(1.824)
Lucro bruto
6.566
6.511
Despesas operacionais
Despesas gerais e administrativas (Nota 17) (394)
(1.227)
Outras despesas (Nota 17)
(22)
Total
(394)
(1.249)
Lucro operacional antes do
resultado financeiro
6.172
5.262
Resultado financeiro
Despesas financeiras (Nota 18)
(3.965)
(2.873)
Receitas financeiras (Nota 18)
970
885
Total
(2.995)
(1.988)
Lucro antes do imposto de rend
a e da contribuição social
3.177
3.274
Imposto de renda e contribuição social
correntes e diferidos (Nota 19)
(1.457)
(1.320)
Lucro do exercício
1.720
1.954
Lucro do exercício por lote
de mil ações - R$ mil
0,04
0,04
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA EXERCÍCIO
FINDO EM 31 DE DEZEMBRO
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
2016
2015
(Reapresenta
do – Nota 5)
Lucro antes do imposto de renda
e da contribuição social
3.177
3.274
Ajustes para reconciliar o lucro do exercício
Depreciação e amortização
6.193
1.427
Variações de ativos e passivos
Contas a receber de cliente
11.078
(18.767)
Outros ativos
(33)
Fornecedores
(6.711)
(27.364)
Contas a pagar
(70)
125
Contas a pagar – CCEE
3.413
Obrigações fiscais e trabalhistas
(1.460)
1.468
Provisão desmobilização
2.474
Imposto de renda e contribuição
social pagos
(1.320)
Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas)
atividades operacionais
15.587
(38.683)
Fluxos de caixa das atividades
de investimentos
Adições ao imobilizado
(612)
(26.882)
Partes relacionadas - empréstimos
concedidos
(10)
Caixa líquido aplicado nas atividades
de investimentos
(622)
(26.882)
Fluxos de caixa das atividades
de financiamentos
Partes relacionadas - empréstimos
recebidos (pagos)
(20.099)
71.038
Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas)
atividades de financiamento
(20.099)
71.038
Aumento (redução) de caixa e
equivalentes de caixa, líquidos
(5.134)
5.473
Caixa e equivalente de caixa
no início do exercício
5.508
35
Caixa e equivalente de caixa no
final do exercício
374
5.508
Aumento (redução) de caixa e
equivalentes de caixa, líquidos
(5.134)
5.473
As notas explicativas da administração são parte integrante das
demonstrações financeiras.
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Reservas de lucros Lucros ou Total do
Capital
Equalização (Prejuízos) patrim.
social Legal dividendos acumulados líquido
Saldos em 1 de
janeiro de 2015
48.337
Lucro do exercício
(Reapresentado
- Nota 5)
Saldos em 31 de
dezembro de 2015 48.337
Lucro do exercício
Destinações:
Constituição
de reservas (Nota 15) Dividendos mínimos
obrigatórios (Nota 15)
Saldos em 31 de
dezembro de 2016 48.337
-
-
(2.098)
46.239
-
-
1.954
1.954
-
-
(144)
1.720
48.193
1.720
79
1.123
(1.202)
-
-
-
(374)
(374)
79
1.123
-
49.539
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
1 Informações gerais - A Ventos de Santa Brígida II Energias Renováveis S.A. –. (“Companhia”), é uma sociedade anônima de capital fechado
constituída com o objetivo específico de construção, instalação, implantação, operação, exploração e manutenção da central geradora eólica
denominada Brígida II, no município Caetés, Estado de Pernambuco. A Companhia é controlada pela Ventos de São Tomé Holding S.A. Em 25
de dezembro de 2015, a Companhia entrou em operação comercial conforme despacho nº 4.139 de 24 de dezembro de 2015 emitido pela ANEEL.
A Companhia possui junto à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL a seguinte autorização e registro de geração:
Eólica
Estado
Cidade Capacidade Instalada MW Energia Assegurada MWh/ano
Inicio
Término
Brígida
Janeiro
Dezembro
II
Pernambuco
Caetés
27,2
128.984
de 2016
de 2035
A emissão destas demonstrações financeiras foi aprovada pela diretoria em 17 de abril de 2017. Capital circulante líquido - Em 31 de
dezembro de 2016, a Companhia apresentou capital circulante líquido negativo de R$ 7.954 (2015 - R$ 8.686), devido principalmente ao saldo
entre partes relacionadas e contas de ressarcimento (CCEE). A Companhia faz parte do Grupo Cubico e, em linha com os objetivos estratégicos, possui acesso aos recursos necessários para honrar os compromissos da Companhia em caso de eventuais necessidades de caixa. A
Companhia possui compromisso formal de sua controladora de prover, caso necessário, suporte financeiro para o bom andamento de suas
operações. (a) Contrato de Energia de Reserva – CER - A Companhia firmou 04 de agosto de 2014 um Contrato de Energia de Reserva –
CER, na modalidade de quantidade de energia elétrica com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (“CCEE”). Pelo referido contrato
a Companhia se compromete a vender a totalidade de sua energia gerada à CCEE, pelo prazo de 20 anos, a contar a partir de 1º de Janeiro
de 2016, ao preço de R$ 135,32, atualizados anualmente pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA. A partir 1 de janeiro de 2016 a
Companhia passou a faturar um valor fixo, mensal, correspondente ao valor definido em contrato. Eventuais diferenças entre o valor recebido
e o valor de energia elétrica efetivamente gerada serão compensadas financeiramente. Os critérios de apuração são definidos contratualmente,
mediante um limite de tolerância entre a energia efetivamente gerada e a energia contratada. O limite contratual aceito, sem a incidência de
penalidades ou bônus, é equivalente ao fornecimento de 90% a 130% da energia contratada de um ano, apurada ao final de cada quadriênio.
Nestes casos, o desvio positivo ou negativo entre a energia fornecida e a energia contratada é reconhecida no ativo ou passivo, respectivamente,
mediante a aplicação do preço contratual vigente sobre o MWh apurado. Eventuais diferenças entre o fornecimento de energia elétrica e a
energia contratada serão compensadas a cada quadriênio contratual, sendo que o primeiro quadriênio encerra-se em 31 de agosto de 2019;
Caso a energia fornecida seja inferior a 90% da energia contratada, será aplicada a penalidade, equivalente a 15% do preço contratual vigente
sobre o montante em MWh que for inferior aos 90%. Caso a energia fornecida seja superior a 130% da energia contratada, a Companhia
receberá 70% sobre o valor do contrato que exceder aos 130%. Em ambos os casos, o acerto financeiro ocorre a partir de setembro do ano
corrente até agosto do ano subsequente, mediante liquidação das faturas mensais emitidas pela Companhia à CCEE. Excepcionalmente em
2016 esse período ocorreu de 1 de janeiro a 1 de setembro. Até 31 de dezembro de 2016 a Companhia não possui nenhum efeito significativo,
além dos valores já registrados, a ser reconhecido em decorrência dos critérios mencionados anteriormente. 2 Apresentação das informações contábeis e principais políticas contábeis adotadas - As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. O exercício social da Companhia se encerra no dia 31 de dezembro de cada ano. 2.1 Base de
preparação - As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da
Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior
complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras estão divulgadas
na Nota 3. (a) Demonstrações financeiras - As demonstrações financeiras da Companhia foram preparadas conforme as práticas contábeis
adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs) e evidenciam todas as informações relevantes próprias das
demonstrações financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela administração na sua gestão. Em função de não
haver outros resultados abrangentes nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, a Companhia não está apresentando a
demonstração do resultado abrangente nestas demonstrações financeiras. (b) Moeda funcional e de apresentação - As demonstrações
financeiras são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas estão em milhares de Reais, exceto quando indicado em outra forma. 2.2 Caixa e equivalentes de caixa - Caixa e equivalentes de caixa incluem dinheiro em
caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo de alta
liquidez, com vencimentos originais de até três meses (com risco insignificante de mudança de valor). 2.3 Contas a receber - As contas a receber de clientes são inicialmente reconhecidas pelo valor justo e,
subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do
método da taxa efetiva de juros. Na prática, são reconhecidas pela valorização da energia fornecida, em MWh, pela tarifa vigente do Contrato de
Energia de Reserva – CER (Nota 1). Caso a energia fornecida seja
inferior à energia contratada no período de apuração do Contrato de Energia de Reserva - CER, o valor excedente recebido é registrado como
adiantamento de clientes. 2.4 Imobilizado - Os itens do imobilizado são
demonstrados ao custo histórico de aquisição. O custo histórico inclui os
gastos diretamente atribuíveis necessários para preparar o ativo para o
uso pretendido pela administração, excluindo custos de financiamentos. A
Companhia inclui no valor contábil de um item do imobilizado o custo de
peças de reposição somente quando for provável que esse custo lhe proporcione futuros benefícios econômicos. A depreciação dos ativos é calculada usando o método linear considerando os seus custos e seus valores residuais durante a vida útil estimada limitada ao prazo de concessão,
a taxas anuais variáveis descritas na Nota 11, levando em consideração a
vida útil estimada dos bens. O valor contábil de um ativo é imediatamente
reduzido ao seu valor recuperável, quando o valor contábil do ativo é maior
do que seu valor recuperável estimado (Nota 2.5). 2.5 Provisões para
perdas por impairment em ativos não financeiros - Os ativos que
estão sujeitos a amortização são revisados para a verificação de impairment
sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o
valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é
reconhecida quando o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável, o qual representa o maior valor entre o valor justo de um ativo menos
seus custos de venda e o seu valor em uso. Para fins de avaliação do
impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais
existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa (UGC). Os ativos não financeiros que tenham sido ajustado
por impairment, são revisados subsequentemente para a análise de uma
possível reversão do impairment na data do balanço. 2.6 Fornecedores
- As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens
ou serviços que foram adquiridos no curso normal dos negócios, sendo
classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no
período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante. Elas são, inicialmente, reconhecidas
pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado
com o uso do método de taxa efetiva de juros. 2.7 Provisões As provisões
são reconhecidas quando: (i) a Companhia tem uma obrigação presente
ou não formalizada como resultado de eventos passados; (ii) é provável
que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação;
(iii) e o valor possa ser estimado com segurança. Quando houver uma
série de obrigações similares, a probabilidade de liquida-las é determinada levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo.
Uma provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de liquidação
relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe de
obrigações seja pequena. As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação,
usando uma taxa antes dos efeitos tributários, a qual reflita as avaliações
atuais de mercado do valor do dinheiro no tempo e dos riscos específicos
da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do
tempo é reconhecido como despesa financeira. 2.8 Capital social - As
ações ordinárias e preferenciais são classificadas no patrimônio líquido.
2.9 Reconhecimento de receita - A receita compreende o valor justo da
contraprestação recebida ou a receber pelo fornecimento de energia no
curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida de impostos. A Companhia reconhece a receita quando: (i) o valor da
receita pode ser mensurado com segurança; (ii) é provável que benefícios econômicos futuros fluam para a Companhia e (iii) quando critérios
específicos tiverem sido atendidos para as atividades da Companhia. Na
prática, a Companhia reconhece a receita decorrente do fornecimento de
energia elétrica considerando o montante em MWh gerado e fornecido
valorizados ao preço contratado. (a) Fornecimento de energia elétrica
- A Companhia reconhece a receita decorrente do fornecimento de energia elétrica considerando o montante em MWh gerado e fornecido valorizados ao preço contratado. 2.10 Imposto de renda e contribuição
social corrente e diferido - As despesas fiscais do exercício compreendem o imposto de renda e contribuição social corrente. O imposto é reconhecido na demonstração do resultado. Os encargos do imposto de renda
e contribuição social corrente são calculados com base nas leis tributárias em vigor ou substancialmente promulgadas, na data do balanço. A
Companhia adota o regime do lucro real. 3 Estimativas e julgamentos
contábeis críticos - A Companhia faz estimativas e estabelece premissas com relação ao futuro, baseada na experiência histórica e em outros
fatores, incluindo expectativas de eventos futuros. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos
resultados reais. As estimativas e premissas que apresentam um risco
significativo de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos
e passivos para o próximo exercício estão divulgadas abaixo. (a) Vida útil
econômica de ativos não financeiros - Conforme o OCPC 05 - Contratos de Concessão, para os bens integrantes da infraestrutura de geração vinculados aos contratos de concessão (uso do bem público) assinados após 2004, sob a égide da Lei n.º 10.848/04, que não tenham direito
à indenização no final do prazo da concessão no processo de reversão
dos bens ao poder concedente, esses bens, incluído terrenos, devem ser
amortizados com base na vida útil econômica de cada bem ou no prazo da
concessão, dos dois o menor, ou seja, a amortização está limitada ao
prazo da concessão. A administração reconhece a depreciação de seus
ativos imobilizados com base no menor prazo entre a concessão (Nota 1)
e nas vidas úteis estimadas de cada bem. (b) Conta de ressarcimento–
CCEE - A Conta de ressarcimento – CCEE reflete os efeitos sobre a
geração de energia fora dos limites de tolerância estabelecidos (energia
efetivamente gerada e a energia contratada). Tais variações fora dos limites implicam no registro por estimativa de ativos ou passivos contratuais.
A administração da Companhia entende que a análise do atendimento a
estes limites é uma estimativa significativa. 4 Gestão de risco financeiro - 4.1 Fatores de risco financeiro - As atividades da Companhia a
expõem a riscos financeiros e regulatórios. O programa de gestão de
risco global da Companhia se concentra na imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no desempenho financeiro da Companhia. Durante os exercícios findos em 31 de
dezembro de 2016 e de 2015, a Companhia não celebrou contratos que
possam ser considerados como instrumentos derivativos. A gestão de
risco é realizada pelo setor financeiro da Companhia, segundo as políticas aprovadas pela Diretoria. O setor financeiro da Companhia identifica,
avalia e protege a Companhia contra eventuais riscos financeiros. A Diretoria estabelece princípios para a gestão de risco global, bem como
para áreas específicas. Risco de mercado - Esse risco é oriundo da
Recife, 24 de maio de 2017
possibilidade de a Companhia incorrer em perdas por causa de
flutuações nas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras
relativas a empréstimos e financiamentos captados no mercado. A
Companhia monitora continuamente as taxas de juros de mercado com
o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de operações para proteger-se contra o risco de volatilidade dessas taxas.
Riscos regulatórios - As atividades da Companhia, assim como de
seus concorrentes são regulamentadas e fiscalizadas pela ANEEL.
Qualquer alteração no ambiente regulatório poderá exercer impacto
sobre as atividades da Companhia. Risco de crédito - O risco de
crédito decorre de caixa e equivalentes de caixa, depósitos em bancos
e outras instituições financeiras, bem como de exposições de crédito,
incluindo contas a receber em aberto. Os recebíveis tem risco considerado baixo considerando as características do cliente da Companhia (CCEE). Risco de liquidez - É o risco de a Companhia não
dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de
volume entre os recebimentos e pagamentos previstos. Para administrar a liquidez do caixa, são estabelecidas premissas de desembolsos
e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de
Tesouraria. A tabela abaixo analisa os passivos financeiros da Companhia, por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento.
Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa não descontados contratados.
Menos de Entre um e Acima de
um ano dois anos três anos
Em 31 de dezembro de 2016
Fornecedores
1.902
Partes relacionadas
12.482
11.173
48.996
Em 31 de dezembro de 2015
Fornecedores
8.613
Partes relacionadas
10.498
15.149
66.423
4.2 Gestão de capital - Os objetivos da Companhia ao administrar seu
capital são os de salvaguardar a capacidade de continuidade da Companhia para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras
partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal
para reduzir esse custo. Para manter ou ajustar a estrutura de capital
da Companhia, a administração pode, ou propõe, nos casos em que os
acionistas têm de aprovar, rever a política de pagamento de dividendos,
devolver capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas ações ou vender
ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento. Condizente
com outras companhias do setor, a Companhia monitora o capital com
base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à
dívida líquida expressa como percentual do capital total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos (incluindo empréstimos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no balanço
patrimonial), subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa.
O capital total é apurado através da soma do patrimônio líquido, conforme demonstrado no balanço patrimonial, com a dívida líquida. Os
índices de alavancagem financeira em 31 de dezembro:
2016
2015
Total das obrigações partes relacionadas: (Nota 9) 72.651 92.070
Menos: caixa e equivalentes de caixa (Nota 7)
(374) (5.508)
Dívida líquida (a)
72.277 86.562
Total do patrimônio líquido
49.539 48.193
Total do capital (b)
121.816 134.755
Índice de alavancagem financeira - % (a / b)
59
64
4.3 Estimativa do valor justo - A Companhia não possui ativos ou
passivos mensurados a valor justo. Entretanto, pressupõe-se que os
saldos de caixa e equivalentes de caixa, das contas a receber de clientes e contas a pagar aos fornecedores pelo valor contábil, menos a
perda (impairment) no caso de contas a receber, esteja próxima de
seus valores justos. 5 Reapresentação das Demonstrações Financeiras - A Companhia identificou, durante o exercício, a necessidade
de retificação de fatos relacionados a exercícios anteriores. A
reapresentação dos saldos foi efetuada para refletir a despesa financeira referente a cessão de recebíveis, a provisão para desmobilização
e o imobilizado. Seguem ajustes efetuados pela Companhia para apresentar o balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2015.
Conciliação do balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015:
31/12/2015 Ajustes
31/12/2015
Ativo circulante
12.051
12.051
Ativo não circulante
137.972
3.633
141.605
Total dos ativos
150.023
3.633
153.656
31/12/2015 Ajustes
31/12/2015
Passivo circulante
19.578
1.159
20.737
Passivo não circulante
81.572
3.154
84.726
Patrimônio líquido
48.873
(680)
48.193
Total dos passivos e patrimônio
150.023
3.633
153.656
Conciliação da demonstração de resultado do exercício em 31/12/2015:
31/12/2015 Ajustes
31/12/2015
Despesas financeiras
(2.193)
(680)
(2.873)
Considerando que os ajustes foram todos relacionados ao exercício
de 2015, não se faz necessário a abertura da terceira coluna do balan
ço. 6 Instrumentos financeiros
2016
2015
Empréstimos e recebíveis
Caixa e equivalente de caixa (Nota 7)
374
5.508
Contas a receber (Nota 8)
8.571
19.649
Partes relacionadas
10
8.955
25.157
Outros passivos financeiros
Fornecedores (Nota 12)
1.902
8.613
Partes relacionadas
72.651
92.750
74.553
101.363
7 Caixa e equivalentes de caixa
31/12/2016
31/12/2015
Disponibilidades:
Bradesco S.A.
4
1
Daycoval
1
Santander S.A.
1
5
5
7
Aplicações financeiras (a):
Bradesco S.A
8
Santander S.A.
369
5.493
369
5.501
Total caixa e equivalentes de caixa
374
5.508
(a) As aplicações financeiras são remuneradas a uma taxa média de
101% do CDI, e por não haver restrições ao resgate antecipado dos
valores aplicados e sujeitas a um insignificante risco de mudança de
valor, as aplicações foram consideradas equivalentes de caixa.
8 Contas a receber
31/12/2016 31/12/2015
Contas a receber refer.a venda de energia(a)
8.533
19.649
Ajuste de geração(b)
38
Total
8.571
19.649
Ativo circulante
8.571
6.026
Ativo não circulante
13.623
Total
8.571
19.649